segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

Em seis anos, Alexandre Kalil anunciou 104 jogadores no Galo. Relembre as contratações

postado em 01/12/2014 17:09 / atualizado em 01/12/2014 17:12
Rodrigo Fonseca /Superesportes
Além dessas 104 contratações, o Atlético chegou a anunciar Anelka em abril de 2014, mas a negociação não se concretizou e a diretoria alvinegra fez duras críticas ao jogador e ao seu irmão Claude Anelka, que, rompido com o francês, teria acertado com o Galo sem o conhecimento do atleta.
2009 - Junior Carioca
Foram 104 jogadores contratados em seis anos da era Alexandre Kalil, que termina nesta quarta-feira. De Júnior Carioca, o primeiro nome anunciado, a Cesinha, o último. Dois coadjuvantes nessa história, que teve craques como Diego Tardelli e Ronaldinho Gaúcho.
Aposta em 2009, DT9 se tornou ídolo no clube e sua volta em 2013 foi a realização de um sonho da torcida, que acompanhou dia a dia a difícil negociação com os árabes do Al Gharafa. Já R10 surpreendeu a todos. E garantiu manchetes mundiais para o Galo.
Outros reforços não tiveram repercussão internacional, mas, assim como Ronaldinho, entraram para a história do Atlético com a conquista da Copa Libertadores, casos de Victor, Réver, Leonardo Silva, Junior César, Richarlyson, Pierre, Josué, Leandro Donizete e Jô. Alguns desses campeões ainda da Copa do Brasil.
Alguns exigiram grande investimento do clube, como o atacante Guilherme, que, mesmo questionado no começo, retribuiu em campo na heroica Libertadores e na inesquecível Copa do Brasil. Já o atacante André não deu o retorno esperado. Acabou afastado por indisciplina, junto com Jô e Emerson Conceição.
Outros jogadores chegaram para compor o elenco e ganharam a confiança da torcida, casos do goleiro Giovanni, do zagueiro Gilberto Silva e do atacante Luan.
Existe também uma lista de reforços que não deixaram saudades na torcida.
Confira os 104 jogadores contratados por Alexandre Kalil
2009
Júnior Carioca, Carlos Alberto, Lopes, Júnior, Diego Tardelli, Renan, Carlos Júnior, Alessandro, Mariano Trípodi, Fabiano, Elder Granja, Hugo, Jonílson, Júlio César, Evandro, Aranha, Alex Bruno, Wellington Saci, Rentería, Pedro Oldoni, Coelho, Côrrea, Jorge Luiz, Benítez, Carini e Ricardinho.
2010
Leandro, Jairo Campos, Muriqui, Marcelo Nicácio, Obina, Cáceres, Zé Luís, Marcelo, Nicão, Ricardo Bueno, Diego Macedo, Neto Berola, Lima, Daniel Carvalho, Fábio Costa, Fernandinho, Diego Souza, Edíson Mendez, Réver, Jheimy, Jackson, Joédson, Alê e Rafael Cruz.
2011
Patrick, Toró, Richarlyson, Magno Alves, Wesley, Jóbson, Leonardo Silva, Giovanni, Mancini, Lee, Luís Eduardo, Guilherme Santos, Guilherme, Dudu Cearense, Marquinhos Cambalhota, Gilberto, Jônatas Obina, Caio, André, Pierre, Triguinho, Didira e Carlos César.
2012
Leandro Donizete, Danilinho, Escudero, Rafael Marques, Jô, Junior César, Juninho, Ronaldinho, Victor, Michel e Leonardo.
2013
Diego Tardelli (novamente contratado por Kalil), Gilberto Silva, Rosinei, Alecsandro, Araújo, Luan, Morais, Josué, Dátolo, Fernandinho e Emerson.
2014
Claudinei, Pedro Botelho, Otamendi, Edcarlos, Emerson Conceição, Maicosuel, Tiago, Rafael Carioca, Douglas Santos e Cesinha.
*Anelka foi anunciado, mas negócio não foi concretizado

Atlético e Cruzeiro avaliam situação de jogadores em fim de contrato para próxima temporada


Clubes mineiros estudam casos de atletas que estão em término de vínculo





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postado em 01/12/2014 09:30 / atualizado em 02/12/2014 13:37

Thiago Madureira /Superesportes

Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press

Contratos no fim: Guilherme e Henrique foram importantes na temporada para Atlético e Cruzeiro

Atlético e Cruzeiro já estudam a situação de atletas que estão em fim de contrato. Quatro jogadores celestes (Henrique, Marcelo Moreno, Borges e Samudio) e sete alvinegros (Leandro Donizete, Cesinha, Edcarlos, Botelho, Josué, Claudinei e Guilherme) terminam o vínculo entre o fim deste ano e o início de 2015. A prioridade das diretorias, contudo, é a renovação com os treinadores. Tanto Levir Culpi quanto Marcelo Oliveira estão valorizados e devem receber boas ofertas nos próximos dias.



Na Toca da Raposa, a situação de Marcelo Moreno é a mais delicada. Emprestado até dezembro, o boliviano tem valor estipulado em 6 milhões de euros (R$ 18,8 milhões). Em entrevista ao Superesportes, o diretor de futebol gremista, Rui Costa, descartou um novo empréstimo do jogador e disse que a diretoria celeste precisará exercer a compra em definitivo para permanecer com o atleta. O Cruzeiro estuda uma proposta que envolva outros jogadores - o nome do meia Marlone foi especulado pela imprensa gaúcha.
Peça importante no título brasileiro, Henrique está próximo da renovação. “Tenho um carinho enorme pelo Cruzeiro e seria muito bom ficar por aqui por mais algum tempo, fazendo o melhor para a equipe”, disse o volante, no fim de outubro.
Já em fim de carreira e com histórico de lesões, Borges deve sair. O atacante sofreu duas graves lesões musculares e pouco jogou em 2014. Outro que dificilmente permanecerá é o lateral-esquerdo Samudio. Seu contrato de empréstimo vence em dezembro e os direitos federativos estão ligados ao Libertad. Reserva, o paraguaio quando entrou mostrou futebol abaixo do esperado. Avaliado em 2,4 milhões de dólares, ele tem propostas de clubes mexicanos.
ATLÉTICO
Peças importantes na conquista alvinegra da Copa do Brasil, Donizete (dezembro de 2014) e Guilherme (março de 2015) estão na lista de prioridades do diretor de futebol do clube, Eduardo Maluf.
“Estou querendo renovar e já vieram com proposta boa. Vamos nos reunir esses dias, está mudando o presidente e fazer com que as coisas saiam certinhas. Minha história não acabou no Atlético, quero ficar aqui para mostrar à torcida o carinho que tenho”, destacou o volante atleticano.
Guilherme, apesar das muitas lesões, conta com a admiração dos torcedores. Decisivo na semifinal da Libertadores de 2013 e nas quartas de final da Copa do Brasil deste ano, o meia deve ter o contrato renovado segundo enquete do Superespoertes realizada em novembro. Em um total de 4826 participantes, 66% (3191 votos) acreditam que o Galo deve acertar um novo vínculo com o jogador. Já 33% (1635) pensam que o acerto não deve ser feito.
Em dezembro, terminam os empréstimos de Pedro Botelho e Claudinei. Os dois jogaram pouco na temporada. Botelho, que pertence ao Atlético-PR, sofreu com lesões e fez 12 jogos na temporada. Por sua vez, Claudinei (16 jogos) não ganhou espaço com o técnico Levir e deve ser devolvido ao América.
Já o velocista Cesinha, que chegou em outubro, terá mais tempo para mostrar serviço, uma vez que seu contrato termina em maio. Os experientes Edcarlos e Josué expiram contrato no fim do ano. Hoje reservas, eles foram úteis no decorrer da temporada.
Jogadores em término de contrato
Cruzeiro
Henrique – Contrato até dezembro de 2014
Marcelo Moreno – Empréstimo até dezembro de 2014
Borges – Contrato até dezembro de 2014
Samudio – Empréstimo até dezembro de 2014
Marcelo Oliveira – Contrato até dezembro 2014
Atlético
Leandro Donizete – Contrato até dezembro de 2014
Levir Culpi – Contrato até dezembro de 2014
Edcarlos – Contrato até dezembro de 2014
Botelho – Empréstimo até dezembro de 2014
Josué – Contrato até dezembro de 2014
Claudinei – Empréstimo até dezembro de 2014
Guilherme – Contrato até março de 2015
Cesinha – Empréstimo até maio de 2015


Na última coletiva como presidente, Kalil garante que seu sucessor está pronto para assumir


Depois de seis anos, mandatário passo o bastão para Daniel Nepomuceno, seu vice
postado em 01/12/2014 08:10 / atualizado em 30/11/2014 22:19
Mayko Silva /Superesportes
Juarez Rodrigues/EM/D.A Press
Alexandre Kalil está a apenas dois dias de deixar o cargo que ocupou nos últimos seis anos. A partir de quarta-feira, quem vai responder como presidente do Atlético será Daniel Nepomuceno. Antes de acompanhar a derrota do Galo para o Coritiba, por 2 a 1, no Independência, nesse domingo, Kalil deu sua última entrevista coletiva como mandatário alvinegro e, dentre outras coisas, garantiu que seu sucessor está apto a assumir a função.
"Ele está pronto. Não entrou agora, tem seis anos como vice-presidente do Atlético. O tempo que tenho como presidente, ele tem como vice. Ele me acompanhou em todas as reuniões de Libertadores, Copa do Brasil e CBF", lembrou o dirigente. Alexandre Kalil ainda frisou que Nepomuceno não foi uma escolha pessoal sua: "Não fui eu que escolhi. Isso é importante dizer. Nós escolhemos. Foi tudo sentado com a diretoria e chegamos em um denominador comum. Não é uma escolha do Kalil".
O ainda presidente atleticano também garantiu que pretende se afastar dos assuntos internos do clube, não interferindo nas decisões de seus substituto. "O Daniel faz o que ele quiser. Ele passa a ter o segundo cargo de Minas. Ele vai ter que tomar as decisões, não é nenhuma criança. Claro que é o assunto que está em pauta, acho que ele deveria ir ao sorteio (da Copa Libertadores de 2015, nesta terça-feira) como presidente. Eu queria que fosse, mas ele e a diretoria querem que eu vá como presidente, eu fui convencido a ir lá", contou.
Kalil, entretanto, não descartou dar seus conselhos sempre que for requisitado: "Toda vez que fui chamado no Atlético, pelo Nélio Brant, Ricardo Guimarães e, agora, se for pelo Daniel, estou pronto para ajudar. Para ajudar não tem hora nem dia. Ajudar o Atlético é uma coisa inerente da minha alma. Já ajudei o Atlético tendo uma briga política com o Ricardo. Eu fui ajudar quando ele me pediu. Hoje ele é meu amigo. Agora já dei minha parte, não quero mais tomar remédio. Sou um cara muito agradecido a Deus pelo que foi feito durante meus mandatos".
01.12.14 COPA LIBERTADORES / FUTEBOL / PROFISSIONAL

Sorteio da Libertadores será nesta terça-feira
Campeão da Copa do Brasil com duas vitórias sobre o Cruzeiro na final, o Galo conhecerá, nesta terça-feira, os seus adversários na fase de grupos da Copa Bridgestone Libertadores da América de 2015.
O sorteio será realizado às 22h, no Centro de Convenções da Conmebol, em Luque, Grande Assunção, no Paraguai.
Publicado 01 de dezembro de 2014, às 11:28.
30/11/2014 15h06 - Atualizado em 30/11/2014 15h10


Bom ambiente e Levir: motivos para

a rápida adaptação de Rafael Carioca

Em três meses vestindo a camisa do Atlético-MG, volante acredita ter vivido os seus melhores momentos na carreira. No Galo por empréstimo, jogador quer permanecer
Por Fernando Martins Y Miguel
Belo Horizonte
Foram necessários apenas dois dias de treinamento para o volante Rafael Carioca mostrar serviço ao técnico Levir Culpi e estrear pelo Atlético-MG no empate em 2 a 2 com o Figueirense, em Florianópolis, pelo Campeonato Brasileiro, em agosto. O fato poderia ter desencadeado ciúmes dos jogadores que concorriam à vaga e que já estavam no clube, mas a recepção do time atleticano com o jogador que retornava ao Brasil, após quatro temporadas na Rússia foi o fator decisivo para cair nas graças da torcida e ser considerado peça fundamental no meio-campo do Galo.
Com passagens por Grêmio, Vasco e Spartak Moscou-RUS, Rafael confessou que em pouco mais de três meses viveu tudo o que nunca tinha passado na carreira em sete anos como profissional.
- A convivência desse grupo do Atlético-MG é algo fantástico. Todo mundo é amigo, se diverte e isso facilita o nosso trabalho. Tem coisas que vivi em três meses que eu nunca tinha vivido na carreira, como o meu primeiro jogo. Treinei duas vezes e já fui titular no domingo. Percebi um respeito muito grande de todo grupo. Isso poderia gerar alguma situação ruim com quem já estava aqui, mas o que aconteceu foi o contrário. Todos me recepcionaram da melhor maneira. Isso me deixou muito tranquilo para a minha adaptação.
Levir é um cara do bem. Tem muita confiança dos jogadores. É bem transparente. Quando tem que falar, fala mesmo
Rafael Carioca
Outro fator para a rápida adaptação de Rafael Carioca foi a relação com o técnico Levir Culpi. Além da confiança em colocá-lo para jogar com poucos dias após a chegada ao clube, o fim da concentração e o bom humor do treinador ganharam o grupo e o volante.
- Levir é um cara do bem. Tem muita confiança dos jogadores. É bem transparente. Quando tem que falar, fala mesmo. Conseguiu ganhar o grupo. O fim das concentrações em Belo Horizonte foi prova disso. Ele passa tranquilidade, além de ser muito engraçado. Tudo que ele fala é engraçado. A gente já entra na sala rindo. Começa um assunto e depois muda de uma hora para outra para outro assunto que não tem nada a ver.
Rafael Carioca conquistou a Copa do Brasil sendo titular na grande final. Perdeu lugar na equipe por conta de uma lesão muscular semelhante à que Ronaldinho Gaúcho teve em agosto do ano passado. A ruptura no músculo da coxa esquerda fez o jogador viver os piores momentos no clube.
- Fiquei triste pela lesão porque vinha no meu melhor momento. Fiquei com muito medo de não poder voltar a jogar esse ano, mas conversando com os médicos e fisioterapeutas, fiquei tranquilo. Fiz tratamento intensivo e pude voltar a tempo de jogar a decisão.
Parceria
Rafael Carioca exaltou a parceria com Leandro Donizete em campo. Nas quatro partidas que fizeram juntos, o Atlético-MG venceu todas e não sofreu gol. Venceu o Palmeiras duas vezes por 2 a 0, sendo uma pela Copa do Brasil e uma pelo Brasileiro, o Flamengo, por 4 a 0 e o Cruzeiro por 1 a 0.
- A gente se completa. Ele tem uma pegada mais forte, mas sabe sair jogando também. Eu consigo sair mais para o jogo. Hoje, o futebol moderno não existe só aquele volante de antigamente. O Atlético-MG tem ótimos volantes.
Com contrato de empréstimo até agosto do ano que vem, Rafael Carioca torce para que o Atlético-MG exerça o poder de compra dos direitos econômicos ao final do vínculo.
- Me identifiquei demais com o clube, com a torcida. Ano que vem tem Libertadores e queremos vencer todas as competições que disputarmos. Por isso, quero ficar aqui por muito tempo. Tenho muito a mostrar ainda, a ajudar ao Atlético-MG.
REPERCUSSÃO


