
Nas seis últimas decisões entre Galo e Raposa, quem levou a melhor na partida inicial comemorou o título uma semana depois. Sequência se manterá nos jogos de Sete Lagoas?
Eugênio Moreira - Estado de Minas
Publicação:08/05/2011 09:43
Atualização:08/05/2011 09:48
Depois da surpreendente eliminação do Cruzeiro na Copa Libertadores, quarta-feira, para o Once Caldas, o clássico de hoje ganhou contornos mais dramáticos. Como a equipe do técnico Cuca reagirá à desclassificação no torneio continental?
Os jogadores estarão abatidos com a derrota para o time colombiano ou com mais vontade para compensar a frustração? Do lado atleticano, a preocupação é anular a vantagem que o adversário tem de jogar por igualdade em pontos e saldo de gols nesta final. Nas últimas seis vezes que os dois rivais decidiram o título mineiro, a primeira partida foi determinante para a definição do campeão.
Em 1998, 2000, 2004, 2007, 2008 e 2009, a equipe que venceu o primeiro jogo ficou com a taça, ou seja, o adversário não teve forças para mudar a situação na partida de volta, mesmo quando jogava com a vantagem da igualdade em pontos e saldo de gols.
1998/Passeio de Fábio Júnior
Com três gols de Fábio Júnior, num espaço de 12 minutos, já no segundo tempo, o Cruzeiro venceu o Atlético por 3 a 2, em 7 de junho. O Galo jogava por três empates e, com a derrota na primeira partida da decisão, teria de ganhar o segundo jogo para forçar a realização do terceiro. A equipe celeste, comandada por Levir Culpi, segurou o 0 a 0, quatro dias depois, e conquistou o tricampeonato mineiro.
2000/Com Marques e Guilherme
A vantagem era do Atlético, que venceu o primeiro jogo, em 3 de junho, por 2 a 1, com gols da dupla Marques e Guilherme. O Cruzeiro teria de ganhar a segunda partida, dia 8, para forçar o terceiro clássico decisivo, mas não passou do empate por 1 a 1. Sob o comando do técnico Márcio Araújo, o Galo chegava ao bicampeonato.
2004/Na esteira do Brasileiro
Já com a fórmula semelhante à atual, o Atlético terminou a primeira fase com melhor campanha e entrou na decisão com vantagem. Mas, na primeira partida, em 11 de abril, o Cruzeiro venceu por 3 a 1, com dois gols de Jussiê e outro de Alex. Poderia perder por um gol de diferença, no domingo seguinte, e foi o que ocorreu (0 a 1). Sob o comando de Paulo César Gusmão, a Raposa era bicampeã estadual.
2007/Desatenção de Fábio
Neste ano, começaram as goleadas nos primeiros jogos decisivos. A vantagem era do Cruzeiro, por ter feito melhor campanha na primeira fase, mas o Atlético goleou por 4a 0, com gols de Éder Luís, Danilinho, Marcinho e Vanderlei (que chutou de fora da área, aproveitando desatenção de Fábio, de costas para o campo), em 29 de abril, e praticamente garantiu o título, depois de seis anos. Na segunda partida, a equipe celeste esboçou uma reação, mas não passou da vitória por 2 a 0.
2008/Troco celeste
Sob o comando do técnico Adílson Batista, o Cruzeiro, que tinha a vantagem, aplicou goleada histórica, a maior na era Mineirão, no primeiro jogo: 5 a 0, em 27 de abril, com gols de Guilherme, Marcelo Moreno, Wagner, Ramires e Marcos, contra. Na segunda partida decisiva, no domingo seguinte, nova vitória celeste, por 1 a 0, confirmou o título mineiro.
2009/Ano de repeteco
Incrivelmente, a goleada do ano anterior se repetiu. Novamente com Adílson Batista, o Cruzeiro fez 5 a 0 na primeira partida, em 26 de abril. Kléber, Jonathan (2) e Leonardo Silva (2) fizeram os gols. No segundo jogo, em 3 de maio, o empate por 1 a 1foi muito pouco para o Atlético, que até tinha a vantagem de igualdade no saldo de gols.
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