
Sem chance no Wolfsburg, ele nem pensa em voltar
pra Europa(Foto: Tarcisio Badaró/Globoesporte)
Zagueiro do Galo e da Seleção Brasileira, jogador quer permanecer no
clube por muito tempo. Adaptação da família reforça a vontade do defensor
Por GLOBOESPORTE.COM
Belo Horizonte
Qual jogador brasileiro não gostaria de se transferir para um grande clube da Europa? Se a pergunta fosse feita ao zagueiro Réver, do Atlético-MG, ele diria que hoje não, obrigado. Atuar do outro lado do Atlântico é considerado o sonho de todo jogador de futebol. Altos salários, grandes craques reunidos, países considerados mais seguros, entre outros motivos, fazem os atletas planejarem uma negociação para o velho continente. Entretanto, a decepção que o xerife alvinegro teve nos sete meses que ficou na Alemanha o fez repensar esse sonho.
Réver se destacou pelo Grêmio e foi negociado com o Wolfsburg, da Alemanha, no começo deste ano. Após sete meses morando longe, e apenas 15 minutos jogados, o zagueiro foi repatriado pelo Atlético-MG e garante não se arrepender. Muito pelo contrário. Para ele, o retorno foi o que de melhor poderia ter acontecido.
- Sim, os amigos sempre me fazem essa pergunta. A gente tem o sonho de jogar na Europa, mas às vezes, esse sonho acaba sendo uma ilusão. Acabou sendo para mim pelas coisas que aconteceram comigo na Europa. Falando por mim, foi uma decepção muito grande que eu tive. Hoje, se você perguntar para mim se eu quero ir para um Real Madrid ou para um Milan... Hoje, eu não sairia do Atlético-MG para ir para a Europa jamais, pela decepção que eu tive na Alemanha.
O período no exterior foi complicado para o zagueiro. Revér contou que sua filha nasceu na Alemanha e que a esposa teve muitas dificuldades durante esse período. Wolfsburg, cidade de pouco mais de 120 mil habitantes, a cerca de duas horas da capital Berlim, não recebeu o xerife como Belo Horizonte. A capital mineira foi de fácil adaptação para o jogador, que se tornou um dos principais responsáveis pela recuperação do Atlético-MG no Brasileirão.
- A minha maior dificuldade (na Alemanha) foi a adaptação às maneiras. O idioma totalmente diferente acabou pesando também. Tive poucas oportunidades e isso acabou dificultando. A minha chegada aqui foi bem tranquila, eu me adaptei super rápido à Belo Horizonte. Isso facilita muito. O que mais me ajudou na adaptação foi a minha família ter se adaptado, gostado da cidade. Isso dá uma tranquilidade muito grande pra gente ficar com a cabeça só no trabalho. Acho que o ponto fundamental foi a minha família ter se adaptado o quanto antes.
Jogador convocado por Mano Menezes para a Seleção Brasileira, Réver disse estar muito feliz no Atlético-MG e que não pretende sair por agora. Ele planeja um 2011 bem melhor do que os primeiros meses no clube, em que lutou contra o rebaixamento.
- O Atlético-MG foi o clube que apareceu com a proposta, não tentou nem debater. Foi muito rápido, aceitou o que o clube pediu, foi e apagou. Então eu sou muito grato pelo que o Atlético-MG fez por mim. Se eu estou de volta ao futebol brasileiro, tenho que agradecer ao Atlético-MG. Se for possível, quero dar o meu melhor para retribuir o que eles fizeram nesse meu retorno ao Brasil.
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