Antigo goleador, Tardelli vive maior jejum no Galo, mas contribui com bom futebol

Técnicos Cuca e Tite exaltam qualidade do camisa 9 atleticano
Rodrigo Fonseca - Superesportes
Publicação:07/10/2013 17:50
Atualização:07/10/2013 18:32
Diego Tardelli vive o maior período de jogos sem marcar gol com a camisa do Atlético. Nem por isso é alvo de críticas. Pelo contrário. O atacante tem recebido elogios até dos adversários.
Depois do confronto de domingo, o técnico do Corinthians, Tite, revelou admiração pelo jogador do Galo:
“Quero fazer uma observação. O Tardelli joga muito! A participação dele com a bola e sem a bola também, em termos coletivos, é excepcional. É um jogador que está jogando muito bem e competindo de forma leal.”
Contra o Corinthians, Diego Tardelli completou 11 partidas sem marcar gol, a pior seca nos 155 jogos que tem pelo Atlético.
Nada que preocupe o técnico Cuca: “O Tardelli vai fazer gol na hora certa. É um guri bom, é trabalhador, é correto, é baita jogador, se movimenta.”
O atacante também mantém a tranquilidade: "São 11 jogos sem fazer gols, a ansiedade toma conta, eu me cobro muito, ainda mais quando se tem uma oportunidade clara de gol. É continuar trabalhando, não desaprendi a fazer. Quem sabe pode sair na quarta ou até no domingo."
Diego Tardelli já não é mais o artilheiro de 2009, quando balançou as redes 42 vezes, fechando o ano como maior goleador da temporada.
Nessa volta ao Atlético, o atacante deixou a área e passou a jogar mais pelos lados, com bastante movimentação. Com a lesão de Ronaldinho, recuou mais o posicionamento e passou a ser o articulador das jogadas. Em 2013, são 11 gols marcados e nove assistências em 41 jogos. Em 2009, foram seis assistências em 56 partidas.
As atuações têm agradado o técnico Cuca: “Ele cria muitas alternativas de um lado, do outro. É ruim para o volante marcar um jogador assim. Volante gosta do meia que fica mais estático.”
Mesmo na nova função, Tardelli não tem deixado de chegar na área para finalizar. Por pouco o jejum de gols não foi quebrado contra o Corinthians. No segundo tempo, ele recebeu a bola cara a cara com o goleiro Cássio, que defendeu com o pé esquerdo o chute rasteiro.
Foi um momento de “displicência”, lamenta Diego Tardelli: “Fico triste por não ter feito o gol, acho que foi o lance principal do jogo. Fui displicente pensando que estava impedido no lance.”
“Vendo o lance hoje, também pude ver que foi mérito do Cássio, porque foi muito rápido. Muita gente falou que dava para fazer outro corte, mas são lances normais”, destaca ainda.