terça-feira, 26 de julho de 2011

A tropa da esperança

Comandante Dorival Júnior tenta ganhar a próxima batalha, diante do Fluminense, amanhã.Mas, com o batalhão combalido, aposta em quatro soldados que estavam no quartel em BH
Ludymilla Sá - Estado de Minas
Publicação:26/07/2011 07:00
Onze rodadas e o mesmo número de escalações distintas. Essa tem sido a rotina do técnico Dorival Júnior no Campeonato Brasileiro. E não será diferente amanhã, diante do Fluminense, às 19h30, no Ipatingão, pela 12ª rodada. Sem contar com três jogadores – os zagueiros Réver e Leonardo Silva e o volante Serginho, todos suspensos –, o treinador será obrigado a mudar de novo. Em vez de três recrutados para a batalha, no entanto, o comandante preferiu chamar quatro combatentes que permaneceram em treinamento na Cidade do Galo, acenando com mudanças também no ataque.
O recém-contratado André desembarcou no início da tarde de ontem no Vale do Aço, ao lado dos zagueiros Werley e Luiz Eduardo e do armador Giovanni Augusto. ele pode ter antecipada a estreia com a camisa atleticana. Com os jogadores também chegou o general Alexandre Kalil, que retomou as funções de presidente, sob efeito suspensivo. Ele cumpria punição aplicada pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD).
A convocação dos zagueiros já era esperada. Afinal, somente Lima havia sido relacionado para os compromissos no Vale do Aço. Já as chamadas de André e Giovanni Augusto surpreenderam até os próprios jogadores. Em forma, o atacante já havia demonstrado vontade de jogar logo. Sem balançar as redes desde que deixou o Santos, em junho de 2010, o ex-menino da Vila aguarda ansioso pelo aval do treinador e não teme a responsabilidade. “Precisava de um tempo, mas me dei bem nos testes de hoje (ontem). Minha vontade de estrear é grande e não tem essa de momento. A gente está aqui para ajudar.”
O atacante, no entanto, ainda não participou de um coletivo sequer com o time, o que deve ocorrer hoje à tarde. Mas acredita que poderá vencer a falta de entrosamento com um bom futebol. “Realmente, não deixa de ser complicado, mas acho que a vontade vai suprir essa carência de conhecimento do grupo. Meu padrão de jogo, de toque de bola, é parecido com o da equipe e espero poder ajudar a tirar o Atlético dessa situação. Sei bem o padrão de jogo que o Dorival gosta”, destaca o jogador, que foi campeão paulista e da Copa do Brasil sob o comando do agora técnico atleticano.
ANTIGOS CONHECIDOS Na zaga, Werley tende a ser titular e formar dupla com Lima, outro velho conhecido da torcida atleticana. Luiz Eduardo, que chegou em fevereiro e ainda não estreou, deve ficar no banco.
Werley foi titular durante a maioria dos jogos ano passado e perdeu a vaga com a chegada de Leonardo Silva, expulso diante do Vasco. O jogador admite chateação pela saída do time e, principalmente, porque sequer ficou no banco em algumas ocasiões. Mas destaca que é preciso respeitar a hierarquia do clube. “Claro que a gente fica chateado, mas tem um treinador e é ele quem manda. Tudo o que eu tenho eu devo ao Atlético e a esse presidente que está me ajudando muito. O que me resta é fazer de tudo para ajudar e retribuir”.
O defensor assegura que está confiante e preparado para o embate com o tricolor carioca. “Estávamos num ritmo forte de treinamentos e eu e Lima já nos conhecemos bem, de muito tempo. Acho que estamos preparados para ajudar o Atlético. É um jogo difícil e importante. Precisamos vencer e temos de nos impor diante de nossa torcida. Estou com muita saudade de jogar e prometo que empenho não vai faltar.”

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