"NY Times" celebra BH como "capital do futebol brasileiro"

Reportagem de edição de sábado (30) do diário norte-americano tem como tema os triunfos recentes de Cruzeiro e Atlético em contraponto aos 7 a 1 sofridos pelo Brasil na Copa do Mundo
Atlético e Cruzeiro Reportagem de edição de sábado (30) do diário norte-americano tem como tema os triunfos recentes de Cruzeiro e Atlético em contraponto aos 7 a 1 sofridos pelo Brasil na Copa do Mundo
PUBLICADO EM 30/11/14 - 17h06
DA REDAÇÃO
O domínio do futebol mineiro em âmbito nacional, com as conquistas do Campeonato Brasileiro e da Copa do Brasil por Cruzeiro e Atlético, respectivamente, foi assunto de uma extensiva reportagem da edição de sábado (30) do diário impresso "The New York Times". Atribuindo a Belo Horizonte, no subtítulo, a alcunha de "capital do futebol brasileiro", a matéria escrita pelo repórter Ewan MacKenna descreve a superação do trauma da derrota acachapante da seleção brasileira para a Alemanha, por 7 a 1, pela semifinal da Copa do Mundo, a partir dos triunfos recentes dos dois maiores clubes de Minas Gerais.
Na reportagem, o dirigente atleticano Alexandre Kalil é descrito como alguém que tem "um ego do tamanho da sua boca". A montagem dos plantéis recentes de Cruzeiro e Atlético também é citada como trunfo frente aos gastos extensivos de clubes como Corinthians e São Paulo, que despenderam altas somas nas contratações de nomes consagrados como Robinho e Alexandre Pato. Além disso, os recentes conflitos entre as torcidas e o desequilíbrio das cotas pagas pela televisão aos times mineiros, em comparação com cariocas e paulistas, não ficaram de fora.
Sem rodeios, MacKenna se refere à capital mineira como uma cidade sem grandes atrativos turísticos, "um lugar sobre o qual poucos pensariam antes daquele fatídico dia de julho, justamente por oferecer poucas razões para a visita, a não ser se ela estivesse no caminho para um outro destino."
E termina em tom filosófico, com a constatação de que os belo-horizontinos aprenderam que a felicidade real só é possível se algo for esquecido. No caso, a tragédia dos 7 a 1, no mesmo Mineirão.
Último ato do maior presidente

Dirigente fecha seu mandato com os títulos de expressão tão sonhados por todos os atleticanos
PRESIDENTE DO GALO Kalil da Massa. Presidente foi carregado quando eleito pela primeira vez. Seis anos depois, despede-se com títulos de expressão
PUBLICADO EM 30/11/14 - 04h00
THIAGO PRATA
A autenticidade por vezes transpassava as barreiras da conduta politicamente correta e da ética, e descambava para um tiroteio de provocações e ironias, sem um alvo definido. Mas, em meio ao tom sarcástico, ácido e sagaz, o amor a um clube que ele defendeu com unhas e dentes. A partida deste domingo, entre Atlético e Coritiba, às 19h30, no Independência, é a despedida de um presidente que reergueu um gigante e o colocou no topo do futebol brasileiro e sul-americano. Neste domingo, Alexandre Kalil irá assistir, pela última vez, um jogo do Galo como mandatário do clube alvinegro.
A personalidade forte se mostrou evidente desde o dia 30 de outubro de 2008, quando assumiu o cargo máximo do clube, no lugar de Ziza Valadares, que debandou sem terminar seu mandato. O temperamento de Kalil nem sempre foi visto com bons olhos pelos adversários e por uma parcela da Massa. Só que amigos e inimigos têm de concordar em algo: foi graças a Alexandre que o Atlético voltou a conquistar títulos de expressão e se tornou exemplo para outras agremiações no país.
Um personagem folclórico sim, o bastante para dizer que uma “taça de campeão é melhor do que mulher”. Mas foi e é também um trabalhador assíduo e incansável, e um vitorioso durante toda sua trajetória como presidente. Os títulos da Libertadores de 2013, e o da Recopa Sul-Americana e da Copa do Brasil, ambos de 2014, além do Mineiro de 2010, de 2012 e de 2013 estão aí para provar isso.
Responsável por modernizar a Cidade do Galo, eleita o melhor CT do Brasil, contratar vários nomes importantes, como Diego Tardelli, Victor e o ícone mundial Ronaldinho Gaúcho, e organizar as contas do clube mineiro, Alexandre deixará o Atlético no dia 3 de dezembro deste ano, data da eleição do novo presidente do Galo. O atual vice dele, Daniel Nepomuceno, será o próximo presidente.
Antes da partida deste domingo, haverá uma entrevista coletiva do mandatário, que, com toda certeza, irá reiterar o sucesso atingido dentro do Atlético. E das cadeiras do Independência, o estádio que ele transformou no poleiro do Galo, virá em forma de aplausos e gritos da Massa o maior de todos os reconhecimentos a esse que é considerado o maior presidente da história da agremiação mineira.
O próprio Alexandre, porém, não concorda com esse rótulo, sempre salientando que o maior presidente do Galo foi e sempre será seu pai, o finado Elias Kalil. E lá de cima, Elias deve estar muito orgulhoso do filho, que conseguiu resgatar o espírito vingador de um gigante e ajudou a lavar a alma de cada membro de uma família chamada Massa Alvinegra.
As marcas da era Kalil
O céu e o inferno. Com Vanderlei Luxemburgo como treinador, Kalil comemorou sua primeira taça como presidente, a do Mineiro de 2010. Mas demitiu Luxa pela campanha pífia da equipe no Brasileiro. Dorival Júnior salvou o time do descenso.
Ensaio para glórias. Manter Cuca no cargo foi uma decisão acertada de Kalil. A vinda de grandes nomes, em especial da do ícone mundial Ronaldinho, foi a alavanca. Com um esquadrão de encher os olhos, o Galo foi vice do Brasileirão de 2012.
Despedida épica. O primeiro semestre de 2014 foi muito ruim para Kalil e Atlético. Mas a segunda metade do ano foi marcante, com direito aos títulos da Recopa e da Copa do Brasil, essa última sobre o Cruzeiro.
O início. No dia 30 de outubro de 2008 começou a era Alexandre Kalil. O início não foi bom. O Atlético passou por uma reformulação no elenco. Chegou a brigar pelo título Brasileiro de 2009, mas a reta final foi trágica.
Aprendizado. O pior ano da era Kalil, 2011, foi também o embrião de um período de glórias. Graças a Cuca, o Galo não foi rebaixado no Nacional. Apesar de amargar a goleada por 6 a 1 para o Cruzeiro, Kalil acreditou no potencial de Cuca para o futuro.
A consagração. Após trazer Diego Tardelli, a “cereja” do bolo, Kalil viu o Atlético dar show e alcançar milagres em 2013, que culminaram com aa conquista da Copa Libertadores. O presidente dormiu com a taça de campeão na noite do título.
Jogadores do Galo comemoram boa temporada, enaltecem torcida e planejam 2015 com títulos


Tardelli, Marcos Rocha e Jemerson valorizam Copa do Brasil e campanha no Brasileiro
postado em 30/11/2014 22:43 / atualizado em 30/11/2014 22:52
Redação /Superesportes
Juarez Rodrigues/EM/D.A Press
A despedida do Independência no ano não foi como torcedores e jogadores atleticanos queriam. A derrota para o Coritiba, por 2 a 1, surpreendeu a maioria. Mas aqueles que entraram em campo preferiram valorizar o ano como um todo, com as conquistas da Recopa e da Copa do Brasil. Os atletas alvinegros também se dizem prontos para continuar brigando por títulos em 2015.
Um dos maiores ídolos dessa geração campeã, Diego Tardelli valorizou a presença dos mais de 19 mil presentes no Independência. "A gente tem que comemorar com nosso torcedor. Independente do resultado, o torcedor merecia esse contato com a gente, já que na quarta-feira (pela Copa do Brasil) foi mando deles, do time do Cruzeiro", apontou o atacante.
Tardelli ainda analisou o ano do Galo e agradeceu à sua torcida: "A derrota não vai apagar o ano que a gente fez, a nossa campanha na Copa do Brasil, no Brasileiro, principalmente, que brigamos de igual com todos os times. A gente merecia essa festa aí. O Atlético voltou ao lugar que merecia. Terminamos o ano com título. Todo mundo está de parabéns pelo ano e, se Deus quiser, ano que vem a gente consegue mais títulos Só agradecer de todo o coração, porque a gente sabe a importância do torcedor nos estádios, principalmente a nossa Massa, que nos acompanha, que grita, que vibra, que sofre. Mas, graças a Deus, a gente pôde dar uma alegria a eles no final do ano".
Outro que valorizou a torcida atleticana foi Marcos Rocha, que ainda falou da felicidade pelo bom momento que vive no clube. "É igual eu falei esses dias: é até que o destino nos separe. Eu sou bastante feliz aqui dentro. Voltei (de empréstimo), demorei três anos para ter o reconhecimento dessa torcida. Hoje você vê o carinho que eles têm por mim. Eu só tenho que agradecer a eles. A gente está pronto para 2015, que seja de bastante alegria, tanto para nós jogadores, como para essa torcida que tanto merece", disse.
Especificamente sobre o jogo deste domingo, o lateral-direito apontou as dificuldades impostas pelo Coritiba e afirmou que o time ainda vai brigar por três pontos no Brasileirão. "A gente pecou muito na ansiedade de querer fazer o gol. Mais de 10 impedimentos durante a partida. Mas a equipe está de parabéns pela bela campanha que fez esse ano. Agora é fechar o ano, quem sabe, com uma vitória contra o Botafogo e já pensar na próxima temporada", vislumbrou Rocha.
Revelação neste ano, o zagueiro Jemerson também comemorou a boa campanha atleticana: "Acho que o grupo está bem. Depois da parada para a Copa do Mundo, foi muito bem. E eu estou incluído nisso aí, mas tem que enaltecer todo o grupo. Gratificante ter participado dessa conquista (Copa do Brasil), ter ido bem nos jogos. Agora é trabalhar para 2015".
Sem proposta japonesa, Levir anuncia conversa definitiva com o Galo para quarta-feira


Treinador quer definir o seu futuro e do clube na próxima reunião
postado em 30/11/2014 22:15 / atualizado em 30/11/2014 22:30
Thiago de Castro /Superesportes
Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press
A renovação ou não de Levir Culpi com o Atlético será definida em reunião nesta quarta-feira, com a diretoria do Atlético. O treinador anunciou que terá uma conversa definitiva com Daniel Nepomuceno.
“É verdade. Tem que se organizar o quanto antes, montando para a temporada. Nessa semana, vamos nos reunir e definir isso tudo. Tem que ser uma conversa definitiva. Renova ou não renova. O Atlético tem que se programar para a temporada que vem. Já iniciamos o contato e na quarta-feira vamos definir”, disse Levir, após a derrota por 2 a 1 contra o Coritiba.
Levir Culpi também negou que tenha proposta para voltar ao futebol japonês. Ele destacou seu bom relacionamento no mercado asiático, mas rechaçou qualquer negociação, no momento, visando 2015. Entre 2007 e 2012, o comandante trabalhou no Cereso Osaka. Durante entrevista coletiva sexta-feira, na Cidade do Galo, o treinador havia informado que não fechava as portas para uma volta ao exterior.
Questionado sobre o que seria fundamental para a sua renovação, portanto, Levir respondeu: “É difícil responder essa pergunta. Não é o Vanderlei (Luxemburgo) falando, mas é o projeto. O projeto é fundamental”.
Em outra resposta, o campeão da Recopa Sul-Americana e da Copa do Brasil adotou um tom otimista em relação à sua permanência no Galo.
“Tivemos uma conversa inicial. É reunir quarta-feira e definir. O Kalil infelizmente saiu mas deixou um legado legal. Esperamos seguir. O Daniel é muito jovem, entra e está cotado para fazer um bom trabalho. Vamos ajudá-lo e se Deus quiser vamos seguir juntos”.
A eleição que marcará o início da trajetória de Daniel Nepomuceno como substituto de Alexandre Kalil acontecerá na quarta-feira, e não mais na terça.
Na despedida, Alexandre Kalil analisa gestão no Atlético e provoca arquirrival: 'Eles tremem'


Mandato termina na quarta, quando Daniel Nepomuceno será eleito novo presidente
postado em 30/11/2014 19:57 / atualizado em 30/11/2014 20:39
Rodrigo Fonseca /Superesportes
Rodrigo Fonseca/EM/D.A Press
Na última entrevista coletiva como presidente do Atlético, concedida neste domingo no Independência, Alexandre Kalil apontou erros e acertos de sua gestão, iniciada em novembro de 2008 e que termina na próxima quarta-feira, quando Daniel Nepomuceno, atual vice e candidato único, será eleito pelo Conselho Deliberativo.
Nas palavras de despedidas, Kalil não abriu mão de provocar o Cruzeiro. A conquista da Copa do Brasil em cima dos arquirrivais foi apontada como a mais importante da história. “Pegamos dois títulos do Cruzeiro, batemos no liquidificador e jogamos no ralo.”
Para os dirigentes celestes que tentaram diminuir a conquista do Atlético frente ao título brasileiro do time da Toca da Raposa, Kalil disse: “Essa brincadeira que saiu que eles tremem é verdade. Eles arrumaram essa bagunça. Nunca vi tanta trapalhada, parecia Didi, Mussum e Zacarias.”
Leia alguns trechos da entrevista de Alexandre Kalil:
Realizações e erros
“Além dos títulos do profissional, falta uma coisa muito importante, o cuidado que tivemos com a divisão de base, foram muitos títulos importantes. Claro que tem um monte de coisa que eu voltaria atrás. Eu dei muita sorte de ganhar o título mais importante a historia do futebol mineiro e do Atlético a cinco dias de sair. Cometemos vários erros, quase caímos duas vezes. A sorte toda é terminar bem, mas tivemos erros que só não foram maiores porque meus diretores consertaram.”
Cruzeiro tentou diminuir tamanho da conquista da Copa do Brasil
“Eles mandaram diretor no sorteio de arbitragem, eu nunca vi. Sorteio ficou parado três horas porque queriam saber onde o Atlético ia jogar, concentraram três dias antes, fizeram trocar a camisa no dia, deram escalação errada. Essa brincadeira que saiu que eles tremem é verdade. Eles arrumaram essa bagunça. Nunca vi tanta trapalhada, parecia Didi, Mussum e Zacarias. Nunca vi tanta trapalhada.”
Estádio
“O Atlético hoje tem uma casa e um salão de festas. Tem um dos cinco melhores CTs do mundo. Elenco que deu quatro, cinco bailes na Copa do Brasil. O estádio vai ser feito, quero estar vivo e ver. Mas depende de muita coisa. É um caminho sem volta para o Atlético. O Atlético é um clube do futebol brasileiro. A diferença é que não ganhava, agora ganha. Mas vive os mesmos problemas dos outros clubes.”
Título mais importante
É o título mais importante de Minas Gerais, não fui eu que falei, foi a imprensa nacional. Aquela balançadinha de camisa foi uma das coisas mais gostosas que já vi no futebol. Dos títulos da minha gestão foi o melhor que já tive.
Maior legado
O que deixo de legado é que perdemos a vontade perder e ganhamos a vontade de ganhar. Essa é grande diferença do Atlético que peguei e do Atlético que entrego.
Prepara um dos filhos para assumir o clube no futuro, como fez o pai Elias
O futebol ficou muito cruel, meu pai não sabia que viraria isso. Futebol hoje a gente não pode desejar para o filho. Agridem, demonizam, inventam. Não quero isso para nenhum dos meus filhos. Vamos voltar para o nosso lugar.
Maior erro
Eu terceirizei um pouco o futebol, foi um erro que cometi, depois volteie mergulhei no futebol. Isso eu falo abertamente para todos. Foi meu maior erro. Eu sou um cara que gosta de mexer com futebol.
O que mudou no clube durante sua gestão
Salta aos olhos. Antigamente a gente parava para ver um pedacinho do Atlético em rede nacional, a gente Soltava foguete. Hoje eles adoram o Atlético, é o time da moda, desde 2012. Pegamos dois títulos do Cruzeiro, batemos no liquidificador e jogamos no ralo.
Torcida
A torcida é importante não é de agora. Agora é fácil. Na época do risco de rebaixamento, a torcida chegava perto de mim e falava que eu não tinha nada com isso. A torcida me protegeu. Proteger o presidente do Atlético é proteger o Atlético.
Principal decisão tomada na gestão
Essa do Horto para jogar a final da Copa do Brasil, pelo tamanho do chocolate, não faz diferença. O principal é que isso aqui é clube de futebol. Acabou futebol de salão, vôlei, recreativo. Isso aqui vai ser base e futebol profissional. Essa é uma decisão pontual e de primeira sentada na cadeira.
O segredo do sucesso
postado em 30/11/2014 11:00 / atualizado em 30/11/2014 09:56
Paulo Galvão /Estado de Minas , Roger Dias /Estado de Minas
Alexandre Guzanshe e Rodrigo Clemente/EM/D.A PressComo na última temporada, o ano de 2014 termina de forma mágica para o futebol mineiro. De um lado, o Atlético, campeão da Recopa Sul-Americana e da Copa do Brasil, títulos inéditos na galeria do clube. De outro, o Cruzeiro com o merecido bicampeonato nacional, conquistado com duas rodadas de antecipação. O momento é de festa, euforia e orgulho para as duas torcidas. Belo Horizonte se tornou a capital do futebol brasileiro. A estratégia que deu certo em 2013 voltou a surtir efeito agora: times bem montados dentro de campo e diretorias que garantem o respaldo ao assegurar estruturas de primeiro mundo. Enquanto os arquirrivais brilham e ensinam lições, aos adversários de todo o país resta aplaudir. O desafio agora é manter o embalo, com campanha de destaque na Copa Libertadores de 2015, em que participarão juntos pelo segundo ano consecutivo. Motivos para deixar os torcedores otimistas não faltam. E são eles que o Estado de Minas mostra nesta reportagem.
INFRAESTRUTURA
Tanto Galo quanto Raposa possuem centros de treinamentos de primeira linha, oferecendo o que há de mais moderno para que os jogadores rendam o máximo. São os mais avançados equipamentos para prevenção de lesões e tratamentos de atletas; espaços para musculação, fisioterapia e fisiologia; além de hotéis de categoria cinco estrelas. A Cidade do Galo só saiu do papel depois da venda do volante Gilberto Silva ao Arsenal em 2002, que rendeu cerca de US$ 7 milhões ao caixa do clube. A Toca da Raposa II não fica atrás, construída para substituir a Toca I, erguida nos anos 1960 e que se tornou referência para os demais clubes brasileiros. A estrutura é tão boa que durante a Copa do Mundo a Argentina se concentrou no CT atleticano e o Chile usou as instalações celestes.
FORÇA DA TORCIDA/ESTÁDIO
Apesar de mandarem seus jogos em estádios distintos, os rivais mostram praticamente a mesma força como mandantes. Isso gera respeito – e até algum temor – nos adversários, que acabam arriscando menos. A simbiose entre Atlético e o Independência voltou a fazer a diferença em 2014. Em 30 partidas no Horto, o time sofreu apenas duas derrotas, tendo 75,5% de aproveitamento. Mas a equipe também tem construído uma relação de vitórias com o Mineirão, onde obteve as classificações épicas na Copa do Brasil diante de Corinthians e Flamengo e levantou as taças da Recopa e do torneio nacional. O Mineirão foi também um grande trunfo dos cruzeirenses este ano – sofreu apenas duas derrotas para o alvinegro e uma para o Corinthians lá. Foram 25 triunfos, além de cinco empates, com 80,8% de aproveitamento, números determinantes para a conquista do tetracampeonato brasileiro. Além da parte técnica, atuar no estádio permite à Raposa incrementar seu orçamento: só no jogo final da Copa do Brasil, entraram nos cofres azuis cerca de R$ 5,6 milhões.
GRUPOS DE QUALIDADE
Atlético e Cruzeiro conseguiram bons resultados graças à qualidade de seus jogadores e, sobretudo, a um futebol coletivo, no qual a vontade compensou os momentos em que a técnica não foi suficiente. No Galo, a saída de Ronaldinho Gaúcho em agosto acabou não tendo impacto negativo. Pelo contrário – a partir daí, a equipe passou a não depender mais da qualidade do camisa 10 e sim de uma união de forças, mesclando a experiência de jogadores como Victor, Leonardo Silva, Diego Tardelli e Dátolo com a juventude de Luan, Douglas Santos, Jemerson e Carlos. O técnico Levir Culpi resgatou o estilo de jogo da equipe baseado em toques rápidos e trocas de posições e inovou ao escalar apenas um volante. No Cruzeiro, o segredo foi a manutenção do futebol envolvente que encanta o Brasil desde o ano passado. O 4-2-3-1 implantado pelo técnico Marcelo Oliveira se mostrou eficiente, principalmente nos jogos em que os armadores (sobretudo Everton Ribeiro e Ricardo Goulart) estiveram inteiros fisicamente, voltando para marcar e levando o time ao ataque em velocidade.
COMANDO
O bom desempenho dos mineiros passa fundamentalmente pelas mãos dos treinadores Levir Culpi e Marcelo Oliveira. Com estilos parecidos, com a discrição como carro-chefe, eles conseguiram extrair o melhor de cada atleta. Em sua volta ao Galo, Levir aplicou conceitos usados em sete anos no futebol japonês, sendo um dos mais bem-sucedidos acabar com a concentração em jogos em BH, considerado fundamental na conquista da Copa do Brasil. A disciplina também deu o tom e quem saiu da linha foi limado do grupo, casos do lateral Emerson Conceição e dos atacantes Jô e André, dispensados por indisciplina grave depois de um jogo em Curitiba. Na Toca II, Marcelo costuma conversar bastante com os jogadores antes, durante e depois das atividades. A intenção é tentar entender o que cada um pensa, se há algum problema particular atrapalhando, e até como os atletas preferem atuar. Na base do diálogo, além de ter o controle de tudo, ele consegue fazer com que os comandados acolham suas orientações. Desde o ano passado, foram poucas as vezes em que vieram a público casos de indisciplina ou reclamações por causa de reserva, o que seria normal em um grupo com alguns jogadores experientes e donos de currículo vencedor.
ADMINISTRAÇÃO
Os arquirrivais têm também em comum a organização administrativa. Estruturado financeiramente desde os anos 1990, depois de um período de vacas magras, o Cruzeiro mantém as contas em dia. Com o impulso do programa de sócio-torcedor e incremento de outras receitas com patrocínios, a gestão do presidente Gilvan de Pinho Tavares acabou com a necessidade de se vender um jogador por ano para fechar o balanço, marca da administração anterior. Já o Atlético precisou driblar problemas financeiros e atraso de salários na temporada, justificado pelo clube pela retenção, pela Fazenda Nacional, do dinheiro da venda do armador Bernard ao futebol ucraniano. Com orçamento menor para 2015, um dos desafios do próximo presidente do clube, Daniel Nepomuceno, será conseguir um equilíbrio maior nas finanças e ainda assim manter um projeto vencedor.
Com volta olímpica e despedida de Kalil, Galo recebe Coritiba mas rechaça desmotivação


Ao mesmo tempo que vive clima de festa, time ainda joga com motivação financeira
postado em 30/11/2014 07:10 / atualizado em 29/11/2014 20:11
Thiago de Castro /Superesportes
Bruno Cantini/Atlético
Atlético e Coritiba não é apenas mais um jogo para o time alvinegro no Campeonato Brasileiro. O título conquistado na quarta-feira da Copa do Brasil não tirou o interesse atleticano no duelo deste domingo. A volta olímpica, a despedida de Alexandre Kalil e o desejo da vitória por uma melhor premiação dentro do torneio são atrativos para o torcedor que irá ao Independência ver a bola rolar às 19h30.
Como apenas cerca de 1.800 torcedores estiveram presentes no Mineirão para assistir à vitória contra o rival Cruzeiro na quarta-feira, os jogadores poderão apresentar a taça da Copa do Brasil para os atleticanos no Horto. Está programada uma volta olímpica no estádio. Quem deve participar é o presidente Alexandre Kalil.
Será a despedida de Kalil do comando atleticano. Presidente desde o fim de 2008, ele passa o cargo para seu vice Daniel Nepomuceno a partir da eleição de terça-feira.
Mas ao mesmo tempo que vive um clima de festa, o Atlético ainda tem um objetivo claro para se doar dentro de campo. Com uma colocação melhor no Brasileirão, a premiação da CBF fica maior e será revertida para o pagamento dos compromissos com os profissionais do clube.
“Ser profissional, entrar em campo pensando em fazer o melhor. É entrar para ganhar. Mesmo se não há chance de título, temos que ser profissionais e entrar para ganhar”, comenta o meia Dátolo.
A temporada 2014 foi tão importante quanto a de 1971 e de 2013. Neste ano, a Recopa e a Copa do Brasil foram conquistadas. Vencer o último jogo em casa também motiva o argentino. “Vai ser o último jogo aqui em Belo Horizonte, na nossa casa. A gente tem que se despedir da melhor forma, vencendo o jogo para dar uma alegria para nosso torcedor”.
Com atrativos e responsabilidades, Levir Culpi já avisou que vai escalar os titulares. O desfalque é Luan, que faz tratamento no joelho esquerdo. Já o Coritiba não conta com Welinton, lesionado, e com Zé 'Love' Eduardo, suspenso. Bonfim e Dudu serão os substitutos.
Na luta contra o rebaixamento, o Coxa de Marquinhos Santos tem como destaque o goleiro Vanderlei, que completa seu 300º jogo pelo clube contra o Galo.
“Sete anos no mesmo clube no futebol é muito difícil nos dias de hoje. E estar aqui no Coritiba, chegar aos 300 jogos, saber que apenas oito jogadores chegaram a esta marca e você estar entre os oito é uma felicidade imensa”, disse o goleiro, que chegou a ser especulado como substituto de Rogério Ceni no São Paulo.
Atlético
Victor, Marcos Rocha, Leonardo Silva, Jemerson e Douglas Santos; Josué, Rafael Carioca, Maicosuel e Dátolo; Carlos e Diego Tardelli.
Técnico: Levir Culpi
Coritiba
Vanderlei, Luccas Claro, Leandro Almeida e Bonfim; Norberto, Helder, Robinho, Dudu, Alex e Carlinhos; Joel.
Técnico: Marquinhos Santos
Motivo: 37ª rodada do Campeonato Brasileiro
Local: Estádio Independência, em Belo Horizonte (MG)
Data: 30/11/2014, domingo, às 19h30
Árbitro: Pablo dos Santos Alves - ES (ESP-2)
Assistentes: Cleriston Clay Barreto Rios - SE (FIFA) e Fabiano da Silva Ramires - ES (ESP-2)
30.11.14 GALO NA VEIA / TORCIDA

