sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Sem direito a morrer na praia

Depois de perder para o Vasco por 2 a 0 em São Januário, na rodada passada, Galo retorna ao Rio, desta vez para pegar o Fluminense. Jogo é no Engenhão, de onde nunca saiu vencedor
Paulo Galvão - Estado de Minas
Publicação:22/10/2011 10:25
Atualização:22/10/2011 15:24
No outro fim de semana, o Atlético foi a São Januário enfrentar o Vasco com todas as possibilidades de finalmente deixar a zona de rebaixamento, mas acabou derrotado por 2 a 0, permanecendo na 17ª posição na tabela de classificação do Campeonato Brasileiro. Hoje, tem outra chance no Rio, desta vez no Engenhão, onde enfrenta o Fluminense, às 18h, precisando vencer e torcer para que Cruzeiro ou Ceará não vençam Atlético-GO e Atlético-PR, respectivamente, amanhã.
Como contra a equipe cruz-maltina, o jogo é decisivo para o Galo, que vê a cada rodada o funil dos que permanecerão na Primeira Divisão se estreitar. Vitória sobre a equipe das Laranjeiras é obrigação, sob o risco de a situação ficar ainda pior com qualquer outro resultado. Já os cariocas lutam por vaga na Copa Libertadores do ano que vem, ao mesmo tempo em que ainda sonham com o bicampeonato nacional.
Assim, vale lançar mão de todas as armas, inclusive esconder escalação e fechar treinamento, como fizeram esta semana tanto o atleticano Cuca quanto o tricolor Abel Braga. O que pode pesar a favor dos mineiros é o fato de contar com a volta de importantes jogadores, como o zagueiro Réver, o volante Pierre e o armador Bernard, que cumpriram suspensão na última rodada, e também com o lateral-esquerdo Triguinho, recuperado de contusão.
“Estou feliz em retornar à equipe. Apesar da situação ruim, o astral está elevado e tem de ser assim mesmo se quisermos voltar do Rio com os três pontos”, declarou Pierre, considerado fundamental para dar o equilíbrio necessário ao sistema defensivo do time.
Além da volta dos que não enfrentaram o Vasco, uma novidade no Galo pode ser a adoção do esquema com três zagueiros. Com isso, Bernard atuaria um pouco mais adiantado, ao lado de André, com Werley atuando na zaga ao lado de Réver e Leonardo Silva e dando liberdade a Carlos César e Triguinho. Independentemente do esquema, os jogadores se mostram bastante animados, destacou Pierre.
“Sempre fiz gol contra o Fluminense e tomara que continue assim. Espero, primeiro, que nossa equipe vença, e depois, que eu consiga marcar”, afirmou André. Contratado em 19 de julho, ele estreou oito dias depois justamente contra o tricolor das Laranjeiras e foi logo marcando o gol da vitória por 1 a 0. Em 3 de agosto marcou mais um no 2 a 2 com o Grêmio e repetiu a dose na derrota por 3 a 1 para o Botafogo, 17 dias mais tarde.
O problema é que parou por aí e se sente incomodado pelo jejum. “Sei que é uma fase que todo atacante passa. Tenho de continuar trabalhando, com a cabeça boa, que daqui a pouco a bola bate na trave e entra, em vez de sair”, disse o jogador, de 21 anos.
Equilíbrio
Apesar da vontade de conquistar a vitória, os atleticanos sabem que não adianta querer ir para cima de qualquer jeito. Por isso, pregam paciência e, principalmente, atenção. “Vamos enfrentar um adversário forte, líder do returno do Brasileiro, que conta com jogadores rápidos. Então, temos de ser inteligentes, ter equilíbrio, marcando com eficiência, mas sem abdicar do ataque, uma vez que só a vitória nos interessa”, argumentou o volante Fillipe Soutto.
Foi justamente esse equilíbrio que Cuca tentou dar ao time durante a semana. Segundo ele, o trabalho foi proveitoso e a expectativa é de que consiga colocar em prática o que foi treinado, principalmente no início do jogo, evitando a desatenção que custou o resultado contra o Vasco.

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