sábado, 20 de novembro de 2010

O Avaí não é mais aqui

Empurrado pela massa, Galo ultrapassa os catarinenses na tabela e aumenta a esperança de deixar definitivamente para trás a zona do rebaixamento. Só 14 atletas vão a Bogotá
Ivan Drummond - Estado de Minas

Publicação:18/10/2010 10:04

Sete Lagoas – A vitória por 2 a 0 sobre o Avaí, ontem à tarde, na Arena do Jacaré, manteve a esperança do Atlético de deixar para trás a zona do rebaixamento e reforçou na massa a esperança de ver o time finalmente livre do pesadelo. O panorama nas dependências do estádio era de apreensão. O torcedor ainda não confia de todo no time. Talvez por isso, tenha mantido relativo silêncio até que a bola rolasse.
Mas o atleticano não suporta muito tempo de passividade. Logo já gritava e cantava para empurrar o time, que se lançou ao ataque, criando a primeira chance no segundo minuto, com Serginho chutando para fora. A impressão era de que o jogo seria ataque x defesa. Principalmente porque os catarinenses abusavam dos chutões, tentando ganhar tempo para segurar, do jeito que desse, a vantagem sobre o Galo na tabela. De vez em quando, um jogador caía e rolava de um lado para o outro. De vez em quando uma estocada, como uma em que Roberto chegou a driblar Renan Ribeiro, mas, prejudicado pelo goleiro, chutou para fora.
A tática do antijogo irritou a torcida, assim como as finalizações alvinegras, quase todas de fora da área. A angústia cresceu à medida que o placar se mantinha inalterado. O torcedor, que lotou a Arena do Jacaré, não queria acreditar que essa situação estivesse ocorrendo. Os do lado oposto às cabines de rádio e TV ainda procuraram devolver rapidamente as 14 bolas isoladas ali pelos zagueiros do Avaí.
A indefinição se arrastou para o intervalo. Mas, na metade final da partida, as orientações de Dorival Júnior foram atendidas, segundo o zagueiro Werley. “A gente perdia muitas bolas e errava passes, porque a estávamos carregando muito, em vez de passá-la. Faltava também velocidade. No segundo tempo mudamos nossa maneira de jogar e chegamos à vitória.” O treinador concordou: “O time teve desenvoltura no segundo tempo. Berola foi uma opção para ganhar velocidade. Ainda estamos cometendo muitos erros. Mas eles estão diminuindo.”
Logo no início, uma tabela entre Rafael Cruz e Neto Berola, com direito a passe de calcanhar do último, proporcionou o primeiro gol, do lateral. Eram 7min. Tudo mudou em Sete lagoas. A alegria tomou conta dos torcedores e contagiou o Galo, que seguiu no ataque. Aos 22min, Diego Souza deixou Berola frente a frente com Zé Carlos. Foi só driblar o goleiro e marcar. Finalmente, a tranquilidade e o alívio. O Avaí, a partir daí, era passado e, mais importante, atrás do Galo na classificação.
COLÔMBIA Em nova semana dividido entre duas competições, o Atlético levará apenas 14 jogadores hoje para Bogotá, local do jogo de volta pelas oitava de final da Copa Sul-Americana, quarta-feira, contra o Independiente Santa Fé. O time será dirigido pelo assistente Ivan Rizzo. Dorival Júnior permanece em Belo Horizonte com os principais jogadores, que iniciam amanhã a preparação para o clássico contra o Cruzeiro, domingo, no Parque do Sabiá.
Viajam os goleiros Renan Ribeiro e Aranha; os zagueiros Jairo Campos, Lima e Cáceres; os laterais Diego Macedo e Fernandinho; os volantes Alê, Fabiano e Edison Méndez; o armador Dinei; os atacantes Neto Berola, Ricardo Bueno e Jheimy.

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