TERCEIRO REPRESENTANTE DE MINAS
Mauro Fernandes comanda o América-MG que volta à Série A do Brasileiro após longa ausência
Atlético-MG e Cruzeiro avaliam como positiva a volta do América-MG à elite nacional
Gustavo Andrade e Bernardo Lacerda
Em Belo Horizonte e Vespasiano (MG)
O retorno do América-MG à Série do Brasileirão em 2011 deu à capital mineira a possibilidade de contar com três equipes na elite do futebol nacional após dez anos. Desde que o time americano foi rebaixado em 2001, ao menos um time belo-horizontino figurou em divisões inferiores. Entre técnicos e jogadores, a presença de mais um rival na disputa é vista como uma chance de fortalecimento para todos.
“Minas Gerais está com três times na Série A e isso nos valoriza muito. O Brasil acaba olhando mais para o futebol mineiro”, destacou o volante cruzeirense Henrique. “É mais força, mais visibilidade, mais jogos aqui em Minas Gerais. É importante e bom para todos. Há muito tempo isso não acontecia, o futebol tem só a ganhar”, concordou o atleticano Richarlyson.
A última vez que Minas Gerais contou com três representantes na Série A aconteceu na edição de 2008. Porém, naquela temporada, o terceiro time mineiro na elite foi o Ipatinga, que acabou rebaixado com 30,7% de aproveitamento.
Com a presença do América no Brasileirão de 2011, o número de clássicos mineiros aumentará para seis. A possibilidade de mais jogos no estado e a diminuição de viagens é outro ponto apontado como positivo por jogadores e técnicos.
O comandante atleticano Dorival Júnior, entretanto, avalia que os confrontos com os rivais serão equilibrados independentemente das posições das equipes na tabela. “Não serão jogos que você terá a condição de uma definição antes de acontecerem. Pelo contrário, serão jogos complicados. Independente da posição das equipes, serão jogos brigados. O Brasileiro vai ser mais difícil que o dos anos anteriores”, observou.
Na edição que começa neste sábado, os três clubes de Belo Horizonte iniciam a disputa com aspirações distintas. Na volta à elite após passar até pela Série C, o América inicia a competição com uma série de contratações após encerrar o Estadual na terceira colocação.
Embora a equipe retorne à Primeira Divisão depois de dez anos afastada, o discurso dos jogadores não se concentra apenas na permanência na Série A. Em 2012, o clube completará 100 anos e espera uma vaga em competições internacionais para presentear a torcida.
“O Campeonato Brasileiro é uma das competições mais disputadas do mundo, mas vamos entrar com tudo para conquistarmos, pelo menos, uma vaga em uma competição internacional”, disse o volante Glauber, um dos nove reforços americanos e que defendeu a Portuguesa no Campeonato Paulista.
O objetivo americano se aproxima mais das aspirações atleticanas. Depois de lutar contra o rebaixamento em 2010, a equipe comandada por Dorival Júnior iniciou a temporada com turbulências. A queda na segunda fase da Copa do Brasil e as demissões de Ricardinho e Zé Luís foram sucedidas pela perda do título estadual para o Cruzeiro.
Com time jovem, o Atlético não aparece como um dos candidatos ao título, mas o volante Dudu Cearense, um dos contratados para a disputa, quer ver a equipe como protagonista na disputa pela taça.
“O Atlético tem de entrar para ser campeão. Não vim aqui para ser coadjuvante, quero ser campeão. Temos de dar título para a massa que cobra muito. Temos jogadores de grande ambição no grupo, eu também tenho. Quero ser campeão. Temos de pensar sempre sólido”, destacou.
Já o Cruzeiro chega ao Brasileirão de 2011 com o respaldo do vice-campeonato no ano anterior. Campeã estadual, a equipe comandada por Cuca tem nove dos titulares da última temporada, e conta ainda com o crescimento de Wallyson e o reforço do zagueiro uruguaio Mauricio Victorino.
“A gente entra muito forte. Chegamos nos últimos três anos, e, neste ano, esperamos chegar lá na frente e conseguir o título. Essa é a nossa expectativa. Vamos lutar com todas as nossas forças para tentar conseguir o título”, ressaltou o volante Fabrício.
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