sábado, 28 de janeiro de 2012

Com a 'obrigação de ser campeão', Atlético vai em busca do 41º título mineiro


Cuca vai trabalhar com a base de 2011

Kalil: 'Nós temos a obrigação de ganhar'

Cuca e o time da estreia: André, Richarlyson, Danilinho, Carlos César, Bernard, Escudero, Renan Ribeiro, Leandro Donizete, Réver, Rafael Marques e Pierre (encoberto por Cuca)
Rodrigo Fonseca - Superesportes
Publicação:28/01/2012 08:00
Atualização:27/01/2012 18:18
O Atlético inicia neste domingo a caminhada no Estadual com uma obrigação: ganhar o campeonato. O recado, claro e direto, foi dado pelo presidente Alexandre Kalil.
“Depois de muito e muitos anos, nós temos a obrigação de ganhar o Campeonato Mineiro. O Atlético tem a obrigação. Não estou dizendo que é favorito, mas obrigação tem”, avisa o dirigente.
A explicação para a ‘missão’ repassada aos jogadores vem da manutenção do trabalho do técnico Cuca. Este ano, o Galo entra em campo com a base do elenco usado pelo treinador na campanha de reação do time no Campeonato Brasileiro. Diferentemente de temporadas anteriores, o clube pouco contratou para 2012. Foram quatro reforços: o zagueiro Rafael Marques, o volante Leandro Donizete e os meias-atacantes Escudero e Danilinho.
“Era isso que a torcida queria, uma base, um time, a manutenção do técnico e contratações pontuais. Não podemos cometer a estupidez de repetir o mesmo erro ano após ano. Trocamos a receita. Agora, o futebol é imponderável. Fomos tão criticado. Agora vamos ver se a receita nova vai dar certo”, pondera Kalil.
Além da obrigação, o time encara a desconfiança do torcedor, que ainda não absorveu a humilhante derrota para o rival Cruzeiro, por 6 a 1, na rodada final do Campeonato Brasileiro. “Quanto à torcida, temos que ser bem claros. Estamos em débito”, reconhece o técnico Cuca.
Entre a obrigação e a preparação
Além de mirar a conquista da taça pela 41ª vez, o Galo tem no Estadual outro objetivo: preparar a equipe para a disputa do Campeonato Brasileiro. “Tecnicamente, o Atlético vai usar o Campeonato Mineiro para uma montagem, para ter uma cara para o ano todo”, ressalta Alexandre Kalil.
Nas duas temporadas passadas, o trabalho desenvolvido no Estadual foi praticamente ‘jogado fora’ ao término da competição. Em 2010, com o técnico Vanderlei Luxemburgo, o Alvinegro remontou o elenco para o Brasileirão. A tática por pouco não custou caro ao clube, que escapou do rebaixamento nas rodadas finais. No ano passado, mais uma vez, o Atlético fez mudanças profundas no elenco depois do Campeonato Mineiro. Mais uma vez, lutou contra a queda.
Valorização do Mineiro
Se para muitos os campeonatos estaduais são alvos de críticas, para Alexandre Kalil o Mineiro, hoje, é valorizado. O dinheiro da TV impulsionou um novo momento: “É um campeonato rentável, valorizado financeiramente, o que, antigamente, era a nossa briga.”
Se há alguns anos, a verba de transmissão era por volta de R$ 500 mil, atualmente o Atlético recebe aproximadamente R$ 6 milhões: “O Campeonato Mineiro hoje paga mais do que a Libertadores, pelo número de jogos que se joga”, destaca o presidente do Galo.

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