Sócios tiram fotos com a taça da Copa do Brasil
Os associados Galo na Veia que compareceram ao jogo contra o Coritiba, neste domingo, na Arena Independência, tiveram o privilégio de tirar fotos com o troféu da Copa do Brasil, conquistada sobre o Cruzeiro.
30.11.14 CAMPEONATO BRASILEIRO / FUTEBOL / PROFISSIONAL


Galo joga com raça, é prejudicado pela arbitragem e perde para o Coritiba
O Atlético lutou muito, pressionou o adversário durante os 90 minutos, foi prejudicado pela arbitragem em pelo menos dois lances capitais e acabou perdendo por 2 a 1 para o Coritiba, neste domingo, na Arena Independência.
Mas a torcida estava em festa e, ao término do jogo, festejou com o time a conquista da Copa do Brasil, sobre o Cruzeiro, com os jogadores carregando a taça pelo gramado.
Na última rodada do Brasileirão, o adversário será o Botafogo, às 17h de domingo, no estádio Mané Garrincha, em Brasília.
O JOGO
O Coritiba abriu o placar aos cinco minutos, com Carlinhos, em posição irregular. O empate alvinegro quase saiu três minutos depois, quando Dátolo cruzou pela esquerda, Leonardo Silva cabeceou para o gol e Lucas Claro salvou em cima da linha.
Tardelli perdeu boa chance aos dez minutos, concluindo por cima do gol após receber ótimo passe de Maicosuel. Aos 12, Douglas Santos sofreu falta perto da área e Tardelli cobrou por cima do gol.
O Atlético seguiu pressionando em cruzamentos de Marcos Rocha e Maicosuel, cortados pela zaga paranaense. Aos 20 minutos, após novo cruzamento de Marcos Rocha pela direita, Carlos finalizou de letra, mas a bola saiu com pouca força e desviou no zagueiro.
A pressão atleticana continuou no cruzamento de Dátolo pela esquerda, cortado pela defesa do Coritiba. Aos 28, o Galo teve um gol legítimo anulado pela arbitragem. No lance, Dátolo cruzou da intermediária pela esquerda, Jemerson escorou de cabeça e Rafael Carioca encobriu o goleiro em bela conclusão.
Aos 37 minutos, Dátolo foi derrubado na área, pediu pênalti e o árbitro mandou seguir o lance. Em seguida, Carlos sofreu falta na entrada da área e o árbitro, novamente, nada marcou.
Em novo ataque alvinegro, Dátolo cobrou falta e Jemerson desviou de cabeça, para fora. Logo depois, Tardelli recebeu de Douglas Santos e tentou ajeitar para Dátolo, mas a defesa do Coritiba afastou o perigo.
Em grande chance, aos 45, Dátolo recebeu grande passe de Leandro Donizete na grande área pela direita e chutou cruzado para fora.
SEGUNDO TEMPO
O Atlético retornou do intervalo sem alterações. Aos sete minutos, Dátolo recebeu passe de primeira de Maicosuel e cruzou para Tardelli, que não alcançou a bola por muito pouco.
O Galo continuou pressionando e Dátolo foi travado quando tentou finalização após passe de cabeça de Maicosuel. Aos 14 minutos, Maicosuel chutou de fora da área e exigiu boa defesa de Vanderlei.
O técnico Levir Culpi promoveu duas mudanças na equipe aos 18 minutos, substituindo Douglas Santos e Carlos por Pedro Botelho e Dodô, respectivamente.
Aos 23, Donizete arrisco de fora da área e a bola saiu rente à trave. Três minutos mais tarde, Vanderlei fez grande defesa no chute de Dodô.
O Atlético permaneceu pressionando, mas o Coritiba chegou ao segundo gol aos 39 minutos, com o zagueiro Leandro Almeida.
Aos 44, Pedro Botelho diminuiu para o Galo após cruzamento de Marcos Rocha. Embalado pelo grito da torcida, o Atlético foi para cima em busca do empate e até o goleiro Victor se arriscou na grande área adversária. O time alvinegro teve a última chance com Dátolo, em finalização defendida por Vanderlei.
Ao término da partida, os jogadores deram a volta olímpica com o troféu da Copa do Brasil, sendo bastante festejados pela torcida.
FICHA TÉCNICA
ATLÉTICO 1 x 2 CORITIBA
Motivo: Campeonato Brasileiro (37ª rodada)
Data: 30/11/2014
Estádio: Arena Independência
Cidade: Belo Horizonte (MG)
Gols: Carlinhos (5’), Leandro Almeida (84’), Pedro Botelho (89’)
Público pagante: 19.029
Renda: R$ 665.020,00
Árbitro: Pablo dos Santos Alves (ESP-2/ES)
Auxiliares: Cleriston Clay Barreto Rios (Fifa/SE) e Fabiano da Silva Ramires (ESP-2/ES)
Cartão amarelo: Diego Tardelli, Dodô, Leonardo Silva (Atlético); Bonfim, Leandro Almeida, Norberto, Germano (Coritiba)
Atlético
Victor, Marcos Rocha, Jemerson, Leonardo Silva e Douglas Santos (Pedro Botelho); Leandro Donizete, Rafael Carioca, Dátolo e Maicosuel; Diego Tardelli e Carlos (Dodô). Técnico: Levir Culpi.
Coritiba
Vanderlei; Luccas Claro, Leandro Almeida, Bonfim (Sérgio Manoel); Norberto, Helder (Germano), Robinho, Dudu, Alex e Carlinhos; Joel (Júlio César). Técnico: Marquinhos Santos.
Publicado 30 de novembro de 2014, às 21:38.
30.11.14 DIRETORIA / INSTITUCIONAL

Presidente Alexandre Kalil é ovacionado pela Massa
Antes do jogo contra o Coritiba, neste domingo (30/11), pela 37ª rodada do Campeonato Brasileiro, o presidente Alexandre Kalil concedeu entrevista coletiva e, logo depois, foi ao gramado da Arena Independência se despedir da Massa Atleticana.
O mandatário alvinegro foi efusivamente ovacionado pela torcida, que levou uma bandeira contendo a imagem de Alexandre Kalil beijando a foto de seu pai, o ex-presidente Elias Kalil.
Sob o comando de Alexandre Kalil, considerado por muitos o maior presidente da história do clube, o Atlético ganhou uma Copa Libertadores da América (2013), uma Recopa Sul-Americana (2014), uma Copa do Brasil (2014), um vice-campeonato brasileiro (2012) e três Campeonatos Mineiros (2010, 2012 e 2013), além de 23 títulos nas categorias de base.
A eleição presidencial do Atlético acontecerá em 3 de dezembro (quarta-feira), das 10 às 18h, no Auditório Elias Kalil, com a posse acontecendo logo em seguida. A única chapa inscrita, denominada “AVANTE GALO”, é presidida por Daniel Diniz Nepomuceno e tem como vice-presidente Manuel Bravo Saramago.
29/11/2014 16h00 - Atualizado em 29/11/2014 16h53

Líder sem faixa em campo e estilo sereno fora dele: as faces de Victor
Enquanto dentro de campo goleiro alvinegro dá bronca, gesticula e orienta jogadores, fora dele adota jeito sereno e tranquilo. E admite que ainda sonha com a Seleção
Por Rafael Araújo
Belo Horizonte
O bicampeonato da Libertadores não veio para o Atlético-MG, mas o ano foi encerrado com chave de ouro. Depois de um primeiro semestre ruim, o time cresceu sob o comando de Levir Culpi, faturou a Recopa Sul-Americana e terminou o ano com o título inédito da Copa do Brasil, justamente contra o maior rival. Um dos responsáveis por mais uma temporada vitoriosa é Victor. A tranquilidade e serenidade evidentes fora de campo não são percebidas quando ele está debaixo das traves. O "santo" se transforma. Vira comandante da defesa, que passou incólume nos confrontos decisivos com o rival Cruzeiro. Broncas, gritos e orientações fazem parte do repertório do goleiro alvinegro.
Em todos os lances em que tem a oportunidade de orientar, Victor chama um companheiro, explica situações ou esbraveja quando necessário. No descanso, prefere o estilo tranquilo, junto com a esposa e filhos.
- Dentro de campo a gente quer ganhar, quer o melhor para a equipe. Sou muito competitivo. Não que eu goste da vitória a qualquer custo, porque acho que tem que ter merecimento na vitória, mas a gente procura orientar e cobrar de maneira que a equipe possa fazer seu melhor dentro de campo. Mas fora de campo eu sou muito tranquilo, muito reservado. Mas também comemorei essa conquista como todo torcedor atleticano.
Após passar por momentos de estresse em jogos pelo Atlético-MG na Copa do Brasil, que não sairão tão cedo da memória do torcedor, Victor só deseja aproveitar seu outro lado: a tranquilidade.
A liderança é independente de você ter uma faixa no braço ou não, ela tem que ser exercida"
Victor
- É um momento de aproveitar um pouco. A gente luta tanto para ter conquistas e tem que aproveitar, fazer um balanço de 2014, que foi um bom ano, com duas conquistas, uma boa campanha no Brasileiro. A partir do ano que vem, a gente pensa nisso.
Apesar de ser um dos líderes em campo e ter autonomia de orientar os companheiros, Victor nunca foi capitão no Atlético-MG. Réver é o dono oficial da faixa. Fora de ação por lesões, passou o posto para Léo Silva. Presente em 58 dos 70 jogos feito pelo time alvinegro na temporada, o goleiro não mostra preocupação sobre o assunto.
- A liderança independe de você ter uma faixa no braço ou não, ela tem que ser exercida. Talvez seja a metodologia do Levir de não querer colocar um goleiro como capitão de equipe. Já trabalhei com treinadores que achavam um pouco de exposição. Não é algo que eu me cobre, que me incomode. Estou dentro do elenco para fazer meu melhor e alcançar sempre o objetivo, que são as conquistas e as vitórias.
eleção:desejo para 2015
Com títulos e boas atuações, o goleiro tem um grande desejo para a temporada 2015: voltar a vestir a camisa da Seleção. O camisa 1 almeja estar no elenco que vai disputar a Copa América 2015, no Chile.
- Nunca escondi de ninguém que a Seleção ainda é uma meta e um objetivo de carreira que eu tenho. Vou continuar trabalhando para isso. Ano que vem é um ano de Copa América e gostaria de fazer parte desse elenco.
29/11/2014 13h52 - Atualizado em 29/11/2014 15h25


Dono do Galo, Dátolo renasce ao som da massa na Bombonera brasileira

Cérebro do campeão da Copa do Brasil reencontra futebol dos tempos de Boca, elogia atmosfera do Horto e se diz em casa: "Nunca imaginei ser amigo de brasileiro"

Por Cahê Mota e Thiago Correia

Belo Horizonte
Dátolo ressuscitou. Promessa do Boca Juniors campeão da Libertadores de 2007, o meia, que tem Jesus no nome, viveu anos de ostracismo. Negociado com o futebol europeu, decepcionou. As passagens por Napoli, Olimpiakos e Espanyol não deixaram saudade. No Internacional, o posto de craque do Gaúchão de 2012 virou ilusão para quem depois sequer flertou com o protagonismo. Até que surgiu o Galo. Surgiu o Horto. No Independência, o argentino se sente em casa, se vê na Bombonera, e desabrochou. De futebol refinado e postura firme - com boa dose de catimba -, assumiu o comando do meio-campo com a saída de Ronaldinho e termina 2014 como "dono" do campeão da Copa do Brasil.
Se Tardelli é o protagonista e Luan o xodó, Dátolo é quem faz o Galo jogar. Tudo passa por seus pés. Acelera o jogo usando a velocidade do trio ofensivo, cadencia quando necessário, e sorri. Sorri sempre que vê a massa ensandecida. O coadjuvante de Riquelme na última Libertadores conquistada pelo Boca voltou. E voltou porque reencontrou nas arquibancadas o grito que o fez despertar em Buenos Aires. Certo, Dátolo?
Encontrei aquele sentimento de entrar em campo e olhar para uma torcida maravilhosa como na época do Boca. Me sinto do mesmo jeito. Sou muito identificado, como era no Boca. Quando entro em campo, sinto uma emoção no coração. É a mesma sensação
Dátolo, meia do Atlético-MG
- Claro que sim! Joguei em vários clubes, mas no Atlético-MG encontrei aquele sentimento de entrar em campo e olhar para uma torcida maravilhosa como na época do Boca. Me sinto do mesmo jeito. Sou muito identificado, como era no Boca. Quando entro em campo, sinto uma emoção no coração. É a mesma sensação.
Indicado por Cuca, o meia demorou a engrenar também em Belo Horizonte. Com Paulo Autuori, foi improvisado de lateral-esquerdo, até que renasceu para o futebol sob o comando de Levir Culpi. Com Luan, forma a dupla mais carismática do campeão da Copa do Brasil. Parceria que surpreende até mesmo o argentino:
- Nunca imaginei que iria ser amigo de um brasileiro (risos). Aconteceu. Nos gostamos bastante, sem nada em troca. Isso que é importante, amizade pura.
De mate e cuia na mão, Dátolo recebeu o GloboEsporte.com na área de lazer de seu apartamento em BH. Feliz da vida, dissecou o bom momento que vive dentro de campo e falou também da relação com o Brasil. Em pingue-pongue, revelou preferências, mas não quis se comprometer em um assunto: Maradona ou Pelé? Confira abaixo:
Campeão, um dos destaques do time, em alta no Brasil... Vou aproveitar o gancho da Copa do Mundo, quando a Argentina ficou em BH, para te perguntar: decime que se siente?
Ritual de toda manhã: Dátolo acorda e prepara o tradicional mate argentino (Foto: Cahê Mota)
- (Risos) Feliz, muito feliz. Estou contente com a Copa que tanto queríamos. As pessoas daqui comemoraram muito por ter sido a primeira vez que o Galo conseguiu ganhar. Foi muito bom.
Você despontou muito bem no Boca, mas depois nunca mais conseguiu repetir aquela performance. Fosse na Europa ou até mesmo no Inter, teve dificuldade de engrenar. O que mudou para que jogasse tanto como no Galo?
- Quando vim jogar no Inter, os primeiros seis meses foram muito bons. Depois, tive má sorte. Machuquei muito, não tive sequência de jogos e baixei o nível. Aqui no Galo, foi a mesma coisa. Não conseguia acertar. Com a chegada do Paulo Autuori, pude jogar. Mesmo que fosse de lateral-esquerdo, fora da minha posição, tive sequência, ganhei confiança. Com a chegada do Levir, pude ter oportunidade na minha posição, o que favorece muito. Hoje em dia, estou bem, na minha. A confiança do treinador é muito importante para um jogador.
Houve dificuldade de adaptação ao país? Foi algo que te prejudicou também?
- Não tive muita dificuldade. O brasileiro só tem a briga com o argentino no futebol, o que é normal, mas na rua dou os parabéns. Na rua e nos estádios, sempre fui muito bem recebido em todo Brasil. Estou muito feliz aqui, represento meu país. É muito difícil um argentino chegar aqui e jogar bola. Dou os parabéns aos brasileiros, eles me tratam muito bem.
Depois do título pelo Boca, em 2007, você rodou na Europa e não conseguiu se encontrar. Há explicação para essa queda de rendimento?
Jogo mais com a experiência. Não tanto com a velocidade da época do Boca, mas um pouco mais maduro fisicamente e mentalmente. Isso me fez crescer muito.

Dátolo
- Já com meus 30 anos, jogo mais com a experiência. Não tanto com a velocidade da época do Boca, mas um pouco mais maduro fisicamente e mentalmente. Isso me fez crescer muito. Me sinto muito bem. O jogador sul-americano sente a carência na Europa. Aconteceu isso comigo, não me senti à vontade. Quando fui para o Napoli, o clube brigava para não cair. Agora, está muito forte, com grandes jogadores, bem diferente de quando eu fui. Saí do Boca ganhando títulos e passei a brigar para não cair. Não tive sorte neste sentido.
Você diria que hoje está próximo do auge que viveu no Boca?
- Acho que sim. Eu me sinto um jogador um pouco mais completo até. Antes, eu corria mais, jogava pelo lado esquerdo do campo. Hoje, jogo mais de meia. Mudei essa característica. O meu jogo mudou, sou um pouco mais versátil. Minha visão de jogo está muito melhor, o que me fez crescer como jogador.
O Brasil tem vivido uma carência muito grande de jogadores na sua posição. Há um bom tempo, os destaques são argentinos: Montillo, Conca, D'Alessandro... Por que é tão fácil encontrar meias-armadores na Argentina?
- A característica dos times argentinos é essa, de ter o enganche, o meia, como vocês falam. Aqui no Brasil, não jogam muito assim. Cada time tem sempre um camisa 10, é uma questão de cultura, característica.
Você foge um pouco do meia clássico, que cadencia o jogo e busca espaços para meter bola, é um cara que conduz, acelera o jogo... O Dí Maria foi quem mais deu assistências na última temporada europeia. É um cara que te inspira?
- Temos que observar os jogadores e absorver coisas boas. Gosto de acompanhar futebol de todos os países. É sempre bom aprender os movimentos de cada jogador. O atleta tem que fazer isso. Vivemos disso.
O ataque do Galo é muito rápido, com Tardelli, Luan e Carlos. Isso facilita o seu trabalho, até para lançar no espaço vazio? Há algum tipo de conversa antes dos jogos para combinar esse tipo de coisa?
- Facilita muito as coisas. Tardelli, Luan, Carlos, Dodô, Paulinho, são todos muito rápidos. É muito mais fácil enfiar a bola, porque eles vão chegar. É muito bom para o meia.
Pela relação criada com o Independência, a atmosfera, tudo que aconteceu nos últimos anos, o Atlético-MG atual se assemelha com o Boca Juniors do início do século, que colocava medo na Bombonera?
- O Galo é um clube muito respeitado no Brasil hoje em dia. Isso que pretendíamos. É uma característica do clube. O jogador que vem já chega sabendo o que é o Galo. Nas ruas, o torcedor mostra o quanto é grande. O Atlético-MG está em um bom caminho, conseguimos esse respeito.
O Horto tem algum tipo de semelhança com a Bombonera?
Tem momento que temos que parar, outros correr, tem momento para tudo. Futebol é 100% mental. É preciso pensar em quando correr, falar e parar. O jogador precisa entender isso. Nem tudo é correr
Dátolo, meia do Atlético-MG
- Claro que sim! Joguei em vários clubes, mas no Atlético-MG encontrei aquele sentimento de entrar em campo e olhar para uma torcida maravilhosa como na época do Boca. Eu me sinto do mesmo jeito. Sou muito identificado, como era no Boca. Quando entro em campo, sinto uma emoção no coração. É a mesma sensação.
Todos sabem da sua amizade com o Luan. Como nasceu essa relação? Ele brinca dizendo que é maluco, você já parece ser mais sereno fora de campo...
- É por isso que somos muito amigos. Ele é um cara que está sempre acelerado, eu sou mais tranquilo, tento segurá-lo. Nós nos damos muito bem. Também sou muito amigo do Emerson (zagueiro). É muito importante para mim vir ao Brasil e fazer esse tipo de amizade. Nunca imaginei que ia ser amigo de um brasileiro (risos). Aconteceu. Nós nos gostamos bastante, sem nada em troca. Isso que é importante, amizade pura.
Você já tem 30 anos. O que planeja para carreira? Sonha com um retorno para a Europa ou a Europa do jogador sul-americano hoje é o Brasil?
- Minha vida está aqui no Brasil, em Minas Gerais. Sou muito feliz. O dia de amanhã eu não posso saber, mas sou muito feliz no Atlético-MG. Não me vejo jogando em outro time. O futebol, obviamente, muda muito, mas me sinto muito bem. Se eu pensar em voltar para a Europa, meu foco muda de sentido. Estou focado em continuar no Galo, ganhar muitos títulos, e depois o destino nunca se sabe. Minha prioridade é o Galo.
Sua história na seleção da Argentina é curta, mas muito intensa. Fez gol na estreia, fez gol no Brasil... Ainda é possível voltar?
- Sempre! Sempre vou ter em mente. Trabalho para isso, me esforço para ter uma chance. Até agora, não chegou, mas todo jogador quer uma chance de vestir a camisa de seu país. Tenho que trabalhar muito para conseguir isso.
Mesmo tranquilo fora de campo, você é um cara que fala bastante durante os jogos, catimba, conversa muito com a arbitragem... É algo natural do argentino ou tem como aprender isso de conduzir o jogo também com palavras?
- Isso vem com a experiência. São 12 anos como jogador profissional. Tem momento que temos que parar, outros correr, tem momento para tudo. Futebol é 100% mental. É preciso pensar em quando correr, falar e parar. O jogador precisa entender isso. Nem tudo é correr.
Para fechar, vamos fazer um pingue-pongue a respeito de Brasil e Argentina. Fale de sua preferência...
Pampulha ou Obelisco?
Pingue-pongue: Dátolo aponta suas preferências entre brasileiros e argentinos
- Obelisco, sou argentino.
Galo ou Galinha (River Plate)?
- Galo!
Luan ou Martín Palermo?
- Os dois.
Horto ou Bombonera?
- La Bombonera.
Cumbia ou Pagode?
- Cumbia.
Dilma ou Cristina Kirchner?
- Nenhuma das duas.
Fernet ou Caipirinha?
- Fernet.
Roman Riquelme ou Ronaldinho?
- Ronaldo.
Jesus (Dátolo) ou D10S (Maradona)?
- D10S sempre!
Pelé ou Maradona?
- São diferentes. Cada um fez seu futebol em seu momento, em sua época. São dois grandes ídolos!
Brasil ou Argentina?
- Argentina!
29/11/2014 13h47 - Atualizado em 29/11/2014 15h06


De bicicleta, torcedor leva bandeira do Galo em aventura pela Patagônia

Ciclista mineiro Felipe Batista voa neste domingo de Belo Horizonte a Mendoza, de onde sai para aventura de 3 mil km até Bariloche, junto à Cordilheira dos Andes
Por Ricardo Welbert
Divinópolis, MG
PEDALADAS PELO MUNDOPLANEJAMENTOAPERTOS NA ESTRADA
A bandeira do campeão da Copa do Brasil está guardada com carinho na bagagem do ciclista Felipe de Alvarenga Batista, de 28 anos. O economista, aventureiro nas horas vagas, parte neste domingo para mais uma viagem sobre duas rodas. Ele vai sair de Formiga, no Centro-Oeste de Minas, voar até Mendoza e de lá pedalar pelas partes argentina e chilena da Patagônia. Ele vai até Bariloche levando com ele a companheira que simboliza o amor pelo Atlético-MG.
- O Galão vai junto com a massa para todo canto. É impressionante. Se você chega em um lugar e há uma bandeira, essa bandeira é do Galo. A segunda, se houver, é de Minas.
Feliz com a conquista nacional sobre o maior rival, Felipe apontou Leandro Donizete e Marcos Rocha como seus jogadores favoritos, e contou que assistiu à final ao lado dos pais, na terra natal.
- Agora o time está jogando o melhor futebol do Brasil, então dá gosto de ver. Lá em casa é todo mundo atleticano. Fui para Formiga me despedir da família e vi o Galo ser campeão ao lado dos meus pais. Melhor, só se tivesse os arrastado para a Praça Sete - brincou o ciclista, que planejava a viagem há dois anos.
PEDALADAS PELO MUNDO
Felipe se diverte nas pedaladas mundo afora
Atualmente, Felipe passa mais tempo no Rio de Janeiro, onde faz doutorado em Economia e treina para as aventuras. Sempre que sobra um espaço na agenda, ele visita os parentes em Minas ou – o que é mais comum – sai para pedalar por algum lugar do mundo.
– Na maior parte dos meses do ano, concilio trabalho e estudo com treinamentos que, normalmente, não envolvem bicicleta. Escalada, montanhismo e caminhadas, por exemplo – contou.
Depois de passar por lugares como Itália, Portugal e explorar várias regiões do Brasil (como o litoral nordestino), Felipe vai percorrer 3 mil km na Patagônia, passando por Chile e Argentina. Neste domingo, ele pega voo de Belo Horizonte para Mendoza, na Argentina. De lá, deverá pedalar até Bariloche, na Província de Rio Negro, junto à Cordilheira dos Andes.
– Em Bariloche devo me encontrar com dois amigos economistas, que seguirão comigo. Faremos a travessia dos lagos em direção ao lado chileno. Iremos até El Calafate, na província de Santa Cruz. Também é objetivo chegar ao Parque Nacional Torres del Paine - detalhou.
PLANEJAMENTO
Para cumprir o desafio, no entanto, é preciso muito planejamento e cuidado. Felipe explica que o condicionamento físico e o preparo psicológico são essenciais.
- Fazer um mapa de rotas de acordo com os seus interesses no momento, sejam naturais, históricos ou culturais. Neste caso, meu interesse é em conhecer uma parte do mundo bastante rica em montanhas e vulcões.
Tudo isso, ele faz sem patrocinador. O que mais pesa no bolso, são as passagens aéreas internacionais. Mas, depois que chega ao destino, ele não precisa de muita coisa para se virar.
- A possibilidade de fazer acampamentos me aproxima da natureza, me fortalece e me faz economizar. Isso é algo que gosto de fazer, geralmente, sozinho - revelou.
APERTOS NA ESTRADA
Histórias incluem apuros no litoral do Maranhão
Se alguém pensa que andar pelo mundo numa bicicleta é fácil, pergunte ao Felipe. Até encontrar a maneira certa de encarar diferentes ecossistemas e terrenos ele teve dificuldade. Ao percorrer os lençóis maranhenses, o mineiro passou por apuros.
– Já estava sem água e sem comida. Fui praticamente resgatado por nativos. Coloquei na minha cabeça que seria fácil percorrer o trecho do litoral, porque tinha o mar à minha esquerda e as dunas à minha direita. Mas, eu não conhecia a técnica certa de andar na areia nem de achar água doce. Logo, não pude beber água salobra. Estava começando a ficar desidratado nos primeiros 50 km de viagem. Fui acolhido em um oásis, onde me ensinaram artimanhas daquele ecossistema – relatou.
Na viagem seguinte, o ciclista aventureiro optou por conhecer a própria terra. Foram 2 mil km por estradas de terra em Minas Gerais, valorizando percursos históricos, dentre os quais a Garganta do Embaú, por onde os bandeirantes passaram no século XVII.
– Chuva, lama e o bom acolhimento mineiro foram uma constante. Chegar ao Pico da Bandeira, atravessar o Espinhaço e terminar às margens do Rio São Francisco, quase uma obrigação – recordou.
A terceira viagem, 5 mil km pela Europa, de Portugal à Itália, combinou dificuldades física e psíquica. Incluía percurso de 1.500 km pelos Alpes, onde se deparou com subidas diárias de 20, 30, 40 quilômetros.
– A opção recorrente por montar meus próprios acampamentos aumentou as dificuldades. Mas, como sempre, elas alimentaram a confiança – lembrou.
A missão agora será lutar contra os ventos e chuvas da Patagônia. O percurso de 3 mil km mescla estradas asfaltadas e de rípio, inclui travessias por montanhas e longo caminho deserto.
– Novamente, muito chão e muito acampamento. Nada fácil, mas, para quem tem o coração aberto, o caminho é reto e plano.
29/11/2014 08h05 - Atualizado em 29/11/2014 08h05

