segunda-feira, 28 de março de 2011

Primeiro tempo não é o forte do Atlético-MG

Jogadores atleticanos demonstram preocupação com o elevado número de gols sofridos neste princípio de temporada 2011
Thiago Fernandes
Publicada em 28/03/2011 às 07:00
Belo Horizonte (MG)
O início de ano da defesa do Atlético-MG não é nada animador. No entanto, não é só o começo de ano, mas também o princípio dos jogos. Em apenas 10 partidas nesta temporada, entre Campeonato Mineiro e Copa do Brasil, foram 16 gols sofridos, sendo que nove na primeira etapa dos confrontos.
Até agora, o Alvinegro sofreu gols em todas as partidas que disputou na temporada 2011 e todo o elenco sabe da necessidade de melhorar este aspecto dentro de campo. Contudo, ninguém do Atlético-MG sabe a melhor maneira de pulverizar os ataques adversários.
Preocupado com a marcação de toda a equipe do Galo, o capitão Réver avalia o que deve ser feito para que o Atlético altere este quadro negativo de bastantes gols sofridos na primeira etapa das partidas.
- A marcação tem de ser mais forte, quando se leva gol a culpa é da defesa, mas sabemos o que é marcação. Não é jogar a culpa para outros jogadores, mas a marcação é do time todo, precisamos trabalhar a nossa agressividade para sair de campo sem sofrer gol. Mas isso é natural, vai acontecer de forma natural, não podemos ficar nesta pressa, pois isso vai acabar nos atrapalhando - analisou o xerife da defesa alvinegra.
Em estado de alerta, o experiente Magno Alves não entende o porquê do excesso de vezes em que as redes atleticanas são balançadas na primeira etapa das partidas. Para o atacante, estes desastres ocorrem devido a ausência de dois componentes em campo: equilíbrio e concentração.
- Não sei dizer se é falta de equilíbrio ou de concentração. Mas nós só temos acordado no segundo tempo das partidas. É uma pergunta que fica no ar: equilíbrio ou concentração? São duas coisas que temos deixado a desejar - cravou o veterano Magnata.
Já Richarlyson, diferentemente dos outros dois companheiros, avalia que o excesso de gols sofridos pelo Atlético-MG é algo extremamente comum para uma equipe que tem um futebol bastante ofensivo, como o Galo. Para comprovar sua teoria, Ricky utiliza o exemplo do Santos de 2010 - que marcou 174 e sofreu 96 em apenas 72 confrontos -, também comandado pelo técnico Dorival Júnior.
- É normal. Uma equipe que joga ofensivamente, como a nossa, será surpreendida uma hora. Não tem como fugir. É difícil ter esse equilíbrio, tanto no ataque quanto na defesa. O professor Dorival Júnior gosta de equipes ofensivas, e temos o exemplo do Santos do ano passado, que fazia, mas também levava muitos gols - explicou o volante do Alvinegro.

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