segunda-feira, 25 de julho de 2011

Nova casa. Nada mudou

Alvinegro apostava na mudança para o Ipatingão como ponto de partida da reação. Torcida marcou presença, mas futebol pobre e arbitragem polêmica marcaram derrota para cariocas
Ludymilla Sá - Estado de Minas
Publicação:25/07/2011 07:00
Atualização:25/07/2011 09:33
Nem a mudança de casa deu jeito. Com outra atuação pífia, o Atlético perdeu mais uma no Campeonato Brasileiro. Desta vez para o Vasco de Diego Souza, em jogo repleto de erros também da arbitragem, no Ipatingão. Sem dó nem piedade, o ex-atleticano fez os dois gols do time carioca no triunfo por 2 a 1 sobre o Galo. E não foi por falta de apoio. A torcida atleticana do Vale do Aço compareceu e apoiou até não poder mais. Mas o time de Dorival Júnior não correspondeu e acabou vaiado ao sair de campo e do estádio. “Vergonha, vergonha! Time sem-vergonha”, gritavam os torcedores.
Dorival Júnior, inclusive, foi mais uma vez alvo da ira da massa, que não poupou xingamentos a cada mudança no time no decorrer do confronto e depois dele. Mas permanece no cargo. Pelo menos por enquanto. Foi o que assegurou o diretor de futebol, Eduardo Maluf, logo depois da partida. O dirigente reconheceu a falta de qualidade técnica do alvinegro mineiro. Mas não poupou críticas ao árbitro Edivaldo Elias da Silva e vai entrar com reclamação formal contra o paranaense hoje na CBF.
“Estamos na 11ª rodada e fiz um compromisso de não criticar a arbitragem. Já são seis meses de silêncio, mas não podemos admitir que um árbitro que fez somente um jogo no Brasileiro apite um confronto como esse. Esse árbitro não teve critério para cartões. O Sérgio Correa (presidente da Comissão Nacional de Arbitragem) é o responsável por isso.”
Parecia que o jogo seria de domínio atleticano. Na nova casa, o Galo chegou a se impor no início e teve a primeira chance, com Caio. O armador levou a bola pelo meio e arriscou a meia altura da entrada da área. Fernando Prass, no entanto, desviou para escanteio.
Mas o mesmo Caio saiu jogando errado e o Vasco aproveitou para abrir o marcador, por ironia, com o ex-atleticano Diego Souza. O também armador aproveitou lançamento de Fagner, livre pela direita, e cabeceou para as redes. Mesmo com o susto, o alvinegro mineiro não se intimidou.
Só vontade, porém, não basta diante de um adversário bem postado defensivamente. A marcação vascaína deu trabalho, dificultou o toque de bola do Galo e tirou alguns atleticanos do sério. E é justamente nesses momentos que brilham os jogadores de certa forma diferenciados. Com um toque genial de calcanhar, o armador Daniel Carvalho passou a bola para Magno Alves empatar no fim do primeiro tempo.
AMONTOADO Na etapa complementar, o Vasco voltou mais presente no ataque. Em vez de esperar, criou inúmeras oportunidades. O volante Richarlyson, que antes auxiliava mais a zaga, passou a jogar no meio-campo e o time ficou mais exposto. Sem contar a falta de tranquilidade dos atleticanos, que não se apoiavam. Nem de longe atuavam como uma equipe. Foi um amontoado. Cada jogador queria resolver à sua maneira.
Em cruzamento para a área atleticana, o zagueiro Réver esticou o braço, a bola tocou no zagueiro e quase entrou. O árbitro marcou pênalti, para desespero dos torcedores. Mas Alecsandro bateu no meio e Giovanni, com o pé, defendeu de forma espetacular. Mas a peleja perdurou e ficou ainda pior depois que o zagueiro Leonardo Silva cometeu falta a centímetros da área e o árbito apontou outro pênalti. Dessa vez, Diego Souza marcou e definiu outra derrota atleticana no campeonato.

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