Dorival não consegue repetir fórmula do Santos no Galo e sofre as consequências

Treinador não vive bom momento
Thiago de Castro - Superesportes
Publicação:07/07/2011 10:30
Atualização:07/07/2011 13:39
Dorival Júnior teve sucesso no comando do Santos, em 2010, com um time que sofria muitos gols mas compensava com um ótimo poder de fogo de um ataque comandado por estrelas como Ganso, Robinho e Neymar. No Atlético, o treinador tenta repetir a fórmula mas não consegue. O mau desempenho defensivo é até piorado e o ataque não garante as vitórias.
O desempenho da zaga é inferior ao do Peixe do ano passado. Já o setor ofensivo está em crise de identidade, sem formação e homens de referência definidos. Esta fórmula deixa a equipe alvinegra em situação desagradável no Campeonato Brasileiro, longe das primeiras posições.
Com Dorival, o Santos foi vazado 79 vezes, em 61 jogos. Média de 1,29 por jogo no ano passado enquanto ele esteve no comando. Em Minas desde o segundo semestre de 2010, o técnico tem 64 gols sofridos em 45 jogos. A média é de 1,42 por jogo.
Os últimos três gols foram sofridos por Giovanni, substituto de Renan Ribeiro, contra o Ceará. O novo camisa 1 lamentou a derrota e agora espera por pressão da torcida. “Trabalhamos durante a semana para buscar o resultado positivo e infelizmente nada foi favorável. Agora é trabalhar, esfriar a cabeça e esperar a pressão que vai ter”, afirmou.
Fazer mais do que sofrer
A tática de deixar a defesa vulnerável mas ter um futebol ofensivo deu certo no Santos. Dorival Júnior chegou a admitir que tentaria repetir a fórmula na Cidade do Galo, no início de março. “Prefiro que o meu time faça cinco e tome quatro”, afirmou o treinador na época.
O fato é que, atualmente, o Atlético tem a segunda pior defesa do Brasileirão, com 16gols sofridos. Apenas o Avaí, com 22 gols, é pior. Já o ataque tem 10 gols, número distante dos dois melhores times no quesito, Flamengo e Internacional, com 17.
Defesa faz a diferença nos pontos corridos
Ter uma defesa ruim no comando do Atlético não é exclusividade de Dorival Júnior. Desde 2006, o setor demonstra fragilidade e compromete as campanhas do time no Brasileirão.
Um setor defensivo precário vai na contramão de uma boa campanha no Campeonato Brasileiro de pontos corridos. Em 2006 e 2007, o São Paulo foi campeão com o melhor desempenho da defesa. Em 2008 e 2009, o time menos vazado (Grêmio e São Paulo, respectivamente) conseguiu vaga na Copa Libertadores do ano seguinte. No ano passado, o Fluminense levantou o caneco com a melhor defesa.