Galo integra comissão para avaliar situação financeira do C13; Koff marca saída

Gazeta Press
Publicação:03/05/2011 18:55
O Clube dos 13 realizou uma assembleia na tarde desta terça-feira. No encontro, foi criada uma comissão para apurar a situação financeira das agremiações e da própria entidade em relação a empréstimos, adiantamentos e créditos.
Fábio Koff, presidente do Clube dos 13, é avalista de alguns empréstimos. Publicamente, os presidentes das agremiações manifestaram o desejo de que ele continue no cargo, mas o dirigente, antes mesmo de resolvidas as questões financeiras, já avisou que pretende sair antes do final do ano.
"No momento em que me desonerar dos compromissos que me ligam ao Clube dos 13, eu saio, até porque já tinha programado sair no final deste ano. Ainda não sei quando vai ser isso, talvez em julho ou agosto", avisou o dirigente, que encerraria seu mandato apenas em abril de 2013.
O Grêmio foi o único clube que não enviou um representante ao evento. De acordo com a assessoria de imprensa da entidade, o emissário do time gaúcho teve problemas no transporte aéreo. Já Andrés Sanchez, presidente do Corinthians, participou como convidado, já que a agremiação não faz mais parte do Clube dos 13.
A comissão para apurar a situação financeira é formada por Atlético, Vasco, Vitória e Corinthians (como convidado). Uma vez que os trabalhos do grupo sejam encerrados, deve ser realizada uma nova assembleia para, eventualmente, alterar o estatuto do Clube dos 13 e definir o seu futuro.
O cerne da discórdia entre a entidade e seus filiados é a negociação dos direitos de transmissão do Campeonato Brasileiro a partir de 2012. Enquanto o Clube dos 13 brigou pela negociação conjunta, pouco a pouco as agremiações trilharam o caminho aberto pelo Corinthians e negociaram os direitos individualmente.
O Clube dos 13 recebe R$ 8 milhões anualmente - R$ 6 milhões da Rede Globo e R$ 2 milhões da Globosat - pela venda de seus direitos de imagem. De acordo com Fábio Koff, ao longo dos anos a entidade acumulou uma quantia "substanciosa" que pode ser dividida entre os clubes, se os próprios assim decidirem.
Após confirmar que pretende deixar a presidência do Clube dos 13, Koff confessou a decepção pelo insucesso da licitação pelos direitos de transmissão do Campeonato Brasileiro. Ainda assim, garantiu que não guarda qualquer tipo de mágoa e procurou valorizar a entidade que dirige.
"O tempo vai dizer se a solução encontrada de excluir os processos licitatórios foi a melhor", afirmou. "Não me sinto abandonado, mas sinto um gosto amargo, porque não fizemos o melhor negócio, mas o fato de que a licitação tenha sido revisada, ainda que não tenhamos atingido nosso objetivo, fez com que os valores aumentassem", encerrou.