Carlinhos Neves deve deixar o Galo
e repetir parceria com Cuca na China
Preparador físico tem proposta milionária do Shandong Luneng, do futebol chinês
Por Fernando Martins Y Miguel
Belo Horizonte
O Atlético-MG deverá sofrer uma baixa muito significativa para a próxima temporada. O preparador físico Carlinhos Neves dificilmente permanecerá no clube por conta de uma proposta milionária da China.
O contrato de Carlinhos Neves com o Atlético-MG se encerra no final de dezembro e o clube mineiro terá que cobrir a oferta do Shandong Luneng-CHI para contar com o preparador físico para a próxima temporada. A proposta chinesa é considerada irrecusável para os padrões do futebol brasileiro, já que o clube do oriente ofereceu algo em torno de R$ 500 mil mensais.
Carlinhos Neves repetirá a parceria com o técnico Cuca no clube chinês inicialmente nos próximos dois anos, tempo de contrato do ex-treinador do Galo. O Shandong Luneng-CHI já havia tirado Cuca do Galo ainda no Marrocos, quando o treinador anunciou o acerto milionário para comandar a equipe asiática. Na ocasião, Cuca revelou que os rendimentos mensais girariam em torno de R$ 1,5 milhão. No primeiro ano de trabalho, Cuca ganhou a Copa da China e conta com jogadores conhecidos no futebol brasileiro como o zagueiro Júnior Urso, o meia argentino Montillo e os atacantes Aloísio, o "Boi Bandido" (ex-São Paulo), e Vágner Love.
Considerado um dos melhores da profissão no país, Carlinhos Neves chegou ao Atlético-MG em agosto de 2011 e assinou contrato de três anos. Foi a segunda passagem do preparador físico pelo clube, que trabalhou no Galo em 2001 e 2002.
Carlinhos Neves integrou a comissão técnica da Seleção Brasileira sob o comando de Mano Menezes, em 2012. Pelo Atlético-MG, Carlinhos Neves conquistou três campeonatos mineiros (2001, 2012 e 2013), uma Taça Libertadores (2013), uma Recopa Sul-Americana (2014) e uma Copa do Brasil (2014).
Maluf brinca com estilo 'zen' de Levir em negociação e também espera continuar em 2015


Diretor de futebol espera que treinador decida pela permanência no Atlético
postado em 29/11/2014 15:06
Redação /Superesportes
Rodrigo Clemente/EM/D.A Press
O Atlético quer renovar com Levir Culpi para 2015 mas ainda não conseguiu uma resposta positiva do treinador. Para o diretor de futebol Eduardo Maluf, o estilo 'muito zen' do comandante alvinegro nos títulos da Recopa e da Copa do Brasil tem sido um 'empecilho'.
“Depois que veio do Japão, o Levir mudou demais, time joga muito, mas ele ficou muito zen. Nós estamos tentando renovar com ele tem dois meses e depois ele fala que o Atlético já devia ter resolvido. Ele pede para esperar não sabe o que vai fazer”, brincou Maluf, em entrevista à rádio Itatiaia.
Nessa sexta-feira, Levir Culpi comentou a situação. Ele disse que, no Brasil, desejaria manter a continuidade do trabalho no Galo. Contudo, uma boa proposta do exterior poderá seduzi-lo.
“A gente brinca com ele, como hoje, o Japão é bom, mas não tem essa efervescência da torcida, todo mundo elogiando, campeão de Copa do Brasil, isso é só no Brasil. Então, aproveita esse momento bom e vamos renovar. Acredito que o Levir fique”, argumenta Maluf.
Em 2015, o Atlético terá presidente novo. Daniel Nepomuceno assume o cargo de Alexandre Kalil. Maluf é o nome forte para permanecer à frente do departamento de futebol, ainda também não acertou a sua renovação, mas crê que não haverá dificuldade.
“Estamos na perspectiva de continuar com o Daniel, meu contrato acaba em dezembro, tenho certeza, vamos renovar”.
Sem Luan e Guilherme, Levir Culpi relaciona 23 jogadores para enfrentar o Coritiba


De olho em posição melhor na Série A, técnico alvinegro deve escalar time titular
postado em 29/11/2014 12:41
Redação /Superesportes
Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press
Depois de vencer o arquirrival na final da Copa do Brasil e conquistar mais um título inédito, o Atlético volta agora suas atenções para o Campeonato Brasileiro. O técnico Levir Culpi relacionou 23 jogadores para o jogo deste domingo, contra o Coritiba, pela 37ª rodada, no Independência.
A tendência é que o treinador alvinegro escale o que tem de melhor. Isso porque o time mineiro está na quinta posição, com 61 pontos, e , mesmo já classificado para a Copa Libertadores de 2015, uma colocação final melhor é mais interessante em termos financeiros.
As únicas ausências na lista de Levir são Guilherme e Luan. O primeiro ainda não está 100% recuperado de contusão muscular. Já o "menino maluquinho" do Galo foi cortado por estar sentindo dor no joelho esquerdo.
Na manhã deste sábado, os jogadores atleticanos fizeram apenas um trabalho físico, seguido de um dois toques em campo.
Confira a lista:
Goleiros: Victor, Giovanni, Uilson
Laterais: Marcos Rocha, Alex Silva, Douglas Santos, Pedro Botelho
Zagueiros: Réver, Leonardo Silva, Jemerson, Tiago
Volantes: Pierre, Leandro Donizete, Rafael Carioca, Eduardo, Josué
Meias: Dátolo, Dodô, Maicosuel, Paulinho
Atacantes: Diego Tardelli, Carlos, Marion
29.11.14 FUTEBOL / PROFISSIONAL

Tardelli já é o 6º maior artilheiro do Galo em clássicos
O atacante Diego Tardelli continua fazendo história com a camisa alvinegra.
Com o gol do título da Copa do Brasil, sobre o Cruzeiro, o goleador se juntou a Nilson, Paulo Isidoro, Guilherme e Lauro como o 6º maior artilheiro do Atlético em clássicos, com nove gols, deixando para trás Éder Aleixo, Dario e Nívio, que marcaram oito gols cada.
Atlético x Cruzeiro 26.11.2014
CONFIRA A LISTA DOS MAIORES ARTILHEIROS DO ATLÉTICO NO CLÁSSICO MINEIRO:
1º – Guará (26 gols)
2º – Reinaldo e Ubaldo (16 gols)
4º – Luvas (15 gols)
5º Tomazinho (10 gols)
6º – Diego Tardelli, Nilson, Paulo Isidoro, Guilherme e Lauro (9 gols)
Publicado 29 de novembro de 2014, às 09:32.
29.11.14 CAMPEONATO BRASILEIRO / FUTEBOL / PROFISSIONAL


Botafogo x Atlético será no Mané Garrincha
O jogo Botafogo x Atlético, pela última rodada do Brasileirão, teve local alterado pela CBF. Anteriormente prevista para o Maracanã, a partida será realizada no estádio Mané Garrincha, em Brasília. O dia, 7 de dezembro, e o horário, 17h, foram mantidos.
Publicado 29 de novembro de 2014, às 00:38.
29.11.14 CAMPEONATO MINEIRO / FUTEBOL / PROFISSIONAL

Atlético enfrentará o Tupi na estreia do Campeonato Mineiro
O Atlético terá o Tupi como adversário em sua estreia no Campeonato Mineiro. A partida acontecerá às 17h do dia 1º de fevereiro, na Arena Independência. O regulamento é o mesmo dos últimos anos, com as equipes se enfrentando em turno único, na primeira fase, e quatro times se classificando para as semifinais.
Confira a tabela da 1ª fase da competição:
1/2 – 17h – Atlético x Tupi – Arena Independência
7/2 – 17h – Mamoré x Atlético – Bernardo Queiroz
14/2 – 19h30 – Atlético x Democrata – Arena Independência
21/2 – 16h – América x Atlético – Arena Independência
28/2 – 16h – Atlético x Guarani – Arena Independência
7/3 – 16h – Cruzeiro x Atlético – Mineirão
12/3 – 19h30 – Caldense x Atlético – Ronaldão
14/3 – 16h – Atlético x URT – Arena Independência
21/3 – 16h – Tombense x Atlético – Campo do Tombense
29/3 – 16h – Atlético x Villa Nova – Arena Independência
5/4 – 16 – Boa x Atlético – Melão
Publicado 29 de novembro de 2014, às 00:23.
FICA OU NÃO FICA?


Levir cita o que pode tirá-lo do Galo, mas elogia continuidade

Daniel Nepomuceno, candidato único à presidência do Galo no triênio 2015-2017, já adiantou que tem como prioridade renovar o contrato do treinador
 Levir Culpi faz mistério quanto ao futuroPUBLICADO EM 28/11/14 - 20h54
FERNANDO ALMEIDA
@SUPER_FC
A maioria dos técnicos de futebol elogia a ideia de continuidade, de poder fazer um trabalho a longo prazo, com projeto vencedor como plano de fundo. Apesar de estar neste grupo de treinadores, Levir Culpi admite que alguns fatores podem tirá-lo do Atlético para a próxima temporada.
Se permanecer no Brasil, Levir diz preferir continuar trabalhando no Galo, mas não descarta neste momento voltar a atuar fora do país.
“Proposta do exterior, qualidade de vida e trabalhar com futebol em um país ou clube organizado, isso pode me tirar (do Brasil). Sempre existe alguma coisa (proposta do exterior), mas nesse momento não tenho que dar resposta, só tenho que conversar com o pessoal do Atlético”, disse Levir, reiterando o objetivo de ficar no Atlético se decidir ficar no Brasil.
“Algo que posso responder é que se permanecer no Brasil o time ideal para eu treinar é o Atlético se eu tiver essa oportunidade. Não penso em sair, a não ser que seja algo para o extraordinário, algo diferente que não espero. Mas se for ficar no Brasil gostaria muito de continuar no Atlético, porque podemos fazer um trabalho de continuidade e, quem sabe, possamos melhorar até os resultados”, comentou o treinador.
A diretoria do Atlético, por meio do diretor de futebol, Eduardo Maluf, e de Daniel Nepomuceno, candidato único à presidência do Galo no triênio 2015-2017, já adiantou que tem como prioridade renovar o contrato de Levir Culpi.
Ao ser questionado sobre a possibilidade de pensar mais fortemente em ficar no Atlético caso a torcida grite seu nome no próximo domingo, Levir relembrou sua última passagem, na qual deixou o clube logo após o título do Mineiro 2007 mesmo com a Massa gritando para ele ficar.
“Não deve alterar essa ação (gritos dos torcedores), porque ficar no clube envolve uma série de coisas.
Lembro de vencer a Série B e os torcedores queriam continuidade. E agora, 14 anos depois, quando falaram meu nome queriam que eu voltasse”, comentou o técnico.
“Depende do resultado e agora está muito positivos, legal, as coisas tendem a continuar, mas é rápido para inverter. Se o Cruzeiro coloca 2 a 0 e coloca os pênaltis; e se ganhasse de 3 a 0 o jogo, a mesma proporção de alegria agora seria inversa. Vamos muito para cima e para baixo, e por isso procuro analisar com tranquilidade. Continuidade é melhor coisa que pode acontecer”, finalizou.
HORA DO DESCANSO


