terça-feira, 27 de setembro de 2011

Decretada prisão de torcedores da Galoucura envolvidos em morte de cruzeirense

Por 3 votos a 0 os desembargadores decidiram pela prisão de 12 integrantes da torcida
João Henrique do Vale - Estado de Minas
Cristiane Silva
Publicação:27/09/2011 19:57
Em votação unânime, a 1ª Câmara do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) acatou, na tarde desta terça-feira, o pedido do Ministério Público e decretou a prisão de 12 integrantes da Galoucura envolvidos no assassinato do cruzeirense Otávio Fernandes, de 19 anos. Os integrantes da torcida organizada foram denunciados pelo MPMG por formação de quadrilha, tentativa de homicídio qualificado e homicídio qualificado.
O advogado dos torcedores, Dino Miraglia Filho, afirmou que vai recorrer da decisão no Superior Tribunal de Justiça (STJ). “Vamos entrar com um recurso usando os mesmos argumentos do juiz de primeira instância. O inquérito é incompleto, não tem a participação de cada um dos envolvidos e tem inocente sendo julgado”, diz o advogado. Segundo ele, os torcedores não vão se entregar. “Eles vão aguardar o julgamento do recurso”, revela. No twitter oficial da Galoucura, a torcida comentou a decisão e afirmou que isso só vai fortalecer eles.
O crime ocorreu em 27 de novembro do ano passado, depois que um grupo de atleticanos saiu de um ginásio poliesportivo na Avenida Nossa Senhora do Carmo, Região Centro-Sul de BH, onde acompanhava um torneio de vale-tudo. As imagens foram capturadas por câmeras de segurança de um shopping ao lado do complexo. Além de Otávio, três cruzeirenses foram agredidos, mas sobreviveram aos ferimentos.
De acordo com o TJMG, a Justiça decretou a prisão preventiva do presidente da Galoucura, Roberto Augusto Pereira, o Bocão, o vice-presidente, Willian Tomaz Palumbo, o Ferrugem, além dos diretores Marcos Vinícius Oliveira de Melo, o Vinicin, Josimar Júnior de Souza Barros, o Avatar, e Mateus Felipe Magalhães, o Tildan, e de mais sete torcedores. Os cinco primeiros chegaram a cumprir prisão preventiva por 30 dias, mas eles foram libertados em 12 de janeiro, por uma decisão do juiz sumariante do 2º Tribunal do Júri, Maurício Torres Soares.
Os membros da diretoria da Galoucura, Ferrugem e Bocão, foram indiciados por tentativa de homicídio, lesão corporal e homicídio. Segundo a polícia, os dois não bateram em Otávio, mas incitaram a violência.

Nenhum comentário: