sábado, 29 de outubro de 2011

Pontaria descalibrada

Embora tenha resolvido o problema na defesa, Galo ainda não está em situação tranquila no Brasileiro por um motivo simples: o ataque tem um dos piores desempenhos do returno
Paulo Galvão - Estado de Minas
Publicação:27/10/2011 09:06
Atualização:27/10/2011 09:08
Melhor defesa do returno do Campeonato Brasileiro, com apenas 10 gols sofridos em 12 partidas, o Atlético tenta melhorar o desempenho ofensivo para terminar a competição de forma tranquila. O alvinegro tem apenas 37 gols marcados na competição, três a menos que o lanterna América. Levando-se em conta só a segunda metade do torneio, foram 13 gols marcados, 15º pior desempenho, ao lado do Bahia, e à frente apenas de Ceará, Cruzeiro, Palmeiras e Atlético-PR.
Se o sistema defensivo evoluiu, na frente ocorreu o contrário. Mesmo fazendo péssimo primeiro turno, o Galo conseguiu marcar 24 gols em 19 jogos, média de 1,26 gol por jogo. Já levando-se em conta as últimas 12 partidas, a média cai para 1,08.
Ainda que tenha marcado duas vezes na última partida, quando venceu o Fluminense em pleno Engenhão, os jogadores que atuam mais à frente sabem que precisam melhorar. E para isso prometem se aplicar nos treinamentos e também ter mais concentração na hora de definir as jogadas.
“A gente sabe que pode sempre dar mais, que não podemos nos acomodar. Mas o importante é a equipe vencer, fazer gol é vaidade pessoal. Não só eu, mas também o Bernard, o Magno Alves, o Neto Berola e os outros atacantes vamos procurar marcar os gols para ajudar o Atlético a conquistar os resultados que desejamos”, declarou o atacante André, que chegou ao quarto gol no Brasileiro a completar de cabeça cruzamento do armado Daniel Carvalho no sábado.
Ele não marcava desde 22 de agosto, quando o Galo foi derrotado por 3 a 1 pelo Botafogo, no Rio, pela 18ª rodada do Nacional. Desde então, participou de outras oito partidas sem conseguir balançar as redes e não esconde que estava incomodado com o jejum. “Para a gente que joga na frente, a confiança tem que estar em alta. Como passei muitos jogos sem marcar, estava um pouco sem confiança, sim. Precisava desse gol. Agora é ter sequência para continuar bem física e tecnicamente para poder ajudar ainda mais o Atlético”, disse o jogador, que teve 20% dos direitos adquiridos pelo alvinegro em julho, por 2,2 milhões de euros (cerca de R$ 5,5 milhões) e foi emprestado pelo Dínamo de Kiev, da Ucrânia, até julho.
Como outros jogadores, o atacante se sente melhor agora que o Galo finalmente deixou a zona de rebaixamento. Porém, lembra que a situação ainda não está resolvida e é preciso manter a mesma disposição do jogo com o Flu para afastar definitivamente a ameaça de queda.
“É muito ruim trabalhar com a pressão de estar na zona de rebaixamento. Conseguimos sair e agora só queremos nos manter fora para termos um fim de ano feliz e podermos com tranquilidade pensar na próxima temporada”, afirmou André.
TESTES Pelos treinos coletivos que o técnico Cuca comandou ontem, André será titular contra o Palmeiras, domingo, na Arena do Jacaré. Porém, seu companheiro ainda está indefinido, até porque Magno Alves está voltando de contusão muscular.
Pela manhã, com o experiente jogador ainda treinando à parte, o treinador escalou Neto Berola na frente. A atividade da tarde também começou com esse ataque, mas trocou o velocista por Magno Alves. Na sequência, tirou o armador Daniel Carvalho e voltou com Neto Berola, compondo a equipe de forma bastante ofensiva.
Outra mudança foi na defesa. Réver não treinou pela manhã devido a fadiga muscular, mas marcou presença no treino da tarde. Já o lateral-direito Carlos César começou o dia como titular, mas também reclamou cansaço e foi poupado de parte da atividade da manhã e todo o treino da tarde, dando lugar a Serginho.

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