sábado, 14 de maio de 2011

Réver e Léo Silva têm evolução constante no Galo


Leonardo Silva (Crédito: Gil Leonardi)

Réver (Crédito: Gil Leonardi)
Com dupla de zaga formada por jogadores renomados, a média de gol sofrido do Atlético-MG caiu pela metade em 2011
Felipe Ribeiro
Thiago Fernandes
Publicada em 11/05/2011 às 08:03
Belo Horizonte (MG)
Leonardo Silva chegou à Cidade do Galo no início da temporada. Desde então, criou-se uma enorme expectativa para vê-lo em campo ao lado de Réver. A primeira partida com os dois grandalhões formando a defesa alvinegra ocorreu na vitória apertada sobre o Villa Nova, na Arena do Jacaré, pela sétima rodada do Campeonato Mineiro. Juntos, eles solucionaram o problema da zaga atleticana.
As primeiras rodadas com as tão sonhadas Torres Gêmeas à frente da defesa alvinegra não foram as melhores. O capitão Réver e o gigante Leonardo Silva não apresentaram um futebol de alto nível, o qual estavam acostumados, e o Galo encontrava dificuldades nas competições em que disputava. Contudo, com tempo e o entrosamento, ambos começaram a se destacar com a camisa preta e branca.
Agora, o momento da dupla é completamente diferente do inicial. Jogando um futebol excelente, eles caíram nas graças da torcida e têm ajudado o Atlético na disputa pelo título do Estadual. Com Réver e Léo Silva juntos, o Alvinegro teve suas redes balançadas em apenas oito oportunidades em nove confrontos disputados, entre Mineiro e Copa do Brasil, com a ótima média de 0,88 gol sofrido por partida.
O zagueiro Réver acredita que a marcação dos atletas no setor ofensivo ajudou bastante na evolução defensiva do Atlético. Para ele, a responsabilidade desta melhora deve ser dividida com todo os atletas do grupo e não apenas ele e o companheiro de zaga Léo Silva.
– O motivo é que melhoramos nossa marcação, não só do meio para trás, mas do meio para frente também, e isso acaba facilitando o trabalho dos defensores – disse Réver, que relembra as dificuldades passadas pelo Atlético na temporada e ressalta a boa recuperação da equipe. Além disso, o capitão coloca a conquista do Estadual como obrigatória após a eliminação da equipe na Copa do Brasil, torneio nacional mais importante do primeiro semestre.
– Nada melhor do que vencer um Estadual, depois de tudo o que aconteceu conosco. Com a eliminação na Copa do Brasil, o Campeonato Mineiro virou obrigação para nós, jogadores, mas temos de respeitar a equipe adversária, como sempre respeitamos. Nós sabemos da dificuldade que encontraremos e temos de estar preparados para este jogo –finalizou o experiente jogador atleticano.
Léo Silva valoriza o momento atleticano e enxerga a modificação no futebol e no espírito da equipe.
– O espírito e a concentração no Atlético são diferentes. A equipe passou por várias mudanças como todos sabem, e agora está encaixando seu melhor futebol. Isso é muito importante para nós – afirmou Léo.
Para o clássico do próximo domingo, que decide o Campeonato Mineiro, o Galo apostará em sua defesa. Se não sofrer gols, o Alvinegro garante o bicampeonato Estadual.
COM A PALAVRA (Marcelo Djian - atuou pelo Atlético-MG durante o Brasileiro de 2001)
O Réver começou no Paulista, passou pelo Grêmio e, depois, foi para o futebol alemão. Eu o considero um excelente zagueiro, muito bom nas bolas aéreas, que possui uma boa colocação dentro de campo, é um grande jogador.
Eu conheço o Leonardo Silva desde a época em que ele atuou pelo Bahia, quando ele começou. Lembro que nessa época eu havia indicado o jogador para o Cruzeiro, mas na época ele havia cometido um erro em um clássico decisivo, diante do Vitória, e a negociação não se avançou.
Contudo, passou um tempo e ele acabou fechando com clube, onde atuou por mais ou menos dois anos, foi muito bem e acabou fechando com o Atlético. Mas também é um grande jogador, que se posiciona bem, sabe jogar nas bolas aéreas. Eu acredito que ele e o Réver têm formado
uma ótima dupla no Atlético.
Ambos jogam um futebol muito parecido com o meu, principalmente, quando o quesito é posicionamento, pois são jogadores que sabem onde devem se colocar dentro de campo. Acredito que a única característica diferente entre nós três é a antecipação. Eu antecipava muito os atacantes e não vejo eles fazerem tanto, mais o Léo Silva.
Com Réver e Leonardo Silva
9 jogos disputados
8 gols sofridos
0,88 gol sofrido por jogo
6 vitórias
2 empates
1 derrota
74% de aproveitamento
Zaga desfalcada
9 jogos disputados
14 gols sofridos
1,55 gol sofrido por jogo
7 vitórias
1 empate
1 derrota
81% de aproveitamento
Altura das zagas da Série A
América - Gabriel (1,86m) e Micão (1,86m)
Atlético-GO - Anderson Mattos (1,86m) e Jairo (1,80m)
Atlético - Réver (1,93m) e Leonardo Silva (1,92m)
Atlético-PR - Manoel (1,81m) e Rafael Santos (1,87m)
Avaí - Emerson Nunes (1,79m), Gustavo Bastos (1,91m) e Revson (1,86m)
Bahia - Danny Morais (1,88m) e Titi (1,88m)
Botafogo - Antônio Carlos (1,83m) e Fábio Ferreira (1,88m)
Ceará - Erivelton (1,80m) e Fabrício (1,84m)
Corinthians - Leandro Castán (1,84m) e Chicão (1,80m)
Coritiba - Émerson (1,86m) e Pereira (1,88m)
Cruzeiro - Gil (1,88m) e Victorino (1,82m)
Figueirense - João Paulo (1,85m) e Édson Silva (1,87m)
Flamengo - Welinton (1,87m) e Ronaldo Angelim (1,79m)
Fluminense - Gum (1,89m) e Leandro Euzébio (1,87m)
Grêmio - Vilson (1,89m) e Rodolfo (1,83m)
Internacional - Rodrigo (1,82m) e Bolívar (1,85m)
Palmeiras - Danilo (1,85m) e Thiago Heleno (1,85m)
Santos - Edu Dracena (1,85m) e Durval (1,84m)
São Paulo - Alex Silva (1,92m) e Miranda (1,85m)
Vasco - Dedé (1,93m) e Anderson Martins (1,84m)

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