
Curiosidade: Renaldo foi para o gol do Galo quando Taffarel foi expulso, em 96
Com a camisa do Atlético, foram 183 partidas e 79 gols anotados em duas passagens
Atacante diz que foi convidado, junto a outros brasileiros que também atuaram no clube espanhol, para amistoso que deverá ser marcado para março de 2012
Thiago de Castro - Superesportes
Publicação:24/11/2011 09:45
Atualização:24/11/2011 12:01
O artilheiro do Campeonato Brasileiro de 1996 ainda não parou. Renaldo se aventura em clubes de pequeno porte, aos 41 anos. Diferentemente dos tempos de Atlético, ele afirma que o objetivo, nos gramados, agora é outro.
Buscar a artilharia de grandes campeonatos é uma meta que ficou no passado. Renaldo diz que se mantém na ativa para chegar em forma no jogo que marcará a sua despedida. Segundo o atacante, o Deportivo La Coruña, da Espanha, quer reunir brasileiros que atuaram pelo clube nos anos 90 para um jogo festivo amistoso, em março do próximo ano.
“Profissionalmente sei que meu tempo já passou. Recebi esse convite do La Coruña e hoje jogo para chegar em forma nessa partida. O presidente já me ligou algumas vezes e acredito que em março vai ter esse amistoso. A ideia dele é de chamar o Real Madrid para ser o adversário”, afirma Renaldo.
O La Coruña tem uma relação estreita com o futebol brasileiro construída nos anos 90De acordo com o ex-alvinegro, Rivaldo e Mauro Silva também já foram convidados para o jogo festivo. O volante é o segundo jogador que mais atuou pelo clube, com 369 jogos e fica atrás do contemporâneo Fran. Outros que atuaram no clube foram Bebeto, Flávio Conceição, Luizão, Donato e Djalminha.
“Acredito que fizemos história no clube. Conquistamos o carinho de muita gente e sempre somos bem lembrados. O presidente já até me convidou para trabalhar nas categorias de base. Acho que, depois desse amistoso, poderemos avançar as conversas”, diz.
Para o artilheiro de 1996, os clubes europeus valorizam melhor os seus antigos jogadores. “Na Europa tem esse reconhecimento que poderia existir aqui no Brasil. Você vê exemplos como o do Leonardo, que trabalhou no Milan. Além de vários outros”, comenta.
Curiosamente, Renaldo não conseguiu repetir o bom futebol do Atlético, que o levou para a Seleção Brasileira, com a camisa do La Coruña. Ele foi comprado por 1,9 milhão de dólares, em 1997, e chegou ao clube com o volante Flávio Conceição. No mesmo ano, foi emprestado para o Corinthians. Depois, voltou para a Espanha, onde também defendeu Las Palmas, Extremadura e Lleida.
Atlético: clube do coração
Uma das duplas ofensivas de sucesso que o Atlético teve nos anos 90 foi Renaldo e Euller.
“Euller foi o meu grande companheiro de ataque de toda a carreira. Até porque, ao lado dele, tive o meu melhor momento”, afirma Renaldo.
Em 1996, com 16 gols, o atacante foi o goleador máximo do Brasileirão, ao lado de Paulo Nunes, do Grêmio.
Entre 1994 e 1996, Renaldo marcou o seu nome no clube alvinegro e criou um carinho grande pelo Galo. “O Atlético marcou a minha história. Fui artilheiro, cheguei na Seleção. É o clube do meu coração. Tenho um carinho enorme pela torcida, que sempre me respeitou muito”.
Um dos motivos para que o atacante tenha caído nas graças da massa era a sua pontaria afinada em clássicos contra o Cruzeiro.
“O Cruzeiro me consagrou como carrasco. Na maioria dos clássicos que joguei, fiz gols. Inclusive, dois dos gols mais importantes foram na final do Mineiro de 1995, quando fiz dois e vencemos por 3 a 1. Foi inesquecível, com o Mineirão lotado. Fomos campeões depois de muito tempo”, recorda.
No páreo de Túlio Maravilha?
Contemporâneo de Túlio Maravilha, outro quarentão que segue nos gramados, Renaldo também contabiliza o seu número de gols. Contudo, ele se vê longe do gol mil, perseguido por Túlio.
“Eu tenho o número de gols também, porque é legal saber. Mas estou em 472 e, na verdade, não ligo muito para chegar nos 500. Se acontecer, ótimo, se não, tudo bem”, ressalta.
Renaldo defendeu, além de Atlético e La Coruña, clubes como América, Palmeiras, Coritiba, Náutico e Atlético-PR. No Paraná, ele também conseguiu destaque.
“Fiz 30 gols no Campeonato Brasileiro. Foi um clube que me deu uma moral. Eu já estava veterano e alcancei essa marca. É bom recordar essas coisas boas”.
Ele só não repetiu a artilharia de 1996 porque Dimba, do Goiás, fez 31. Hoje, a exemplo de Túlio, ele joga em equipes de menor porte. A sua última aventura foi no Vila Velhense, do Espírito Santo. Renaldo também já atuou no Ceilândia, Capital e Dom Pedro, do Distrito Federal, e no Democrata-SL e Itaúna, de Minas Gerais. Hoje, ele está sem clube.
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