Eugênio Moreira - Estado de Minas
Publicação:08/10/2011 07:00
Não foi à toa que o confronto entre América e Atlético ficou conhecido como “Clássico das Multidões”. Na época dos pequenos estádios, pertencentes aos próprios clubes, como a Alameda e o Antônio Carlos, as duas equipes reuniam as maiores torcidas de Belo Horizonte e faziam duelos memoráveis. Do lado americano, craques como o atacante Satyro Taboada, o zagueiro Gaia e o goleiro Tonho. Pelo Galo, os atacantes Mário de Castro e Guará e o goleiro Kafunga.
A rivalidade persistiu nos anos 1950, no Estádio Independência, com Jardel e Ernani Charuto pelo Coelho, e Ubaldo e Zé do Monte defendendo as cores alvinegras. Mas a inauguração do Mineirão, em 1965, marcou definitivamente a ascensão do Cruzeiro, a queda de prestígio do América, e consequentemente do Clássico das Multidões.
Nos primeiros anos, América e Atlético até conseguiram levar grandes públicos ao novo palco do futebol mineiro. Em 13 de agosto de 1967, foram 67.186 pagantes, numa vitória atleticana por 1 a 0, gol de Tião, pelo Estadual. O recorde histórico do confronto foi registrado no Campeonato Mineiro de 1969, em jogo que levou 82.960 pagantes, em 16 de março. O Galo venceu por 2 a 0, gols de Vaguinho e Lola.
O Mineirão viu público superior a 50 mil no clássico apenas em cinco oportunidades, a última delas na terceira partida decisiva do Mineiro de 1999, em 4 de julho, que terminou com triunfo do Atlético por 1 a 0: 72.680 pagantes.
Pelo Campeonato Brasileiro, as duas equipes também viveram bons momentos tecnicamente, bem diferente da situação de hoje. Na edição de 1973, América e Atlético se enfrentaram pela segunda fase, já em janeiro do ano seguinte, com vitória do Galo por 2 a 1, diante de 40.961 pagantes. Naquele ano, o Coelho terminou em oitavo lugar e o time alvinegro foi o 11º.
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