Alvo preferido. Dos fãs e zagueiros
Desde que chegou ao Galo, Ronaldinho é perseguido por torcedores, fotógrafos, câmeras e adversários. Mas, pelo menos em campo, espera poder dividir espaço com os companheiros
Roger Dias - Estado de Minas
Publicação:22/06/2012 07:00
Atualização:22/06/2012 11:42
Nos treinos diários do Atlético, no hotel onde mora ou mesmo nas partidas na temporada, Ronaldinho Gaúcho enfrenta marcação cerrada de fãs, torcedores, curiosos, flashes de câmeras e até adversários. Mas o maior problema do craque é justamente driblar os rivais e reconhece que será difícil encontrar espaço. Ele estreia em Belo Horizonte com a camisa do Galo diante do Náutico, amanhã, às 21h, no Independência, pela sexta rodada do Campeonato Brasileiro, e sabe que sua tarefa de conduzir a equipe será cheia de obstáculos. O jogador sempre chama a atenção dos zagueiros e será alvo mais uma vez de vigilância intensa.
A válvula de escape do ataque alvinegro poderá às vezes passar longe de Ronaldinho. O técnico Cuca vem ensaiando situações de jogo em que Richarlyson, Bernard e Danilinho também sejam bem utilizados. O camisa 49 entende que nem sempre será o centro das atenções e avisa que dividirá o espaço com os demais no grupo: “Quando estou marcado, procuro tirar vantagens em prol da equipe. Normalmente, os demais companheiros podem ter liberdade para atacar, já que o adversário se preocupará muito comigo. Sou importante para a equipe, mas não quero ser a referência”. Ronaldinho não tem tratamento diferenciado na Cidade do Galo. Brinca com os companheiros, distribui autógrafos para quem desejar e aos poucos se sente em casa. É assim que ele quer se que seja quando receber o apoio da torcida no estádio do Horto.
Ele sofreu marcação tripla na derrota para o São Paulo (1 a 0) e pouco produziu. Agora, o Náutico promete atuar fechado, dificultando as ações dos donos da casa, que buscam se manter nas primeiras posições do Nacional. “Meu entrosamento com o grupo precisa melhorar ainda. Aos poucos, com treinos e jogos, isso pode ocorrer consideravelmente”, afirma o armador, que só jogou pelo Galo em São Paulo: na vitória sobre o Palmeiras (1 a 0) e no revés para o tricolor do Morumbi.
Para o zagueiro Rafael Marques, o importante é que o grupo tenha paciência e não se desespere na tentativa de atacar o Náutico: “Quando jogamos no Independência, observamos que os adversários se fecham e dificultam nossa vida. Tem sido assim desde aquele jogo contra o Goiás. Precisamos de movimentação e disciplina tática para que possamos conquistar os três pontos”. Mesmo se vencer o Timbu, o Galo não chegará a liderança, mas o resultado positivo ajudará para que o grupo mantenha-se tranquilo e concentrado.
PENTA Ontem, completaram-se 10 anos que a Seleção Brasileira venceu a Inglaterra por 2 a 1 e garantiu vaga nas semifinais da Copa do Mundo da Coreia e do Japão. Ronaldinho fez o belo gol da vitória (de falta), que encobriu o goleiro David Seaman, mas foi expulso ao cometer falta violenta no lateral Mills. Até hoje, aquela partida e a própria conquista do pentacampeonato mundial estão na memória do jogador. “Tive a felicidade de conquistar a competição. Lembro com saudade dos companheiros e das partidas e sei que realizei um sonho.”
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