segunda-feira, 28 de março de 2011

Ex-atacante Guilherme dá dicas e faz alertas para o xará do Atlético-MG 28/03/2011 14h23 - Atualizado em 28/03/2011 14h24


Atacante foi apresentado no dia de aniversário de 103 anos do Galo (Foto: Marco Astoni/Globoesporte.com)

Guilherme Alves é o treinador do Ipatinga, lanterna
do campeonato (Foto: Divulgação/Site Oficial)
Treinador do Ipatinga já foi ídolo do Galo, mas também defendeu o Cruzeiro
Por GLOBOESPORTE.COM
Ipatinga, MG
No último mês, a torcida do Atlético-MG perdeu seu maior ídolo, o atacante Diego Tardelli, que foi negociado com o Anzhi, da Rússia. Sem um atacante de referência, o presidente do clube, Alexandre Kalil, saiu em busca de um reforço para o setor, e o nome escolhido foi o de Guilherme, jogador revelado justamente pelo Cruzeiro, e que estava no Dínamo de Kiev, da Ucrânia.
Guilherme, de 22 anos, fez oitos jogos contra o Galo e marcou seis gols, o que lhe rendeu a fama de carrasco. Agora no alvinegro, ele vai ter a missão de apagar esta lembrança da memória dos atleticanos, além de suprir a ausência de Diego Tardelli.
A missão não é das mais fáceis, mas um ex-jogador de mesmo nome e que se consagrou com a camisa do Atlético-MG, para depois se transferir para o Cruzeiro, dá dicas e faz alguns alertas para o novo candidato a xodó da torcida atleticana.
- A missão do Guilherme não será fácil. Ele chega para substituir o Tardelli, que foi um ídolo. Acho que ele tem tudo para deslanchar nesse time. Se ele estiver bem, não sofrer nenhuma contusão, que é o maior medo de qualquer jogador, ele tem tudo para ser artilheiro neste Campeonato Brasileiro. O Guilherme é um excelente jogador, tem muita qualidade técnica e sabe finalizar.
Com relação à mudança de lado, o ex-jogador sabe das dificuldades, justamente por ter feito o caminho inverso, mas acredita que a situação hoje é diferente da que viveu em seus tempos como profissional da bola.
- Tive essa história no Atlético-MG, mas quando fui para o Cruzeiro, foi em uma situação completamente diferente. Tive uma passagem pelo futebol árabe, e, na volta estava no fim de carreira. Quem ofereceu a melhor proposta foi o Cruzeiro. É claro que eu pensei antes, por conta de toda minha história no Atlético-MG, mas pensei antes na minha família, tenho minhas contas para pagar. Hoje em dia, isso (fidelidade ao time) é diferente. Os clubes hoje são profissionais, são entidades comerciais. Muitos torcedores não entendem, mas o jogador, antes de qualquer coisa, é um profissional. Ele tem seus compromissos para pagar.
Por conta desta mudança, o treinador acredita que ele não encontrará problemas com os torcedores, desde que corresponda dentro de campo. Quanto ao passado, o técnico do Ipatinga afirma que não é possível apagá-lo.
- O atacante hoje em dia é muito cobrado e o Guilherme tem que ter cabeça para isso. Mas hoje, se o cara faz três gols e atua bem, cai nas graças do torcedor. Mas se ele fica sem marcar, a torcida cobra. Nem acho que está errado, isso já faz parte da profissão. Se o cara começa a cair de rendimento, a torcida cobra mesmo. Agora, o que não pode é aquele tipo de torcedor que hostiliza, que xinga. Esses, na verdade, não são torcedores. Agora, o que o Guilherme fez no Cruzeiro ficou na história, não tem como apagar, assim como o que eu fiz nos dois times.
Sem poder atuar no Campeonato Mineiro por conta do fim das inscrições, o novo atacante do Galo poderá atuar pela Copa do Brasil. O time enfrenta o Grêmio Prudente, nesta quinta-feira, às 20h (de Brasília), em Presidente Prudente, mas Guilherme deve ficar de fora. O atacante deve estar apto para o jogo de volta (caso o Galo não vença por dois gols de diferença), em Sete Lagoas, no próximo dia 7 de abril, ainda sem horário definido.

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