Gazeta Press
Publicação:03/05/2011 20:59
A polêmica entre o Clube dos 13 e seus filiados em torno dos direitos de transmissão do Campeonato Brasileiro foi resolvida nesta terça-feira, mas suas consequências são inevitáveis. Fábio Koff, presidente da entidade, já avisou que pretende deixar o cargo neste ano. Ainda assim, os mandatários das agremiações evitam falar no final do órgão.
Andrés Sanchez, presidente do Corinthians, foi o primeiro a deixar o Clube dos 13 para negociar seus direitos de transmissão individualmente. O dirigente participou como convidado do encontro realizado em São Paulo e chegou a falar na continuidade do órgão.
"Ninguém falou que queria terminar com o Clube dos 13 nesse momento. É claro que essa possibilidade existe, seria hipócrita se falasse que não, mas não é esse o objetivo de todo mundo. Precisamos dos clubes unidos, apesar de todas as divergências. Nessa associação ou numa futura", afirmou.
O Clube dos 13 criou uma comissão formada por Corinthians (como convidado), Vitória, Vasco e Atlético para apurar a situação financeira das agremiações e da própria entidade. Fábio Koff, avalista de alguns empréstimos, pretende deixar o cargo assim que se desvincular de sua posição nos acordos financeiros.
Para Alexandre Kalil, presidente do Atlético, o levantamento financeiro não é um sinônimo do final. "Você pode fazer uma limpa no Clube dos 13, cada um paga a sua conta e continua. Aliás, é isso que deveria ter sido feito faz tempo. Não é o menor sinal de que o Clube dos 13 vai acabar", disse.
Fernando Carvalho, vice-presidente do Inter e do Clube dos 13, que também é avalista de empréstimos, classifica o possível final da entidade como um engano. O futuro do órgão deve ser decido na próxima assembleia, após o final do levantamento sobre a situação financeira.
"A princípio, vai continuar. É uma decisão que os clubes têm que tomar. Pelo que eu vi, não acaba. Acho até que seria um equívoco. Acho que o Clube dos 13 tem toda condição de continuar. Apenas houve uma pequena divergência, em parte solucionada com essa reunião", disse Carvalho.
Patrícia Amorim, presidente do Flamengo, também fala na permanência da entidade. "A tendência é que continue existindo. Depois de resolvidas as pendências e entendido melhor o tamanho do problema, a ideia dos clubes é continuar a fortalecer o Clube dos 13, e não dissolvê-lo, não criar liga. Os clubes têm que falar a mesma língua", disse.
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