terça-feira, 5 de outubro de 2010

Cada vez mais difícil

Mesmo podendo se beneficiar de alguns resultados da rodada, Galo não aproveita ao ficar apenas no empate por 0 a 0 com o Ceará, no Castelão, num dos piores jogos da competição

Redação Superesportes - Estado de Minas

Publicação:30/09/2010 07:00
O otimista diria que o Atlético interrompeu a série de quatro derrotas seguidas ao “arrancar” empate sem gols com o Ceará, ontem à noite, no Castelão, em Fortaleza. Mas o realista sabe que o resultado manteve o calvário da equipe no Campeonato Brasileiro, pois chegou à quinta partida sem vitória e continua no penúltimo lugar, a seis pontos do 16º colocado, o Avaí, que é o primeiro fora da zona de rebaixamento.
O Galo continua precisando de pelo menos 24 pontos, ou oito vitórias, para se salvar. O próximo compromisso será novamente longe da torcida, contra o Atlético-GO, sábado, às 21h, em Goiânia, pela 27ª rodada.
Novamente olhando pelo lado bom, foi a primeira vez depois de quatro jogos que os atleticanos deixaram o campo sem sofrer gols. Para isso, contou com nova boa atuação do goleiro Renan Ribeiro, que fez a segunda partida pela equipe profissional.
Por outro lado, o ataque passou em branco pela primeira vez após nove partidas balançando as redes adversárias. Um dos motivos foi a contusão de Daniel Carvalho, que deixou o campo aos 16min com entorse no joelho esquerdo, sendo substituído pelo apenas esforçado Ricardo Bueno. Antes, acabou levando o terceiro cartão amarelo. O técnico Dorival Júnior, que já não contava com Diego Tardelli, tratando-se de contusão muscular, viu o poder de fogo da equipe diminuir bastante, até porque Obina se apagou no jogo.
Além de continuar sem Daniel Carvalho e Diego Tardelli para o jogo com o Atlético-GO, além do lateral-esquerdo Leandro, com fratura na mão, ele perdeu dois atletas importantes ontem. O também lateral-esquerdo Eron e o atacante Neto Berola, que seria boa opção ofensiva, receberam o terceiro cartão amarelo e estão suspensos. Por outro lado, o volante Serginho, que cumpriu suspensão diante do Ceará, volta.
POUCO TEMPO De qualquer forma, Dorival correrá novamente contra o tempo para tentar fazer o Galo voltar a vencer no Brasileiro. Como hoje haverá a viagem para a capital goiana, ele terá praticamente só amanhã para preparar a equipe.
Uma das preocupações será dar mais criatividade ao meio-campo, que diante do Ceará praticamente nada criou. Nas poucas vezes que isso ocorreu, ficou clara outra deficiência: as conclusões. Ricardo Bueno e Obina, no primeiro tempo, e Diego Souza, no segundo, mandaram para fora chances muito claras de marcar.
Se parece ter encontrado na base a solução para o gol em Renan Ribeiro, a questão da armação das jogadas também poderá vir da categoria. Ontem, ele apostou na escalação do volante Fillipe Soutto, que, se não foi bem, também não comprometeu.
Para sábado, se quiser, poderá até lançar mão do armador Renan Oliveira, de 20 anos, que havia sido emprestado ao Vitória em maio, mas rescindiu o contrato e já está de volta à Cidade do Galo.
Dorival gosta de trabalhar com jovens valores, como fez no Santos este ano, escalando como titulares promessas do quilate de Neymar, Paulo Henrique Ganso e André, entre outros. Com eles, o alvinegro praiano foi campeão paulista e da Copa do Brasil. Por coincidência, ele havia substituído justamente Vanderlei Luxemburgo no comando do time paulista.
ATUAÇÕES
ATLÉTICO
RENAN RIBEIRO (Nota 6)
Fez ao menos três defesas, que impediram que o Galo saísse derrotado do Castelão
DIEGO MACEDO (Nota 3)
Movimenta-se como poucos, pena que o faça de forma completamente ineficaz. De bom, uma bola enfiada para Diego Souza
WERLEY (Nota 5)
Jogou com seriedade e não pensou duas vezes em limpar a área, mesmo que tivesse de apelar para chutões
RÉVER (Nota 5)
Atuou com segurança, tanto nas bolas rasteiras quanto nas aéreas. Complicou-se um pouco na saída de bola
ERON (Nota 4)
Deu espaço na defesa, posicionando-se mal. Até se apresentou ao ataque, mas pouco de útil fez
ZÉ LUÍS (Nota 5)
Teve trabalho na marcação, mas não desistiu nunca. Salvou bola quase em cima da linha
ALÊ (Nota 6)
Começou tímido como o time, mas melhorou com o decorrer do jogo, sendo importante tanto na marcação quanto na armação
FILLIPE SOUTTO (Nota 4)
No primeiro tempo, quase não tocou na bola. No segundo, salvou gol certo e mostrou personalidade
DIEGO SOUZA (Nota 3)
Prometeu que seria um novo jogador, mas apresentou o velho – e fraco – futebol. Perdeu gol feito
DANIEL CARVALHO (Nota 3)
A expectativa é que repetisse a boa atuação de domingo, mas uma contusão no joelho só permitiu que jogasse 16 minutos. RICARDO BUENO (Nota 2) o substituiu, perdeu um gol e protagonizou uma série de bolas recuadas e toques para o lado
OBINA (Nota 3)
Foi pouco acionado, até porque não se desvencilhou da marcação. Deu lugar a NETO BEROLA (Nota 5), que ao menos se movimentou mais DORIVAL JÚNIOR (Nota 4)
Apostou em formação inédita, com três volantes e Daniel Carvalho de atacante. Poderia ter colocado Ricardinho para dar mais criatividade ao meio-campo
CEARÁ
Com boas finalizações, o atacante MARCELO NICÁCIO (Nota 5) fez o goleiro atleticano trabalhar. Destaque também para GERALDO (Nota 5)
ARBITRAGEM
SANDRO MEIRA RICCI (Nota 6), árbitro do Distrito Federal, teve atuação boa na parte técnica, acertando as principais marcações. Pelo lado disciplinar, também foi bem, até porque os jogadores de ambas as equipes colaboraram

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