Paulo Galvão - Estado de Minas
Roger Dias - Estado de Minas
Publicação:08/10/2011 07:00
Em situações de crise, vale qualquer esforço ou aposta para conseguir o resultado positivo e estabelecer a paz com os torcedores. Tradicionais adversários do antigo “Clássico das Multidões”, América e Atlético medem forças hoje, às 18h, na Arena do Jacaré, pela 28ª rodada do Campeonato Brasileiro, em busca de pôr fim à série de fracassos – os alviverdes estão há seis jogos sem vencer, enquanto o Galo amarga jejum de quatro partidas. A vitória é questão de honra para as equipes, que aparecem na zona da descenso e querem se livrar a todo custo do vexame. Para isso, apostam em trunfos distintos para se dar bem em Sete Lagoas: se o Coelho recorre à experiência do zagueiro Anderson, do volante Amaral e do atacante Fábio Júnior, o Galo joga a responsabilidade nas mãos – e pés – dos pratas da casa, como o goleiro Renan Ribeiro, o volante Fillipe Soutto e os armadores Bernard e Renan Oliveira.
No embalo da juventude
O espaço dado pelo Atlético aos jovens valores é uma necessidade, mas também o reconhecimento da qualidade de quem foi formado nas categorias de base. Se investiu em nomes consagrados, como os volantes Dudu Cearense e Richarlyson, e outros menos cotados, mas igualmente rodados, como o volante Gilberto e o goleiro Giovanni, quem acabou ficando com a missão de ajudar o time a fugir do rebaixamento foram os formados em casa.
No jogo de hoje, serão cinco os pratas da casa: o goleiro Renan Ribeiro, que volta ao time depois da morte da irmã Bianca, de 15 anos, que o deixou fora de duas partidas; o zagueiro Werley, que mais uma vez substitui Réver, a serviço da Seleção Brasileira; o volante Fillipe Soutto, que se tornou titular absoluto, apesar de ter apenas 20 anos; e os armadores Renan Oliveira – substitui Daniel Carvalho, contundido –, e Bernard, que completou 19 anos há exatamente um mês e tornou-se intocável no esquema idealizado pelo técnico Cuca. O treinador, aliás, mostra muita confiança na garotada. “Às vezes a gente pensa que o torcedor vai virar contra, mas não tem como, pois eles são crias daqui, nasceram aqui, estão merecendo jogar e vão jogar. Estão pegando corpo, jogando bem, têm coração. Fico feliz em ver o time com 50% de meninos criados em casa, acho que não há outro time no campeonato com tanta gente formada na base”, argumentou.
Justamente por confiar nos jovens ele não teme que os desfalques prejudiquem o Galo na partida contra o Coelho. E cita o caso do meio-campo para tranquilizar a torcida. “O Daniel Carvalho estava entrando em uma sequência boa, pegando ritmo de jogo, se desenvolvendo cada vez mais. Mas o perdemos e não temos que ficar lamentando. O Renan (Oliveira) é bom jogador, chega na área, tem faro de gol. Tem toda nossa confiança e vai fazer bom jogo.”
Diante de tantos elogios, os pratas da casa se enchem de confiança para tentar se sair bem no clássico. “Dependemos apenas de nós para sair desta situação ruim e vamos fazer de tudo para conseguir. Independentemente de ter sido formado aqui ou ter vindo de outro clube, todo mundo sente bastante o momento e certamente está preparado para ajudar a equipe”, declarou Fillipe Soutto.
Dúvida
Com a confirmação da escalação dos jogadores da base, Cuca praticamente definiu o time que pegará o América. A única possível dúvida é no ataque, no qual Guilherme e Neto Berola, recuperados de contusão, brigam por vaga ao lado de Magno Alves. (PG)
Atlético
Com a ausência de Daniel Carvalho, machucado, caberá a Renan Oliveira a tarefa de armar as jogadas e ditar o ritmo do Atlético. De boa técnica, ele precisará se “ligar” no jogo para ajudar a equipe a conquistar a tão desejada vitória
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