quarta-feira, 20 de julho de 2011

Top 5: Atlético-MG não se livra da crise e vive de novo o 'fantasma' do rebaixamento






A atual temporada começou para o Atlético-MG com a promessa de ser bem diferente em relação à de 2010, quando o clube passou por momentos complicados e só escapou do rebaixamento no Brasileirão a duas rodadas do fim. Aos poucos, no entanto, a confiança em um final feliz cedeu lugar a apreensão, que tem sido rotina na vida do alvinegro mineiro. Sem conquistar o título do Campeonato Mineiro e eliminado na segunda fase da Copa do Brasil, a equipe comandada por Dorival Júnior vive momento de crise no Brasileiro, onde está na 15ª colocação e, mais uma vez, briga contra a zona da degola. Nesta terça-feira, mesmo com o anúncio da contratação do atacante André, do Dínamo de Kiev, torcedores fizeram manifestação na sede do clube, no Bairro de Lourdes, em Belo Horizonte. O UOL Esporte aponta cinco motivos para explicar a dificuldade atleticana em afastar a crise, que insiste em rondá-lo.
Política de contratações mal-sucedida
A diretoria do Atlético optou em remontar o elenco em 2010. Ao todo, foram contratados 19 reforços, incluindo o atacante André, do Dínamo de Kiev, anunciado terça-feira pela diretoria atleticana. A maioria dos contratados, no entanto, não correspondeu. Chegaram atletas renomados, como Mancini, Dudu Cearense, Richarlyson, o atacante Guilherme, mas que até o momento não caíram no agrado da torcida e não se firmam como titulares. Desses nomes, Richarlyson tem sido titular, mas lesões e suspensões, impedem que ele tenha uma sequência de jogos.
Insistência com jogadores que não entram em forma
Contratado como aposta ainda em 2010, Daniel Carvalho é o melhor exemplo da demora de jogadores importantes do elenco atleticano a entrarem em forma. Após estrear em amistoso em 30 de junho do ano passado, o meia-atacante só fez 23 partidas e marcou dois gols. Os poucos jogos foram em função de lesões e, principalmente, pelo fato de estar acima do peso. No atual Brasileiro, o armador foi utilizado por Dorival Júnior em quatro jogos, mas sem render o esperado. Já o volante Dudu Cearense, um dos principais reforços, reconhece que vive momento complicado em Belo Horizonte, sofrendo com a sua readaptação ao futebol brasileiro e também não está bem fisicamente.
Saída de jogadores, sem substitutos à altura
Logo no começo da temporada, o técnico Dorival Júnior conviveu com a perda de jogadores importantes e a necessidade de remontagem do elenco. Obina saiu para o Shandong Luneng, da China. Já Diego Souza se irritou com a reserva, pediu para deixar o clube e acabou se transferindo para o Vasco. Já Jobson pediu para retornar para o Rio de Janeiro, rescindindo o contrato. Mas, a perda mais sentida, inclusive pelos próprios companheiros, foi a de Diego Tardelli, artilheiro e principal jogador da equipe, negociado com o Anzhi, da Rússia. Apesar das promessas da diretoria, os contratados, que já jogaram, não se mostraram à altura dos jogadores que saíram.
Apostas em jovens da base, que se mostram irregulares
Alguns jogadores formados na base do clube ganharam espaço no Atlético-MG, caíram nos gosto do torcedor e foram apontados como soluções. O tempo e a sequência de jogos, entretanto, mostrou que a história não era bem essa. O goleiro Renan Ribeiro, os meias Giovanni Augusto e Renan Oliveira são alguns exemplos. Com atuações irregulares em campo, esses jogadores perderam espaço no time atleticano, caindo de produção e se tornando mais uma vez promessas que não vingaram.
Carências crônicas em algumas posições do time
Apesar dos 18 reforços contratados em 2011 e de a diretoria atleticana ter buscado jogadores para todas as posições, algumas permaneceram com carências. Na lateral direita, Patric e Rafael Cruz se revezaram no começo e não agradaram. O primeiro é titular, mas não se destaca. Na esquerda, Guilherme Santos apareceu bem, mas caiu de produção e se envolveu em confusão com a torcida. No meio, Dorival Júnior não conseguiu repetir a escalação e não encontra os titulares, já o ataque sofre com a falta do 'homem gol', alternando os atletas, sem ter encontrado o jogador ideal.

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