sábado, 14 de maio de 2011

Rap na sexta-feira 13

Em dia de Galo, CT do clube recebe visita de Gabriel, o Pensador, que foi rever amigos e chamou mais atenção do que os jogadores que se preparam para a decisão de amanhã
Ludymilla Sá - Estado de Minas
Publicação:14/05/2011 07:00
Em dia de muita superstição, o Atlético treinou sem sustos na Cidade do Galo e embalado pelo rap de Gabriel, o Pensador. Declarado amante do futebol e também empresário do ramo, o cantor esteve, ontem, na Cidade do Galo e agitou o CT do alvinegro. Por alguns minutos, os atleticanos, que se preparam para a finalíssima de amanhã do Campeonato Mineiro, contra o arquirrival, Cruzeiro, deixaram de ser a principal atração dentro da própria casa. Em Vespasiano, o lado jogador de Pensador falou mais alto. Ele participou da tradicional pelada dos funcionários, que ocorre semanalmente às sextas-feiras, e até marcou gol.
“Tenho uns amigos no Atlético, no Cruzeiro e no América. Deu para rever os amigos e aí tinha pelada rolando. Só que, às vezes, o jogador estranha a chuteira e eu não trouxe a minha. Mas, nesse caso, não foi o jogador que estranhou a chuteira, foi a chuteira que estranhou o jogador”, brincou o cantor-jogador, que tem uma escolinha de futebol no Rio. “Meu time é o Duquecaxiense. Trabalhamos com infantil e juvenil, mas recebemos informações de jogadores de outras categorias também”, contou.
Pensador afirma que a ida ao CT do Galo não foi uma visita de negócios. Foi mesmo para rever os amigos, como o técnico Dorival Júnior, o diretor de futebol Eduardo Maluf e o filho dele, Thiago Maluf, que também canta rap. “Se a gente mandar alguém para cá, vai ser para um teste. Hoje foi mais amizade, mas claro que a gente conversa sobre os times. O nível aqui é muito alto. Tem de mandar só os caras bons.”
Enquanto Gabriel, o Pensador jogava, os atleticanos falavam sobre o clássico de amanhã. Coincidentemente, dos jogadores que defenderam o Galo durante o Estadual e ainda fazem parte do grupo, 13 vivem a expectativa do título inédito: o goleiro Renan Ribeiro, o lateral-direito Rafael Cruz, os laterais-esquerdos Guilherme Santos e Eron, o volante Fillipe Soutto, os armadores Bernard, Jackson, Leleu e Wendel e os atacantes Ricardo Bueno e Wesley, além dos experientes Réver e Richarlyson.
O zagueiro e o volante, apesar dos currículos respeitáveis, nunca foram campeões estaduais. Quando estava no Brasil, o capitão do alvinegro, Réver, venceu somente a Copa do Brasil, pelo Paulista, em 2005. Se o Galo pelo menos empatar o confronto, terá o prazer de levantar a taça do Mineiro. “Se o título vier para o nosso lado, ficaremos muito felizes. Mesmo com a Arena do Jacaré toda contra a gente, vamos comemorar da melhor forma possível”, afirma o defensor, pregando muito respeito ao adversário. “O que fizemos no primeiro clássico já ficou para trás. Cada jogo tem uma história. Agora vamos escrever mais um capítulo e sabemos que será muito diferente. O Cuca (técnico do Cruzeiro) vai fazer de tudo para nos surpreender.”
Dúvida
Já Richarlyson, que pode começar o confronto de amanhã entre os titulares, foi bicampeão brasileiro e conquistou um Mundial com o São Paulo. Ontem, o técnico Dorival Júnior orientou um treinamento com 11 jogadores na linha, entre eles o volante, que pode entrar no lugar Renan Oliveira. Na ausência do atacante Mancini, poupado por causa de fadiga muscular, Leleu também treinou. O treinador orientou um trabalho tático, com ênfase no posicionamento da equipe.
Independentemente de quais serão os titulares, o treinador espera dos jogadores comportamento ainda mais ofensivo do que no último encontro entre os maiores rivais de Minas. “Quero ver um Atlético com muito mais atenção do que no jogo anterior. Se ocorrer um resultado adverso, que não seja por falta de pressão sobre o adversário.”

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