
O jovem Giovanni Augusto é cria do clube, assim como outros companheiros de meio-campo, caso dos volantes Serginho e Fillipe Soutto e do armador Renan Oliveira
Ludymilla Sá - Estado de Minas
Publicação:15/05/2011 09:28
Depois de um período de turbulência, marcado por muitas mudanças, o Atlético chega à decisão do Campeonato Mineiro com um grupo praticamente caseiro. Dorival Júnior dispensou jogadores até então considerados importantes, por questões disciplinares, e optou por reformulação quase completa no grupo, valorizando os garotos formados na base.
Do time que estreou no Campeonato Mineiro, com o triunfo por 2 a 1 sobre o Funorte, três já não estão mais na Cidade do Galo. O atacante Diego Tardelli foi vendido ao Anzhi, da Rússia. Insatisfeito com a reserva, o armador Diego Souza, contrariando as expectativas do técnico, pediu para sair, trocando o alvinegro pelo Vasco. Caso semelhante ao do atacante Jóbson, que foi para o Bahia.
Já o armador Ricardinho e o volante Zé Luís foram dispensados por quebra de hierarquia. Daquela equipe, sobreviveram somente o goleiro Renan Ribeiro, o zagueiro Réver, o volante Serginho e o armador Renan Oliveira.
A confusão com os dois experientes jogadores ocorreu logo depois da eliminação na Copa do Brasil pelo Prudente. O clima já não era dos melhores, depois que o Galo foi derrotado na partida de ida, em Presidente Prudente por 2 a 1.
Na volta, já sem os dois, precisava de um triunfo, mas não passou do empate sem gols na Arena do Jacaré. Poderia ser o início de uma crise. Mas Dorival Júnior, que parecia decepcionado e desmotivado, contornou a situação.
O treinador não deixou o trem descarrilar. Mas, para isso, precisou de muita ousadia. Alguns jogadores, antes titulares absolutos, perderam a posição, e a base alvinegra ganhou força. O zagueiro Werley, embora prata da casa, foi para o banco de reservas, assim como o lateral-direito Rafael Cruz, o lateral-esquerdo Leandro e o volante Richarlyson.
Os volante Serginho e Fillipe Soutto e os armadores Renan Oliveira e Giovanni Augusto, todos crias do clube, devem formar o meio-campo no clássico desta tarde. O ex-cruzeirense Patric e o ex-vascaíno Guilherme Santos também ganharam lugar, nos lados direito e esquerdo, respectivamente.
Outro que ganhou a vaga foi o zagueiro Leonardo Silva, tão logo reuniu condições de jogar, ocupando o lugar de Werley.
Como gente grande
Se falta experiência à molecada, principalmente se comparada ao meio-campo do time celeste, sobra vontade. No primeiro jogo decisivo, os meninos jogaram feito gente grande e venceram o rival por 2 a 1. Agora têm a vantagem do empate para ser campeões.
“O histórico do meio campo do Cruzeiro está num estágio bem mais avançado do que o nosso. Mas vamos aproveitar ao máximo a jovialidade do Atlético contra um adversário que merece a nossa consideração”, destaca Dorival Júnior.
Nenhum comentário:
Postar um comentário