Marcos Rocha comemora atuação na Copa do Brasil e já pensa em 2015

Lateral-direito teve participações nas jogadas dos três gols anotados pelo Atlético na decisão do torneio mata-mata
Marcos Rocha Marcos Rocha quer um 2015 ainda mais vitorioso
PUBLICADO EM 28/11/14 - 15h36
DA REDAÇÃO
@SUPER_FC
Vital na primeira partida da decisão da Copa do Brasil, Marcos Rocha comemora a sua atuação no duelo decisivo do torneio mata-mata e agora já começa a pensar na temporada 2015."A sensação de ganhar um título nacional em cima do nosso rival não tem palavras. Na minha avaliação, fiz duas boas partidas e pude colaborar, isso é o mais importante. Fechamos a temporada em alto nível, com os títulos da Recopa Sul-Americana e da Copa do Brasil. Agora é comemorar, descansar e já pensar em 2015", disse o lateral-direito.
Os dois gols do primeiro confronto da decisão da Copa do Brasil tiveram início em laterais cobrados por Marcos Rocha, com seu jeito característica, mandando a bola na área adversária. Já no segundo embate, a jogada do gol veio em cruzamento de Dátolo após passe de Marcos.
Antes de entrar em férias definitivas, o Atlético enfrenta Coritiba, neste domingo, e Botafogo, na última rodada do Campeonato Brasileiro.
DIA DE COMEMORAÇÃO

Atlético terá volta olímpica e despedida de Kalil diante do Coritiba
Partida contra o Coxa será a última do Galo sob a gestão do dirigente, que escreve para sempre o seu nome na história do clube
PUBLICADO EM 28/11/14 - 11h56
DA REDAÇÃO
@SUPER_FC
O Atlético vai comemorar o inédito título da Copa do Brasil e dará a volta olímpica pela conquista diante
sua torcida neste domingo, no Independência, quando enfrenta o Coritiba, às 19h30, pela penúltima rodada do Campeonato Brasileiro. Com maioria da torcida rival na última quarta-feira, no Mineirão, o Alvinegro acabou não celebrando o feito como desejava.O dia 30 de novembro também marcará a despedida do presidente do Atlético, Alexandre Kalil. A partida diante do Coxa será a última do Galo sob a gestão do dirigente, que escreve para sempre o seu nome na história do clube. Durante os seis anos administrando o Alvinegro, Kalil levou o time a grandes conquistas, entre elas a Copa Libertadores (2013) e a Copa do Brasil (2014).
Antes do duelo com o time paranaense, o mandatário alvinegro dará uma entrevista coletiva, às 18h30, a última como presidente do clube. Isso porque o mandato de Kalil se encerra no dia 3 de dezembro, quando ocorre a eleição para escolher o novo presidente.
Como apenas a chapa encabeçada pelo vice-presidente Daniel Nepomuceno - apoiada pelo atual presidente - foi registrada para concorrer na eleição, o atual grupo de dirigentes que comanda o Atlético seguirá à frente do time até 2017.
DM


Lasmar comemora superação, após ano cheio de lesões

Chefe do departamento médico lamenta excesso de problemas físicos, mas celebra sucesso no fim da temporada
Rodrigo Lasmar Médico alvinegro exaltou o papel dos atletas mais jovens em 2014.
PUBLICADO EM 28/11/14 - 11h16
FERNANDO ALMEIDA E THIAGO PRATA
SUPER_FC
O primeiro semestre de 2014 foi decepcionante para o Atlético. Além dos fracassos na Libertadores e do Mineiro, as lesões se tornaram uma tônica na Cidade do Galo. Mas a segunda metade do ano foi diferente. Os problemas físicos continuaram, é verdade. Mas a sede de vitórias voltou, o que foi crucial para o alvinegro superar vários obstáculos e obter os títulos da Recopa Sul-Americana e da Copa do Brasil, além de uma boa campanha no Brasileirão
O chefe do departamento médico do clube lamenta que tantos jogadores tenham visitado o setor com
frequência para tratamento de lesões, muito em função do apertado calendário. No entanto, fez questão de elogiar o espírito de superação de todos os atletas nos momentos decisivos.
“Foi um ano bem atípico pelo Mundial ano passado. Isto acabou prejudicando a nossa preparação. Em janeiro, não tivemos muito tempo e os jogadores não puderam se preparar para toda essa temporada. O reflexo disso foram as lesões, que realmente foram muitas. Mas com tranquilidade, trabalhamos bem com todos os atletas e chegamos nesta reta final com todo mundo liberado para o Levir”, declarou Lasmar.
Curiosamente, graças a esta superação, vários atletas da base desempenharam um bom papel dentro de campo, substituindo à altura ícones da equipe, como ressaltou Lasmar.
“Tem um lado ainda mais positivo. Com isto, o Atlético conseguiu revelar vários jogadores, dando oportunidade para os garotos da base, que algo muito importante”, disse o médico do Galo.
28/11/2014 17h01 - Atualizado em 28/11/2014 17h01


Edcarlos ganha aposta do amigo Léo e celebra: "Vou comer às custas dele"

Zagueiro do Galo, que tem amizade antiga com o adversário do Cruzeiro, comemora almoço ganho com a conquista da Copa do Brasil
Por Fernando Martins Y Miguel
Belo Horizonte
Um almoço às custas do rival por conta da conquista de um título. É tudo o que qualquer torcedor deseja e que o zagueiro Edcarlos pode comemorar depois da conquista da Copa do Brasil pelo Atlético-MG. E o pagador da aposta é nada menos do que o zagueiro Léo, do Cruzeiro. Os dois são amigos desde os tempos de Cruzeiro, clube onde jogaram juntos em 2010. Nascia ali uma amizade fora dos gramados, que ultrapassa a rivalidade e a cor da camisa que defendem.
Conforme destaca Edcarlos, o bom humor tomou conta da relação nos dias que antecederam a final da Copa do Brasil, vencida pelo Atlético-MG.
- Nos encontramos no aeroporto na última semana, quando as duas delegações chegavam e embarcavam para jogos do Brasileiro. E deu tempo de brincar com ele. Comecei a chutar o tornozelo dele dizendo ‘vamos começar a decidir essa final agora’ – brincou o defensor do Galo.
Premiação faz Galo manter o foco e secar rivais no Brasileirão
Logo depois de vencer o rival por 1 a 0, Edcarlos, que acompanhou a partida do banco de reservas, não escondia a satisfação pela conquista que ajudou a buscar.
- Me sinto importante. Pude ajudar o time com o gol da classificação sobre o Corinthians no final do jogo e nunca vou esquecer isso. Agora é só comemorar – disse.
E as comemorações passam pelo almoço que o zagueiro Léo terá que pagar a Edcarlos, em aposta definida pelos dois antes dos confrontos finais pela Copa do Brasil.
- Apostamos o almoço e agora é só esperar ele pagar. Não tem escapatória. Vou comer às custas dele. Mas brincadeiras à parte, todo o futebol mineiro está de parabéns e o almoço será uma comemoração dos dois. Mas quem vai pagar será ele – disse o zagueiro atleticano às gargalhadas.
28/11/2014 15h27 - Atualizado em 28/11/2014 16h26


Férias, que nada! Premiação faz Galo manter foco e secar rivais no Brasileiro
Clube pode lucrar até R$ 4,2 milhões em premiação no Campeonato Brasileiro.
Se terminasse na atual colocação, quinto lugar, receberia R$ 2,1 milhões
Por Fernando Martins Y Miguel
Belo Horizonte
Mesmo com a conquista da Copa do Brasil e a classificação para a terceira Taça Libertadores seguida, o ano ainda não acabou para o Atlético-MG. Isso é fato, já que o time ainda tem duas partidas pelo Campeonato Brasileiro. Mas engana-se quem pensa que os duelos contra o Coritiba e Botafogo não valerão nada. Valerão, sim. E muito!
Depois de arrecadar mais de R$ 5 milhões em premiação pelo título da Copa do Brasil, o Atlético-MG tem a possibilidade de ganhar mais R$ 4,2 milhões no Brasileirão - valor pago ao terceiro colocado. Com 61 pontos, o Galo está em quinto e pode chegar até o terceiro lugar, o que aumentaria o rendimento monetário do clube na competição. Se o Brasileiro terminasse hoje, receberia R$ 2,1 milhões - valor destinado ao quinto colocado.
A tarefa não é das mais fáceis. O atual terceiro é o Corinthians, com 66 pontos. O Internacional é o quarto, com 63. O Timão precisaria somar apenas um ponto nas próximas duas rodadas, quando enfrenta o Fluminense no Maracanã e o Criciúma na Arena Corinthians.
Para ultrapassar o Inter, o objetivo é menos complicado - porém, difícil. O Colorado teria que somar três pontos nos seis que disputará contra o Palmeiras no Beira-Rio e o Figueirense na Arena Condá, em Chapecó.
Caso confirme a quinta colocação no Brasileiro ao término da competição, no próximo dia 7 de dezembro, o Atlético-MG terá arrecadado no segundo semestre, com a conquista da Copa do Brasil e a posição final no Campeonato Brasileiro, mais de R$ 7 milhões.
28/11/2014 14h35 - Atualizado em 28/11/2014 14h48


Família de estudante agradece dedicatória de Dátolo: 'Nos confortou'
Após título da Copa do Brasil, meia homenageia atleticana Fabriny Alves, que
morreu um dia antes da decisão. "Foi um incentivo para mim", ressalta o argentino
Por Diego Souza
Governador Valadares,MG
Mais de 320 quilômetros separam as cidades de Belo Horizonte e Governador Valadares. A grande distância não foi empecilho para unir duas pessoas que nunca se viram, mas que desde a última quarta-feira têm uma história em comum. O meia Dátolo, do Atlético-MG, dedicou o título da Copa do Brasil à estudante Fabriny Alves Pereira de Oliveira, torcedora que faleceu na véspera do jogo. Uma homenagem que emocionou a família da jovem.
- Minhã mãe ficou muito feliz e eu fiquei bastante emocionado. Eu sabia que a galera das redes sociais estava se mobilizando para que a notícia chegasse até ao grupo de jogadores, mas nunca passou pela nossa cabeça que isso pudesse acontecer. Quando soubemos sequer acreditamos, mas nos confortou nesse momento de extrema dor - disse Fabrício, irmão de Fabriny.
A estudante, de 21 anos, esteve presente no primeiro jogo da decisão da Copa do Brasil, acompanhada do namorado, Sérgio Pacheco Filho, na noite de 12 de novembro no Estádio Independência, em Belo Horizonte. Naquela noite, a jovem atleticana acompanhou a vitória do time do coração por 2 a 0 sobre o Cruzeiro.
- Ela estava muito bem, chegou feliz da vida e cantando “eu sei que você treme” - disse Fabrício Pereira, irmão de Fabriny.
Porém, uma infecção pulmonar, ocasionada por uma leucemia, da qual a jovem valadarense tratava há cerca de quatro meses, a impediu de comemorar mais um título do clube de coração. Depois de passar mal no sábado, 22, Fabriny foi levada para Muriaé, na Zona da Mata, onde morreu na terça-feira, 25.
- Foi de repente. Ela estava muito bem até o sábado, mas no domingo ela começou a ter febre e na segunda piorou. A levamos para Muriaé onde ela melhorou um pouco, mas às 15h30 de terça-feira, ela passou mal novamente e morreu. Ela estava tinha leucemia e faltavam mais dois meses para o término do tratamento, depois ela ia fazer um transplante de medula - contou Fabrício.
A dor da família atleticana foi maior, porque sete meses antes da morte de Fabriny, Fabiano Alves de Oliveira, 47 anos, pai de Fabriny e Fabrício também morreu de câncer em 25 de abril. Apesar do sofrimento, Fabrício fez questão de agradecer ao atleticano Dátolo, que também cumpriu uma promessa após o título: tirar a barba.
- Agradeço a ele por ter feito essa homenagem em um momento tão difícil da minha família. Tenho certeza que minha irmã está lá cima feliz com a homenagem. E também fiquei feliz dele ter feito minha mãe sorrir por alguns instantes. Ela acabou dormindo e nem viu o jogo todo, mas meu irmão e eu ficamos felizes com a vitória e lembramos de como a Fabriny ia ficar feliz com o título do Galo - imagina Fabrício.
28/11/2014 10h00 - Atualizado em 28/11/2014 10h00


Donizete cita catimba e se orgulha

de expulsão tardia: "Sou malandro"

Volante atleticano diz que fama de não relaxar em clássicos faz com que adversários o provoquem na tentativa de um revide e uma expulsão
Por Fernando Martins Y Miguel
Belo Horizonte
Expulso na final da Copa do Brasil, Leandro Donizete nem se importou com o cartão vermelho, recebido aos 39 minutos do segundo tempo. Afinal, o título já estava garantido naquela altura da partida, quando se envolveu em ríspida dividida com Dagoberto. Conhecido por declarações fortes, o volante atleticano foi direto ao comentar sobre a expulsão.
- Ele (Dagoberto) tinha me dado uma cotovelada, acabei pegando-o depois, mas fica aqui dentro. Faz parte. Ele me deu uma chegada, dei uma nele, mas clássico é isso mesmo, rivalidade, briga. Mas fica só dentro de campo, não tenho nada contra ninguém.
Leandro Donizete se tornou o símbolo da raça do Galo diante do Cruzeiro na temporada. Nos sete clássicos disputados, o time alvinegro venceu quatro e empatou três. E isso se deu muito por conta das boas partidas do volante atleticano, que não mede esforços quando o assunto é ganhar divididas.
- Eu me preparo de forma diferente para o clássico. É um jogo de provocação, um chutando o outro. Não pode cair na deles, mas eu caí no final. Mas ali podia porque já estava acabando e o resultado já estava garantido. Mas é isso aí, não pode relaxar nunca.
O jogador sabe que é caçado em campo desde que se tornou o leão de chácara do meio-campo do Atlético-MG nos clássicos. Segundo ele, os jogadores do Cruzeiro entraram na decisão com o pensamento de tirá-lo do jogo, uma vez que as entradas duras podem ser ainda mais fortes por conta de provocações e revides.
- Começou o jogo, e o Marcelo Moreno me chutou por trás. Depois, um me derrubou e pisou em mim. Eles me provocaram achando que eu iria desconcentrar, mas tenho 32 anos, sou malandro. Não caio nessa. Uma hora ou outra a gente senta o "reio" para eles verem que não é assim. Estou feliz demais pela vitória.
Amigo
Vice-campeão da Copa do Brasil com Marcelo Oliveira no Coritiba, em 2011, Donizete prometeu ligar para o treinador do Cruzeiro no dia seguinte à decisão. Campeão pela primeira vez, o jogador vai consolar o amigo, que agora contabiliza três vice-campeonatos da competição.
- Vou ligar para ele e dizer: "Essa era minha. Não tinha como." Mas o professor está muito bem, porque ganhou o Brasileiro. Deixa a Copa do Brasil para nós.
28/11/2014 09h00 - Atualizado em 28/11/2014 09h00


