sábado, 23 de julho de 2011

Galo aumenta poder de repatriação, mas carece de melhor retorno em campo


Confira o levantamento feito pelo Superesportes em gráfico com as repatriações


Thiago de Castro - Superesportes
Rodrigo Fonseca - Superesportes
Publicação:22/07/2011 17:33
Atualização:22/07/2011 19:37
O poder de repatriação do Atlético na gestão do presidente Alexandre Kalil nunca foi tão grande como em 2011. Das 20 contratações feitas desde janeiro, sete foram de brasileiros que retornam do exterior e, não necessariamente, em fim de carreira.
Os casos mais simbólicos, inclusive, mostram exatamente o contrário. Os atacantes Guilherme e André custaram, juntos, R$ 8,2 milhões euros e representam também um crescimento de poder de investimento alvinegro em jogadores que podem dar retorno técnico e até financeiro.
Entretanto, junto com o alto valor gasto, a responsabilidade também fica evidenciada. Até porque, desde 2009, poucos repatriados caíram, de fato, no gosto da torcida. O único que realmente se firmou e é referência dentro do grupo é o zagueiro e capitão Réver.
Em 2009, foram cinco repatriados e todos já deixaram o Galo. Corrêa se deu melhor, mas não agradava a Vanderlei Luxemburgo e acabou preterido posteriormente. Somados o ano passado e 2011, são dez repatriações e todas estão no grupo de Dorival Júnior.
Daniel Carvalho, Dudu Cearense e Mancini são jogadores que ainda despertam a esperança da torcida. Mas André e Guilherme são as maiores apostas alvinegras.
André batalha para recuperar a boa forma do Santos e mostrar para a torcida que a diretoria fez um bom investimento com R$ 2,2 milhões euros. As passagens por Ucrânia e França serviram para amadurecer. “Se Deus me mandou para lá, algum significado tinha. Talvez, na frente, eu possa até dizer que foi para aprender e dar valor a algumas coisas, mas arrependimento eu não tenho nenhum. O pensamento é voltar e colocar o Atlético lá em cima”, disse.
Readaptação rápida
Dorival Júnior conhece bem André dos tempos de Santos e ficou feliz com a forma física do atacante no seu retorno ao Brasil. “Ele não participou de muitos jogos ao longo do ano, mas não chegou mal fisicamente. Chegou em um estagio melhor que o Dudu Cearense e o Guilherme. Espero que o tempo de adaptação dele seja um pouco mais curto”, ressaltou o treinador do Galo.
Para André, a parte física parece não ter sido problema desde que saiu do Santos. O centroavante sentiu falta do clima brasileiro amistoso, que pode ser recuperado na Cidade do Galo. “Tive dificuldade demais lá fora. Meu inglês é bem caído, eles não falam português. Foi mais a língua, a cultura é diferente, povo fechado. Sai daqui de um grupo que brincava, estava sempre alegre. Cheguei no exterior e senti muito isso com pessoal mais frio. Tive muita dificuldade”, confessou André.

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