sábado, 21 de maio de 2011

A hora da verdade

Com crédito, por ter salvado o Galo da queda, ano passado, técnico alvinegro precisa, depois dos recentes fracassos, ter sucesso no Brasileiro, já a partir de hoje diante do Furacão
Paulo Galvão - Estado de Minas
Publicação:21/05/2011 07:00
Primeiro treinador a terminar um Campeonato Brasileiro e iniciar o seguinte no comando do Atlético desde Jair Pereira, em 1991/1992, Dorival Júnior encara hoje, diante do Atlético-PR, em Sete Lagoas, outro desafio à frente da equipe alvinegra. Se no ano passado caiu nas graças da torcida ao ajudar o time a evitar o rebaixamento que parecia certo, agora precisa levá-lo a brigar pelo título da competição, conquistando, ao menos, vaga na Copa Libertadores do ano que vem.
Para isso, o técnico conta com a ascendência sobre o grupo. Com jeito sereno, mas firme, ele faz os atletas cumprirem as determinações táticas e se comportarem fora de campo. Quando isso não ocorre, pode tomar medidas radicais, como ficou provado ao dispensar, no início de abril, o volante Zé Luís e o armador Ricardinho, que estariam questionando suas decisões, ou em não escalar o armador Daniel Carvalho enquanto ele não atingir a forma desejada pela comissão técnica.
O prestígio do treinador junto ao torcedor foi arranhado com a eliminação precoce na Copa do Brasil – caiu na segunda fase, diante do frágil Prudente. Porém, como perdeu jogadores importantes, como os atacantes Diego Tardelli e Obina, foi poupado de críticas mais pesadas, até por ter levado a equipe à final do Campeonato Mineiro, na qual fez jogos equilibrados com o rival Cruzeiro, que, para muitos, dispõe de mais qualidade técnica.
Também contribui para maior paciência a forma educada com que Dorival Júnior trata todas as pessoas. Ontem, depois do treino, por exemplo, fez questão de parabenizar a senhora Leontina Lopes da Silva, que completa 100 anos hoje. Ela pediu como presente conhecer a Cidade do Galo, os jogadores e integrantes da comissão técnica, e ficou muito feliz com o contato com o treinador, bem como com o abraço do atacante Neto Berola, seu maior ídolo no atual grupo atleticano.
Com o início do Brasileiro, porém, não bastará educação, simpatia e vontade de trabalhar. Se os resultados não vierem, certamente as cobranças aumentarão e seu emprego poderá correr risco, como é tradição em praticamente todos os clubes brasileiros.
Para que isso não ocorra, o comandante alvinegro poderá contar com reforços contratados depois do fracasso na competição nacional e também quando já havia se encerrado o prazo de inscrições para o Estadual. Um deles, o atacante Guilherme, tem estreia garantida hoje e é uma das maiores esperanças da torcida para que a equipe faça boa campanha.
O volante Gilberto e o atacante Marquinhos Cambalhota, que também chegaram no meio do semestre, foram relacionados para a partida contra o Atlético-PR, mas devem ficar como opções para o decorrer da partida. Já Dudu Cearense, outra grande contratação, só deve entrar nos planos na semana que vem.
“Não vou quebrar o que vem sendo formado, vamos com calma. O Guilherme estreia porque chegou antes. Já com o Dudu Cearense temos de ter um cuidado maior, não adianta precipitar”, justificou Dorival Júnior, alegando, ainda, que nem teve tempo para conhecer a fundo os atletas que chegaram, pois estava envolvido com a reta final do Mineiro.
Desfalques Para o jogo de hoje, ele não poderá contar com o zagueiro Leonardo Silva e o volante Serginho, suspensos, nem com o lateral-esquerdo Guilherme Santos, o armador Renan Oliveira e o atacante Mancini, machucados. Entram Werley, Richalyson, Leandro, Toró e Guilherme.

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