Ótimo retrospecto no Ipatingão reforça a confiança do Galo para a partida de domingo, no Vale do Aço, diante do lanterna, apesar das derrotas nos dois últimos jogos no local
Paulo Galvão - Estado de Minas
Publicação:09/03/2011 07:00
Com o objetivo de voltar à liderança do Campeonato Mineiro, o Atlético retornou ontem às atividades depois de dois dias de folga e iniciou a preparação para o jogo de domingo contra o Ipatinga, fora de casa. Além da qualidade de seus jogadores, o Galo aposta no bom retrospecto no Ipatingão, onde só perdeu quatro vezes.
Desde a estreia no local, em 1987, ao golear o rival Cruzeiro por 4 a 1 em amistoso com equipes mistas, o alvinegro atuou 27 vezes no Estádio Epaminondas Mendes de Brito, com aproveitamento de 67,9%. Nem as derrotas nas duas últimas partidas no local – 2 a 1 para o Palmeiras, em 29 de agosto de 2010, pela 17ª rodada do Campeonato Brasileiro, e 3 a 2 para o São Paulo, sete dias mais tarde, pela 19ª – tiram o entusiasmo atleticano.
Antes, o time só havia caído duas vezes lá, justamente diante do Ipatinga, em 2008 – 1 a 0, em 16/3, pela primeira fase do Estadual, e 3 a 2, em 13/9, pelo returno do Brasileiro –, mais de 20 anos depois da estreia.
O ótimo desempenho no Ipatingão, as seis vitórias, apenas uma derrota na atual temporada e o fato de encarar o lanterna do Estadual aumentam a expectativa atleticana para voltar com os três pontos do Vale do Aço. Mas os jogadores preferem adotar a cautela para não ser surpreendidos.
“Temos de ir lá e jogar como time grande, buscando a vitória, nos impondo, como o Atlético sempre procurou fazer. Mas temos de respeitar o Ipatinga, que está especialmente motivado desde a chegada do novo treinador (Guilherme, ex-ídolo do Galo). Acompanhei o jogo deles contra o Rio Branco-ES e vi que se trata de uma equipe de qualidade. Então, é entrar concentrados para ampliar o bom retrospecto no Ipatingão”, afirma o atacante Mancini, que nasceu em Belo Horizonte, mas é de família do Vale do Aço.
Ele tem boas recordações de jogos em Ipatinga. Como os 4 a 1 sobre o próprio Tigre, pelo Mineiro de 2000, quando justamente Guilherme, sétimo artilheiro da história do clube, com 139 gols, marcou duas vezes.
Com a experiência de ter jogado ao lado e contra o hoje técnico do adversário, Mancini reforça o alerta: “Desejo toda a sorte do mundo ao Guilherme, mas só a partir de segunda-feira, pois foi um grande jogador e tomara que também tenha sucesso como treinador”. Quando atuavam juntos, o agora atacante era lateral-direito e tinha como uma das funções servir ao artilheiro. “Ele sempre teve muita gana de vencer, cobrava bastante dos companheiros. Certamente leva essa liderança para a nova função. Trata-se de um cara inteligente, que vai fazer tudo para nos vencer. Temos de estar preparados.”
Como os demais jogadores atleticanos, Mancini se reapresentou ontem à tarde depois da folga do carnaval, iniciada sábado à tarde. Sem atrasos, a única baixa foi o goleiro Renan Ribeiro, que se queixou de problema estomacal e foi poupado do treino físico, mas não deve ser problema.
Exames
Diego Tardelli, que permanece liberado pela diretoria para negociar a transferência para o russo Anzhi, faz exames médicos e testes físicos na Turquia, onde o time faz pré-temporada, e tem tudo para confirmar a transferência. Mesmo que o Atlético tenha muitas opções para compor o ataque, a diretoria deve buscar um reforço para substituir o artilheiro, pois, no início do ano, já ficara também sem Obina e o armador Diego Souza. A saída do trio representa mais de R$ 15 milhões aos cofres do Galo, que terá dinheiro em caixa para investir.
Rei do Ipatingão (Galo no estádio)
27 jogos
16 vitórias
7 empates
4 derrotas
53 gols a favor
25 gols contra
• Primeiro jogo: Atlético 4 x 1 Cruzeiro, 8/11/87, amistoso
• Resultado mais expressivo: Atlético 6 x 1 Flamengo, 14/11/04, Campeonato Brasileiro
• Principais artilheiros: Diego Tardelli e Marques (6 gols)
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