
Tardelli chorou na despedida do Galo
A manhã desta terça-feira foi de um ‘até breve’ na Cidade do Galo. Pelo menos esse foi o tom que o atacante Diego Tardelli deu ao seu adeus ao clube, na entrevista coletiva que marcou a sua despedida do Atlético. Nas próximas quatro temporadas, o goleador defenderá o Anzhi, da Rússia, mas avisou que ainda tem objetivos a cumprir com a camisa alvinegra.
“Eu queria ter chegado numa Libertadores com o Atlético, queria ter ganhado um título um pouco mais importante, queria ter conquistado um Campeonato Brasileiro, para ficar marcado mesmo na história do clube, mas acho que, tirando isso, eu pude realizar todos os meus sonhos, as minhas vontades. O Atlético me colocou na Seleção Brasileira e quase cheguei à Copa do Mundo. Pude ser artilheiro do Campeonato Mineiro, do Campeonato Brasileiro, artilheiro do Brasil. O que faltou mesmo foi um título de grande expressão. Sei que minha história ainda não acabou aqui no Atlético, sei que eu vou voltar pra cá. Tenho essa missão de ir lá (na Rússia) e cumprir meus quatro anos de contrato, para depois voltar e realizar esses sonhos ainda”, disse.
Com 26 anos, Tardelli disse que o futebol russo será mais um desafio na sua carreira e que espera repetir no Anzhi as boas atuações que colheu no Atlético. “É mais uma oportunidade que apareceu pra mim, é mais um desafio. Eu sei que vai dar tudo certo e ficou uma impressão muito boa. O Anzhi colocou um projeto pra mim muito bom, um projeto de vida e um projeto profissional. Eu disse que só deixaria o Atlético em troca de uma coisa muito boa mesmo e chegou essa oportunidade de jogar num futebol diferente. Espero ser feliz, espero ter tomado a atitude certa, espero me dar bem, fazer meu nome no futebol russo. Pelo que eu vi, tenho muitas condições de fazer uma temporada muito boa nesses quatro anos de contrato. Então, a impressão e a vontade de vencer lá é muito grande também”
Carinho recíproco
O tema que emocionou Diego Tardelli durante a entrevista coletiva foi a relação com a torcida do Atlético. Com a voz embargada, o artilheiro avisou que ficar sem o grito das arquibancadas será a parte mais difícil da temporada russa. “Acho que o Atlético foi muito marcante pra mim. Os torcedores, os jogadores, foi um carinho muito grande que eu tive por eles. Foi tudo bem real, uma amizade muito boa, que eu vou levar comigo para sempre. Acho que o que fica mais é a saudade, sem dúvida nenhuma. As horas difíceis serão as horas em que eu mais vou lembrar dessas coisas: os torcedores, o grito quem vem da arquibancada, as brincadeiras com todos os jogadores, então vou sentir muitas saudades mesmo. Prometi não chorar, mas não tem como. Chorei muito durante essa uma semana em que estive lá (na Rússia), pensei muito, mas eu espero ter tomado a atitude certa”.
Para Tardelli, essa relação estreita com o Galo foi construída dentro de campo. “Acho que a minha identificação com a torcida e com o Atlético foi muito positiva pelo que eu fiz dentro de campo. Cada um tem a sua parcela: eu, por ter me dedicado ao máximo nos jogos, por ter feito os gols. O Atlético estava carente de um ídolo, de um jogador de referência. Pude chegar no momento certo e pude retribuir tudo isso (o carinho da torcida) com gols, com jogadas e com a minha dedicação. Esse carinho e esse amor que eu tenho pelo Atlético sempre vai permanecer na minha vida. Vou levar o Atlético sempre comigo. Só tenho a agradecer mesmo, ao Atlético, à torcida, ao presidente e aos jogadores. Sem eles eu não conseguiria ter chegado a todo esse sucesso que eu tive aqui no Atlético”.
Atacante se emocionou durante a entrevista coletiva que marcou sua despedida do clube
Leandro Mattos - Superesportes
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