quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Para Réver, rivalidade e desinteresse levam clubes a 'facilitar' resultados 24/11/2010 - 07h20

Bernardo Lacerda
Em Vespasiano (MG)
O zagueiro Réver disse que desinteresse na reta final do Campeonato Brasileiro pode levar alguns clubes, até mesmo pela rivalidade, a facilitar alguns jogos para prejudicar o adversário. Para o jogador do Atlético-MG, é preciso rever a forma de disputa da competição para tentar evitar que exista a possibilidade de ‘entregar’ jogos.
“No futebol brasileiro ainda existe estas coisas. Devido a rivalidade, alguns clubes acabam deixando o resultado para não beneficiar os adversários. O campeonato de pontos corridos é importante, é bom, mas se não fosse de pontos corridos teria time dando a vida para classificar”, disse Réver.
O zagueiro criticou o fato do técnico do Palmeiras, Luiz Felipe Scolari, ter dito, depois da derrota para o Atlético por 2 a 0, no domingo passado, que não está preocupado com a partida contra o Fluminense, que luta pelo título do Brasileirão.
O jogador acredita que a forma de disputa do Campeonato Brasileiro precisa ser revisto para evitar este tipo de situação. “Então é uma coisa para se repensar. Você trabalha duro todos os dias para ter um time que não entra em campo dando o seu melhor. É complicado isso”, acrescentou Réver.
O atacante Obina disse que nunca viveu esta situação de precisar entregar o resultado para um concorrente. “Graças a Deus nunca passei por esta situação, jogo que a gente jogou no time considerado reserva jogamos com vontade para vencer a partida, difícil falar sobre isso, vergonhoso, a gente sabe que isso pode acontecer pela rivalidade dos times, mas espero que comigo isso não aconteça nunca”, destacou.
Réver não teme a chamada “mala branca”. O Atlético enfrentará o Goiás, que já está rebaixado e joga sem objetivo nas duas rodadas finais. Porém, os adversários diretos na luta contra o rebaixamento poderão adotar o incentivo financeiro para “motivar” o time goiano a derrotar os mineiros.
“A gente não tem de temer isso, dependemos da nossa força, poderia ser diferente se a gente não estivesse na situação como estamos hoje, considerada confortável e por outro lado não. Não temos de pensar se time a ou b vai dar a mala para o Goiás, temos de focar em vencer. Este sorriso há muito tempo não encontrava aqui no CT, a gente vê sorriso nos jogadores e também quem trabalha aqui no CT”, ressaltou Réver.

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