América x Atlético amanhã tem um ingrediente a mais: a aflição com a ameaça de rebaixamento que ronda os dois lados
Paulo Galvão - Estado de Minas
Roger Dias - Estado de Minas
Publicação:07/10/2011 07:00
Atualização:07/10/2011 09:15
América e Atlético, adversários amanhã, às 18h, em Sete Lagoas, estão ligados pela aflição causada pela ameaça de rebaixamento. Com as equipes alternando partidas razoáveis com atuações abaixo da crítica, os torcedores estão apreensivos, pois temem o pior: a queda para a Segunda Divisão do Campeonato Brasileiro. Para que o pesadelo não se torne realidade, os técnicos Givanildo Oliveira, do Coelho, e Cuca, do Galo, além de preparar suas equipes da melhor maneira possível, fazem projeções para que elas emplaquem 2012 na elite do futebol nacional.
A pior situação é do alviverde, que precisa de verdadeiro milagre para permanecer. Os dirigentes certamente previam as dificuldades que a equipe teria na Série A. Afinal, foram 10 anos sem disputar a competição e havia a necessidade de adaptação do grupo e investimentos em contratações e reforços e na estrutura do CT Lanna Drumond. Em contrapartida, o entusiasmo e a confiança falavam mais alto – as esperanças eram de o Coelho surpreender, conquistar pelo menos 50 pontos e chegar pela primeira vez à Copa Sul-Americana.
O sonho, porém, deu lugar à realidade. Os jogadores buscam forças para evitar o rebaixamento justamente um ano antes do centenário do clube. Família, amigos, companheiros de trabalho e fãs ajudam o grupo a se manter concentrado na árdua tarefa. Mas as projeções estatísticas praticamente colocam o time na Série B – 99,6% de chances para o Chance de Gol e 97,4% para o Probabilidades do Futebol (UFMG). A possibilidade de vaga na Sul-Americana não existe mais.
Os feitos de Goiás (em 2003) e Fluminense (2009), que tiveram arrancada impressionante e se salvaram da degola, ajudam Givanildo Oliveira e seus comandados a não perder a fé. A ordem é evitar a ansiedade e o nervosismo diante do Atlético. “O jogo é decisivo para nós e para eles. Logo, a tensão tem de ser evitada, sobretudo com trabalho e conversa. É preciso tranquilidade e cautela”, adverte o zagueiro Anderson.
A obrigação de conseguir oito vitórias em 11 jogos não diminui o astral do grupo. Mas a responsabilidade e o dever falam mais alto. Sobretudo porque os próprios atletas admitem que mereciam, em jogos mais recentes, ter vencido Flamengo (derrota por 2 a 1, no Rio) e Palmeiras (empate por 1 a 1, em São Paulo).
CONTAS REFEITAS Duas posições acima na classificação, os alvinegros planejavam deixar a zona de rebaixamento vencendo os três jogos seguidos em casa. Porém, refez as contas depois de não passar do 1 a 1 com o Ceará, domingo e agora não vê outra opção que não seja atropelar o Coelho para, na sequência, vencer o Santos. Com mais seis pontos, pode até não conseguir sair da área da degola, pois está a quatro do Cruzeiro, que já atuou na 28ª rodada, mas ficará em situação bem melhor que a atual. Há quem sonhe até com vaga na Sul-Americana.
“O bicho vai pegar neste jogo, pois são duas equipes que conhecem bem o campo e estão em situação difícil. Mas estamos precisando mais da vitória que o América e vamos fazer de tudo para sair com o resultado positivo”, disse o atacante Guilherme, que deve ficar com a vaga de André, suspenso por ter recebido o terceiro cartão amarelo.
Recuperado de contusão na coxa direita que o tirou dos jogos contra Flamengo, Internacional e Ceará, ele acredita que o Galo deveria estar em situação melhor e cita o jogo de domingo para explicar seu raciocínio: “Faltou mais sorte do que qualquer outra coisa. Mas teve um lado bom, que foi o número de chances que a equipe criou. Temos certeza de que o gol vai sair e que vamos conquistar as vitórias”, declarou o jogador, lembrando que o alvinegro tem outros atletas que fizeram fama por serem goleadores, como Magno Alves e Jonatas Obina.
Como outros jogadores, ele evita fazer planos para o restante da competição, preferindo pensar em um jogo de cada vez. A intenção é vencer as partidas para sair das últimas posições o quanto antes.
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