Victor e Réver repetem foto de título da Copa do Brasil pelo Paulista
Goleiro e zagueiro conquistaram o torneio em 2005, em final contra o Fluminense
Por GloboEsporte.com
Belo Horizonte
Depois da conquista do primeiro título da Copa do Brasil pelo Atlético-MG em cima do grande rival, o Cruzeiro, dois jogadores do elenco, Victor e Réver, fizeram a releitura de uma foto que tiraram em 2005. A foto é da conquista do título da Copa do Brasil daquele ano, quando o goleiro e o zagueiro do Galo foram campeões juntos pelo Paulista, de Jundiaí-SP.
Na ocasião, os dois decidiram contra o Fluminense. O título é a maior conquista da história do Galo da Japi, como o Paulista é conhecido. Naquela campanha, Victor e Réver também tiveram o Cruzeiro como adversário, na semifinal. No primeiro jogo, no estádio Jayme Cintra, em Jundiaí, o time da casa venceu por 3 a 1. Na partida de volta, no MIneirão, a Raposa venceu por 3 a 2, mas acabou eliminada.

- Nove anos se passaram depois daquela conquista com o Paulista de Jundiaí. A gente quis fazer uma foto para fazer um comparativo das duas situações. E é legal você poder trabalhar com amigos e conquistar títulos juntos - disse o goleiro Victor.
Levir Culpi vislumbra permanência no Atlético, mas não fecha portas para retorno ao exterior


Treinador ainda tem futuro incerto, enquanto negocia a renovação com o Galo
postado em 28/11/2014 19:14 / atualizado em 28/11/2014 19:49
Thiago de Castro /Superesportes
Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press
O que Levir Culpi vai fazer em 2015? Questionado novamente, o treinador não citou que viraria comentarista, como chegou a fazer em tom de brincadeira em outras ocasiões. Desta vez, durante entrevista coletiva na Cidade do Galo, o campeão da Copa do Brasil citou que a permanência no Atlético o seduz, mas que a possibilidade de trabalhar no futebol do exterior não está descartada.
Levir acredita que, no Brasil, o ideal é dar continuidade ao bom trabalho realizado no Galo em 2014. "Se for para permanecer no Brasil, gostaria muito de permanecer no Atlético porque acho que a gente pode ter um trabalho de continuidade e quem sabe até melhorar os resultados", disse.
Contudo, a renovação ainda não foi sacramentada. Então, o que tiraria Levir do Atlético para a próxima temporada?
"Uma proposta do exterior, qualidade de vida e trabalhar com futebol em um país e clube organizado. Sempre existe alguma coisa no ar, mas nesse momento não tenho que dar nenhuma reposta. Só tenho que responder e falar com o Atlético", respondeu.
Levir Culpi voltou ao Atlético como substituto de Paulo Autuori no fim de abril. O contrato atual se encerra em 31 de dezembro. Neste período, ele venceu a Recopa Sul-Americana e a Copa do Brasil. Entre 2007 e 2012, o técnico esteve à frente do Cerezo Osaka, do Japão.

Receoso com possíveis ameaças, Dátolo revela provocações de torcedores recebidas via celular


Meia argentino disse que outros atletas também tiveram seus números divulgados
postado em 28/11/2014 18:35 / atualizado em 28/11/2014 19:48
Thiago de Castro /Superesportes
Bruno Cantini/Atlético
Após conceder entrevista coletiva nesta sexta-feira, na Cidade do Galo, o armador Jesús Dátolo, do Atlético, conversou com jornalistas na porta da sala de imprensa e revelou que tem recebido inúmeras provocações de torcedores do Cruzeiro pelo celular desde o título da Copa do Brasil, conquistado na noite de quarta-feira.
Dátolo mostrou seu incômodo com a situação e disse que outros jogadores também tiveram seus números divulgados entre torcedores celestes. "É para mostrar essa situação. É bom divulgar, colocar publicamente para o caso de recebermos alguma ameaça ou de acontecer alguma coisa", disse o argentino.
O técnico Levir Culpi também criticou a atitude dos cruzeirenses. "É caso de polícia. Sinceramente não aceito isso e vou procurar me inteirar dessa situação. Não pode acontecer isso. Esporte tem que unir e não desagregar", completou.
O jogador atleticano também avisou que providencia a mudança do seu número de celular.

Hoje titular, Jemerson lembra aprendizado como torcedor de arquibancada na Libertadores

Zagueiro assistiu à praticamente toda campanha da conquista com a 'massa'
postado em 28/11/2014 15:07
Redação /Superesportes
Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press
Da arquibancada para a titularidade, a carreira de Jemerson deu um grande salto entre os títulos da Copa Libertadores 2013 e da Copa do Brasil 2014. O jovem zagueiro acredita que o que viveu no meio da 'Massa' serviu como aprendizado para conquistar a confiança do torcedor.
“Eu assisti a maior parte da Libertadores do ano passado da arquibancada, como qualquer outro atleticano. Estive no banco na partida contra o Newell’s, mas em todas as outras vi aquela conquista junto com a Massa, no Independência e no Mineirão. Acho que isso me fez aprender muito sobre o Atlético e sobre a torcida. Sei o que eles esperam dos jogadores e tento corresponder. Sempre que entro em campo, vou disposto a dar a vida pelo time, e sei que meus companheiros também pensam assim. Por isso que as conquistas têm acontecido e estamos escrevendo nossos nomes na história do Galo”, comenta.
Em 2013, a Copa Libertadores já havia começado e Jemerson nem havia estreado como profissional ainda. Seu primeiro jogo aconteceu apenas em julho, contra o Criciúma, pelo Brasileirão. Depois, ele ainda fez quatro partidas, escalado por Cuca.
Já esta temporada foi de afirmação. A primeira prova de fogo foi a Recopa Sul-Americana, contra o Lanús. Depois, Levir Culpi deu mais ainda confiança para que Jemerson evoluir e virar uma das gratas revelações do futebol brasileiro.
“A Recopa foi uma reviravolta na minha carreira. O professor Levir demonstrou que confiava e apostou em mim, um garoto da base que não tinha tanta experiência. Graças a Deus, fiz um bom jogo na primeira partida e não sofremos gols na Argentina. Aquilo fez com que a torcida olhasse com menos desconfiança e passasse a acreditar em mim. Mostrei que poderia fazer um bom trabalho. A partir dali, infelizmente o Réver voltou a se machucar, mas aproveitei a oportunidade que tive e acabei me firmando”, analisa.
Jemerson, de 22 anos, chegou a 45 jogos com a camisa do Galo, com 27 vitórias, 7 empates e 11 derrotas. Neste período, conquistou o Campeonato Mineiro (2013), a Copa Libertadores (2013), a Recopa Sul-Americana (2014) e a Copa do Brasil (2014).
Bolso cheio, lugares vazios

Cenário das partidas decisivas da Copa do Brasil tende a se repetir em 2015. Com ingressos caros e renda que atende aos clubes, casa lotada não é preocupaçã
postado em 28/11/2014 10:00 / atualizado em 28/11/2014 08:58
Bruno Freitas /Estado de Minas , Eugênio Moreira /Estado de Minas , Roger Dias /Estado de Minas
Juarez Rodrigues / EM DA PRESSMesmo com os dois maiores times de Minas em alta e a inédita disputa do título entre eles, a decisão da Copa do Brasil surpreendeu pela quantidade de lugares vazios. Tanto no jogo de ida como no de volta, setores de arquibancada ficaram desocupados no Independência e no Mineirão – situação que se repete em outros jogos do Cruzeiro em casa. A tendência, segundo especialistas, segue a lógica do preço dos ingressos: enquanto os clubes aproveitarem jogos decisivos para faturar, o torcedor pensará duas vezes antes de pagar caro para ir ao estádio.
Apesar de o público de Cruzeiro 0 x 1 Atlético na quarta-feira não ter se aproximado da capacidade máxima do Gigante da Pampulha (39.786, dos 58.170 disponíveis - ao todo são 62.170), a renda de quase R$ 8 milhões é a terceira maior em jogos de clubes no Brasil. Como comparação, o jogo do tetracampeonato brasileiro do Cruzeiro contra o Goiás, no domingo, teve mais de 56 mil pagantes e rendeu pouco mais de R$ 3,5 milhões. O time celeste vê o esvaziamento com naturalidade, enquanto o alvinegro não descarta mandar mais jogos decisivos na Pampulha em 2015.
“Os clubes brasileiros estão atrás de dinheiro, faturamento e acabam investindo em ingressos cada vez mais caros. No caso do Independência, por ser menor, para o Atlético é mais fácil trabalhar a demanda. Há muita gente interessada. Mas no Mineirão, a cena é chocante. As pessoas não estão dispostas a pagar caro”, aponta o consultor de marketing e gestão esportiva Amir Somoggi.
O especialista crê que, por mais que Cruzeiro e Atlético estejam no topo do futebol nacional, o nível do espetáculo entre ambos ainda não é comparável à uma partida de futebol da Europa, com preço de entrada inferior (veja infográfico). O fato de torcedores driblarem a venda utilizando a meia-entrada sem direito ao benefício, acaba impactando na conta final. “O brasileiro pode ser considerado um povo falsificador. Existe um ambiente de crime em shows e eventos esportivos. Se as autoridades e os clubes tivessem um controle efetivo disso, os preços cairiam drasticamente”, acredita Somoggi. Uma das soluções, sugere, seria a venda antecipada de cadeiras por temporada. “Não adianta só fazer programas de sócio-torcedor. O sócio só vai em alguns jogos. O grande diferencial é a venda antecipada. É o que os clubes europeus fazem. Enquanto os clubes brasileiros não fizerem isso não teremos uma média elevada porque vai depender sempre do resultado em campo para lotar o estádio”.
O gerente do movimento Por um Futebol Melhor – união de multinacionais que concede descontos na compra de produtos –, Rafael Pulcinelli, pensa de forma parecida. “É importante que clube e torcedor não foquem o programa (sócio-torcedor) apenas no ingresso. Claro que existe um grande peso nisso, mas não é desta forma que o clube terá sucesso. O clube precisa oferecer outras vantagens”, acrescenta.
O Cruzeiro ressalta que as cadeiras vazias na lateral do gramado do Mineirão estão nos setores mais caros do estádio, operadas pelo consórcio Minas Arena, e, como em qualquer jogo, são os últimos a ser vendidos. “Claro que queremos uma imagem melhor para o clube, mas é um problema para quem está em casa. O que importa é, primeiro, haver torcedor para empurrar o time, aliado com a remuneração. E o Cruzeiro tem feito de sua casa um fator muito forte. Economicamente, não tem interferência, já que o clube não participa daquela receita”, defende o diretor de marketing do clube, Marcone Barbosa.
Fatores como a derrota por 2 a 0 no primeiro jogo e a transmissão pela TV (para BH), segundo ele, pesaram para o esvaziamento na quarta-feira. “No Mineirão, temos direito a 54 mil ingressos e estamos com média de 30 mil pagantes. Ainda temos 24 mil lugares para preencher com 100% da receita para o clube”, destaca o dirigente. O Minas Arena informou em nota que as vendas das cadeiras vip tem crescido – a média, segundo o consórcio, foi de 72% nos últimos três jogos, chegando a 98% na quarta-feira. Os preços do setor são regidos pelo Cruzeiro, conforme contrato. “Além da localização central, temos apresentado novas vantagens ao torcedor como a venda direta pela internet e acesso ao estádio mediante apresentação do cartão de crédito”.
Jogos decisivos Substituto de Alexandre Kalil na presidência do Atlético a partir da próxima semana, o atual vice, Daniel Nepomuceno, não descarta novos jogos do time alvinegro no Mineirão. Como é parceiro da Arena Independência, o Galo não pode deixar de vez o estádio do Horto – onde tem 50% de participação nos lucros comerciais. Mas fontes comentam que o time alvinegro mandaria de 10 a 15 jogos na Pampulha no ano que vem, reduzindo o preço dos ingressos nos jogos do Brasileiro e na reta decisiva do Mineiro dos atuais R$ 120 para cerca de R$ 60. “O Atlético joga no Mineirão, claro, mas precisamos decidir, ver o contrato. O Independência é nossa casa, nosso parceiro. Quando for jogo que tem condições, a gente joga também. É também um interesse nosso”, afirma Nepomuceno.A Arena Independência declarou, em nota, que fez um teste para a venda de camarotes ao torcedor comum no jogo de ida da Copa, mas não obteve sucesso. Para 2015, o consórcio pretende manter a comercialização corporativa por temporada, mesmo que isso implique camarotes vazios. “O preço das cadeiras vips só pode ser definida pelos clubes”, explica o gerente operacional, Helber Gurgel.