segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Início de temporada prova que Tardelli rende mais como centroavante 21/02/2011 - 07h01


Nos 23 jogos em que atuou junto com Obina, Diego Tardelli marcou nove gols, o que dá média de 0,40 por partida, bem abaixo do seu rendimento no começo desta temporada, quando voltou a jogar como centroavante, com maior presença de área

Diego Tardelli comemora média superior a um gol por partida no começo de 2011
Bernardo Lacerda
Em Vespasiano (MG)
Artilheiro do Atlético-MG no atual Mineiro, com quatro gols em três jogos, média superior a um por partida, o atacante Diego Tardelli inicia em alta a temporada 2011. Ele foi o grande nome do triunfo atleticano contra o Cruzeiro, por 4 a 3. Com bons números, o jogador, que cumpriu suspensão contra o Guarani, pelo Estadual, e volta ao time diante do Iape, no Maranhão, pela Copa do Brasil, faz suprir a ausência de Obina, que foi para o futebol chinês, e comprova que ele rende mais como centroavante.
Nas outras duas vezes em que teve, no Atlético-MG, um companheiro de ataque com características de velocidade, Diego Tardelli apresentou rendimento mais satisfatório. A primeira vez que isso aconteceu no time atleticano foi ao atuar ao lado de Éder Luís, quando assumiu a artilharia do time na temporada de 2009 e depois com Muriqui, no ano passado.
Com Éder Luís como companheiro de ataque e com função tática diferente, quando se transformou no centroavante do time, Diego Tardelli assumiu o posto de artilheiro e principal peça ofensiva. Em 2009, o jogador marcou 42 gols, tornando-se o maior artilheiro do país naquela temporada.
No campeonato Mineiro, Tardelli marcou 16 gols e se sagrou o artilheiro da competição. Na Copa do Brasil, assinalou outros quatro e no Campeonato Brasileiro, o camisa 9 terminou como o principal goleador com 19 gols, ao lado de Adriano, então no Flamengo.
Já em 2010, Tardelli iniciou a temporada atuando ao lado de Muriqui, que foi contratado à época junto ao Avaí. E o rendimento da dupla no primeiro semestre foi altamente positivo. O camisa 9 marcou sete gols no Campeonato Mineiro e outros sete na Copa do Brasil, tornando-se o artilheiro.
Formando dupla com Obina no ataque, o rendimento de Tardelli foi pior. O jogador, que conviveu com seguidas lesões no segundo semestre de 2010, marcou apenas dez gols no Campeonato Brasileiro, ficando com a vice-artilharia, dois a menos que o companheiro de ataque.
Já levando em conta toda a temporada de 2010, Tardelli não conseguiu repetir o feito de 2009 quando foi o artilheiro do time no ano. O jogador chegou apenas aos 25 gols, dois a menos que Obina, que se sagrou o principal goleador atleticano no ano.
Tardelli e Obina formaram dupla de ataque em 23 partidas na temporada passada. O atacante, que continua no clube mineiro, marcou nove gols. Esse número ficou concentrado em oito jogos, sendo que passou em branco em outros 15 compromissos do alvinegro.
JOGOS COM OBINA QUE TARDELLI FEZ GOL
ADVERSÁRIOS NÚMERO DE GOLS COMPETIÇÃO
Ituiutaba Um Mineiro
Juventus Um Copa do Brasil
Chapecoense Um Copa do Brasil
Guarani Dois Brasileiro
Grêmio Um Brasileiro
Santos Um Brasileiro
Flamengo Um Brasileiro
Goiás Um Brasileiro
VEJA CLASSIFICAÇÃO DO CAMPEONATO MINEIRO
Neste começo de temporada, em função das características dos atacantes que vêm atuando – Magno Alves, Neto Berola e Jobson –, Diego Tardelli voltou a se posicionar de forma semelhante a 2009, atuando mais na área, em melhores condições para finalizar a gol.
“Até conversei com o Dorival, no começo do Campeonato, que eu preferia também voltar à minha posição normal, onde me dei bem em 2009, tanto que ele me manteve como primeiro atacante, fazendo a função que o Obina fazia, quando ele saiu”, observou Diego Tardelli. Nos três primeiros jogos oficiais de 2011, o atacante tem média de 1,33% por partida, contra 0,40% no ano passado, quando teve Obina como parceiro.
O artilheiro atleticano destaca a facilidade de dialogar com o treinador e o lado motivacional, relacionando esses pontos também como motivos para a sua boa fase. “Ele é um cara que conversa sempre com a gente, em palestra tenta motivar a gente da melhor maneira possível, até aquele pessoal que não é aproveitado, ele tem jeito diferente de lidar. É um paizão com a gente, dá dura na hora certa e carinho quando precisa”, salientou.
O treinador atleticano crê que Tardelli cresceu de rendimento por estar atuando mais próximo do gol adversário. “Não está sendo este centroavante de oficio, não tem esta característica, mas ele colocou na cabeça que tem de entrar mais na área adversária. Ele tem sido decisivo por esta mudança de pensamento, por estar mais dentro da área”, ressaltou.
“Mantermos a mobilidade que apresentamos, principalmente nessa ultima partida contra o Cruzeiro nosso ataque foi constante, recebeu muitas bolas. Um ataque que não tem um homem de referencia tem de ter muita movimentação”, acrescentou Dorival Júnior.
Depois de cumprir suspensão por sua expulsão no clássico contra o Cruzeiro, domingo, em Divinópolis, diante do Guarani, Diego Tardelli espera um bom retorno diante do Iape, na estreia atleticana na Copa do Brasil. “Aproveitei a semana para me preparar mais ainda fisicamente e pretendo voltar com mais força ao time”, ressaltou o artilheiro.

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