Para não ser rebaixado, Atlético precisa ter aproveitamento de líder 02/10/2010 - 07h01

Do UOL Esporte
Em Belo Horizonte

Sem vencer no Campeonato Brasileiro há cinco jogos, período em que perdeu quatro partidas e empatou outra, o Atlético-MG tornou ainda mais difícil a sua situação visando se manter na Série A em 2011. Após a disputa de 26 rodadas, quando obteve somente 22 pontos (aproveitamento de 28%), o time atleticano terá de somar mais 24 dos 36 que ainda faltam para não ser rebaixado.
Desde que o Campeonato Brasileiro vem sendo disputado por pontos corridos, equipes foram rebaixadas com até 45 pontos, o que significa que 46 é a meta a ser alcançada. Isso significa, que nos próximos 12 jogos, o time atleticano terá de obter oito vitórias. Esse desempenho é de 66,66%, superior ao do líder Fluminense, que é de 65% (51 pontos em 78 possíveis).
Os jogadores atleticanos, que reconhecem a dificuldade da tarefa e a complexidade do momento, trabalham com um número ainda maior. “Pretendemos ganhar em média nove jogos nas próximas partidas que nos restam”, comentou o veterano lateral-esquerdo Fernandinho.
Desses 12 jogos restantes, seis serão fora de casa, a começar do Atlético-GO, concorrente direto pela luta contra o rebaixamento, neste sábado, às 21h, no estádio Serra Dourada. As demais partidas como visitante serão diante de Internacional, Cruzeiro, Guarani, Palmeiras e São Paulo.
Em 13 jogos já disputados nessa situação, o Atlético-MG somou apenas sete pontos, o que representa rendimento de 17,94%, obtidos em quatro empates e um triunfo, além de oito derrotas.
Como mandante, o Atlético-MG atuará, na Arena do Jacaré, contra Corinthians, Avaí, Botafogo, Santos, Fluminense e Goiás. Sem o Mineirão, que está em obras para a Copa do Mundo de 2014, o time atleticano tem feito campanha abaixo da sua tradição. Em 39 pontos, foram conquistados 15 (performance de 38,46%), com cinco vitórias e oito derrotas
“Independente do adversário, cada jogo para nós é uma final de campeonato”, resumiu o lateral-esquerdo Fernandinho. O titular dessa posição, Leandro, que nos próximos 15 dias ficará com a mão direita engessada, em função de uma fratura, também considera que é responsabilidade dos atletas, tirar o time dessa situação.
“Somos nós que podemos tirar o time dessa situação, o Atlético não vai cair não”, afirmou o Atlético-MG, que apostou recentemente na troca de treinador, com a demissão de Vanderlei Luxemburgo, que estava à frente da equipe desde o início da temporada, e a contratação de Dorival Júnior. Contra o Atlético-G, ele tentará levar o time alvinegro ao seu primeiro triunfo sob seu comando. Nos seus dois primeiros jogos, o clube atleticano foi derrotado pelo Grêmio, por 2 a 1, e empate com o Ceará, em 0 a 0.
Além da má campanha atleticana, que tem alguns dos piores números, nas 26 primeiras rodadas, como a maior quantidade de derrotas (16), pior defesa (47 gols sofridos) e pior déficit de gols (menos 17), o Atlético-MG vem enfrentando problemas com contusões. No momento, seis jogadores estão entregues ao departamento médico: o meia Daniel Carvalho, o lateral-esquerdo Leandro, o atacante Diego Tardelli e os volantes Méndez, Rafael Jataí e Fabiano.