Apesar de os atleticanos comparecerem em peso à Arena do Jacaré, clima de esperança no início da partida cedeu lugar à frustração no fim do jogo. Violência foi ponto negativo
Roger Dias - Estado de Minas
Publicação:29/08/2011 07:00
Em terreno com apenas torcedores do Atlético, prevalecia a euforia e a esperança de crescimento da equipe no Brasileiro. A fase ruim do alvinegro não impediu que a Arena do Jacaré ficasse colorida de preto e branco . O problema é que os esperançosos também estavam exigentes e queriam desempenho digno diante do arquirrival Cruzeiro. O clássico seria o divisor de águas para os jogadores e o técnico Cuca: três pontos para começar a reação ou crise definitiva. Prevaleceu a segunda opção, para desespero dos alvinegros.
Cerca de 150 policiais fizeram a segurança dentro e nos arredores do estádio. Mesmo assim, o momento ruim do Galo e a postura radical de muitos torcedores geraram uma briga entre as torcidas organizadas Galoucura e Esquadrão, ferindo quatro pessoas e causando a prisão de outros sete. No sábado, integrantes do segundo grupo fizeram manifestação contra o presidente Alexandre Kalil na sede de Lourdes, em BH. “Quando a gente ia assistir aos jogos, existia aquela provocação sadia, sem violência”, observa o empresário Éverton Oliveira, de 36 anos, que fazia parte da extinta Galo Elite nos anos 1980. Aqueles que carregavam faixas contra o presidente da CBF, Ricardo Teixeira, foram impedidos de entrar na Arena por medidas de segurança.
ESPERANÇA Se a violência certamente prejudicou a festa antes da partida, durante o jogo alguns torcedores também estragaram a festa. Um atleticano jogou um tênis no goleiro Fábio e foi detido pela PM. Mas, por outro lado, muitos mantiveram o clima de esportividade. Queriam apenas curtir o clássico, aproveitando o fato de ter somente atleticanos. Muitas mulheres e crianças não perderam a oportunidade de ver os ídolos, que vinham de cinco derrotas consecutivas sob o comando de Cuca. Havia os que não torciam pelo Galo. Com camisas de Vasco e Palmeiras, estavam atentos ao rádio, pois seus times também disputaram clássicos contra Flamengo e Corinthians, respectivamente.
A professora Adriana Aquino, de 48 anos, aproveitou a oportunidade para passear com os dois filhos. Fanática pelo Atlético, previa que a noite seria muito feliz: “Temos que ganhar de qualquer jeito. Não adianta contratar um tanto de jogadores se o time não mostrar bom futebol. Mas confio na capacidade de reação do Atlético.” Mas as previsões da professora não se confirmara e, assim como ela, milhares de torcedores deixaram a Arena do Jacaré frustrados.
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