quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014


Atlético prepara ação contra a União para parcelar dívida e desbloquear contas
Clube se diz vítima de ataques da Procuradoria Geral da Fazenda Nacional
Redação - Superesportes
Publicação:
12/02/2014 19:39
Atualização:
12/02/2014 19:45
“Atacado”, segundo o diretor jurídico Lásaro da Cunha, o Atlético vai “contra-atacar” no caso do bloqueio de receitas do clube na Fazenda Nacional por causa de dívidas tributárias.
“Estamos preparando uma ação, último recurso, contra a União para que ela seja obrigada a promover o parcelamento, porque ela fez isso com outros clubes. A lei determina que ela tem que fazer em condições dignas e adequadas para esse parcelamento”, disse Lásaro da Cunha, em entrevista à Rádio Itatiaia.
Desde o ano passado, o clube tem parte do dinheiro da venda do meia-atacante Bernard ao Shakhtar Donetsk, da Ucrânia, retido. A diretoria disse que já tentou vários acordos com a Procuradoria Geral da Fazenda Nacional, mas o parcelamento não foi aprovado.
“Oferecemos o Diamond (shopping) em garantia e fizemos um parcelamento em cinco anos, primeiro ano 3% do valor. Tudo no Governo depende de um setor a mais. Chamavam a gente e aumentavam para 5%, 7%, 8%. Depois falaram que não iriam mais fazer parcelamento e fariam um ataque. Isso cria uma perplexidade”, disse o diretor.
De acordo com Lásaro da Cunha, outros times brasileiros já conseguiram fechar acordos com a Fazenda Nacional, menos o Atlético. “Por que só contra o Atlético? Por que fez o parcelamento com o Flamengo, com o Vasco, com o Botafogo? Por que o Atlético não tem direito ao parcelamento em condições razoáveis para poder continuar pagando sua dívida?”, questionou.
O diretor jurídico do Galo disse que se não houver o parcelamento, o clube terá dificuldades: “Há uma dívida de mais de R$ 200 milhões, mas parte dela é indevida. Precisa ser retirada. O Atlético tem em torno de R$ 40 milhões bloqueados, mas a toda hora vem uma execução nova porque os parcelamentos não foram efetivados. É um bloqueio nas contas. Houve um bloqueio do valor total inicialmente sem qualquer limitação. Inviabiliza o clube”, disse. “A dívida precisa ser parcelada para o clube continuar existindo. É igual bicicleta, se você para, a bicicleta cai.”
A reportagem entrou em contato com a Procuradoria Geral da Fazenda Nacional, mas não obteve resposta sobre o caso.

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