Centro da ansiedade

Depois de 20 dias de pré-temporada, atletas do Galo não veem a hora de serem alforriados do regime de concentração
Paulo Galvão - Estado de Minas
Publicação:18/01/2012 07:00
O Atlético chega, hoje, à metade da pré-temporada de 20 dias e os jogadores, que estão concentrados na Cidade do Galo desde 9 de janeiro, começam a ficar ansiosos pela volta às competições, sendo que a primeira delas será o Campeonato Mineiro (a estreia está marcada para dia 29, contra o Boa, em Sete Lagoas). Como ainda falta algum tempo até o primeiro jogo oficial, eles se satisfazem com treinos coletivos, que estão programados para começar a ocorrer amanhã e, principalmente, com os jogos-treinos. Na sexta-feira encaram o Villa Nova e, quarta-feira, existe a possibilidade de o adversário ser a Tombense, ambos na Cidade do Galo.
“Estamos ansiosos. Ficamos vendo os jogos da Copa São Paulo (de Futebol Júnior) e amistosos (dos times profissionais) pela TV, o que dá mais vontade de entrar em campo”, afirma o atacante André.
Além de fazer o que mais gosta, ele aponta outro motivo para torcer para que o primeiro jogo do Estadual chegue logo: a alforria do regime de concentração. “Não é fácil ficar concentrado tanto tempo, mas a gente sabe da importância de estar aqui e vamos procurar continuar trabalhando firme para termos uma boa temporada, bem diferente do ano passado”, declara o jogador, recordando que a equipe passou quase todo o Campeonato Brasileiro de 2011 lutando contra o rebaixamento.
Ao menos os atleticanos não podem reclamar de saudade da bola. Ao contrário de outras comissões técnicas, que costumam focar exclusivamente a parte física no início do ano, a comandada por Cuca usou a redonda desde o primeiro dia, mesclando treinos físicos com técnicos e até aprimorando a parte física com simulações de jogos.
Para os jogadores, isso acaba sendo benéfico. “A gente se preparar fisicamente com bola é muito melhor, até brinco com o pessoal que os preparadores estão nos enganando, nos fazendo trabalhar bem mais sem que nos demos conta. Quem tem a ganhar somos nós mesmos e o Atlético”, argumenta André, que fez cinco gols em 21 jogos desde que chegou ao Galo, em julho.
O atacante, de 21 anos, vem se destacando na preparação alvinegra. No chamado “treino ioiô”, ele foi o último a deixar o campo da Cidade do Galo, “vencendo” os companheiros que estavam em seu grupo. “Venho me dedicando ao máximo, pois sei que isso será fundamental para eu ter um bom rendimento.”
SEM CONFUSÃO Ontem pela manhã, ele e o volante Richarlyson protagonizaram uma dividida um pouco mais forte, após a qual o jogador de meio-campo deixou o gramado. Tanto membros da comissão técnica quanto o próprio artilheiro, porém, garantiram que não ficou qualquer rusga do lance. “Não tem nem como ter briga, pois dividimos o quarto na concentração. Acho que pode até ter sido um pouco mais duro porque estamos há muito tempo concentrados, mas foi tudo normal”, diz André.