Tropeço em casa fez treinador pensar em deixar o cargo, mas ele garante que permanece até dezembro por confiar na reação do grupo. Cobranças serão redobradas para atacantes
Paulo Galvão - Estado de Minas
Publicação:03/10/2011 07:00
Atualização:03/10/2011 11:22
O empate por 1 a 1 com o Ceará, dentro de casa, e com dois jogadores a mais desde os 5min do segundo tempo levaram o técnico Cuca a cogitar deixar o comando do Atlético. Porém, depois de refletir bastante, sozinho no banco de reservas, e passar pelo vestiário, ele se convenceu de que o melhor é continuar o trabalho, na certeza de que a equipe ainda vai reagir no Campeonato Brasileiro, evitando a queda para a Série B.
“O mais fácil seria pegar minhas coisas e voltar para Curitiba, deixando o problema para outro. Mas tenho certeza que estes jogadores vão virar esta situação, pois têm brio, têm honra, tinha gente chorando, triste mesmo no vestiário. É um grupo de caráter e vou ficar aqui até o dia 4 de dezembro (data da última rodada do Campeonato Brasileiro). Só então vamos ver se tenho ou não razão”, disse o treinador, visivelmente preocupado com a situação da equipe, que tem de somar pelo menos 19 pontos nos 11 jogos que lhe restam no Nacional.
Segundo ele, o resultado diante do Ceará não foi o ideal, mas estava dentro das previsões, pois o plano é conseguir entre sete e nove pontos nos três jogos seguidos que a equipe fará em casa. Assim, precisará vencer América, sábado, e Santos, no dia 12. “A situação é doída e vou lá para o CT (de Vespasiano) trabalhar ainda mais. Temos uma semana para nos preparar e vamos aproveitá-la o máximo possível.”
Quanto ao jogo de ontem, Cuca considera que o Galo foi merecedor de melhor sorte, mas, por caprichos do futebol, a vitória não aconteceu. “Nosso primeiro tempo foi incrível, com muitas chances desperdiçadas, perdemos gols que não se perdem, ainda mais com os jogadores que temos lá na frente. Foram 18 situações claras na etapa inicial. Aí, no segundo tempo, com dois a mais, o adversário se fechou, fez dois cinturões, só com o Osvaldo se desgarrando um pouquinho, e ficou pior para nós. Tanto que criamos 16 chances, ou seja, menos que no primeiro tempo. Foram 34 oportunidades criadas, mas a bola não entrou. O que querem que eu faça, que cobre que os jogadores corram mais? Isso não dá para cobrar”, argumentou.
Segundo ele, o que vai ser cobrado é que os homens de frente ofereçam o que ele chama de “algo a mais” no momento de finalizar as jogadas. “Nossos atacantes estão pressionados e precisam dar a resposta, pois a equipe tinha, até o início do ano, goleadores como Diego Tardelli e Obina.”
DESFALQUES Hoje, os jogadores do Galo estão de folga, retornando aos trabalhos amanhã pela manhã. Para o jogo de sábado com o América, Cuca não poderá contar com o atacante André, que recebeu o terceiro cartão amarelo. Por outro lado, retornam o zagueiro Réver e o volante Dudu Cearense, que cumpriram suspensão diante do Ceará.
Já o atacante Neto Berola, que desfalcou a equipe alvinegra pela terceira partida seguida devido a contusão no tornozelo direito, terá a semana inteira para tentar se recuperar e estar inteiro para o clássico. Quem vem trabalhando a parte física são os atacantes Marquinhos Cambalhota e Guilherme, recuperados de contusão.
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