quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

2008: Festa do centenário somente fora de campo, pois dentro dele...


Kalil nos braços da Massa no dia da eleição para presidente do Atlético


Renan Oliveira fez sua melhor partida pelo Atlético contra o Flamengo



Amistoso com Peñarol teve grande festa da torcida para comemorar os 100 do Atlético

Victor Martins - Superesportes
Publicação:29/12/2010 08:00
Atualização:29/12/2010 10:38
O Atlético abriu o centenário com fogos de artifício na tradicional festa do clube Labareda, às 0h25, já que o aniversário do Galo é em 25 de março. Mas a festa só fora de campo. A expectativa da torcida pela formação de um grande time estava cada dia mais distante. O técnico Emerson Leão não teve o contrato renovado e Ziza Valadares apostou em Geninho.
O novo treinador caiu como uma bomba, já que desde a sua saída, em janeiro de 2003, ele estava numa lista negra dos atleticanos. Os reforços também não agradavam. O clube apostava numa série de desconhecidos e o grande nome até então era o de Marques, começando a sua terceira passagem pelo Galo.
O argentino Gallardo apareceu como o presente do centenário. A confirmação da negociação animou os atleticanos e o ex-jogador Valdo, que fazia a ligação entre Atlético e o jogador, declarou que o meia estava 98% acertado com o Atlético. Mas o acordo não ocorreu e a torcida só aumentava a pressão sobre o presidente Ziza Valadares.
A campanha no Mineiro não era dos melhores. Terminar a fase na primeira colocação já não fazia mais parte dos planos atleticanos. A derrota para o Guarani, em casa, na última rodada, deixou a situação ainda pior. O Galo terminou em terceiro, atrás de Cruzeiro e Tupi, respectivamente. A estreia na Copa do Brasil foi fácil, contra o desconhecido Palmas-TO e goleada por 7 a 0. Mas na fase seguinte um susto, diante do Nacional-AM do atacante Garanha.
Se em campo o time não era grande coisa, fora dele a torcida fazia festa. A camisa do Atlético e as bandeiras nos prédios e casas de atleticanos eram itens indispensáveis. A “festa da virada”, na porta da sede de Lourdes, foi animada pelos torcedores e o clube entrou apenas com a queima de fogos. O amistoso com o Peñarol, do Uruguai, no dia 26 de março, fechou as comemorações. O veterano Petkovic foi anunciado como o grande presente pelos 100 anos.
O Galo classificou e apresentou aos torcedores o jovem Renan Oliveira. O meia aparecia como a grande revelação do Atlético na década. Dono de um toque de bola refinado e uma ótima visão de jogo, as primeiras partidas com a camisa do Atlético encantaram. O gol de letra diante do Tupi, na semifinal do Mineiro, encantou o país.
Ano do centenário e final do Mineiro com o Cruzeiro. Parecia o presente ideal para o torcedor atleticano. Mas o sonho virou pesadelo. O Cruzeiro descontou os 4 a 0 do ano anterior e com sobre. A goleada sofrida na decisão do Estadual, por 5 a 0, para o maior rival, era sem dúvida o maior vexame que o clube podia ter ao completar 100 anos.
Restava Copa do Brasil, Sul-Americana e Campeonato Brasileiro. Mas seriam fracassos atrás de fracasso. Na Copa do Brasil, mais uma vez o adversário era o Botafogo. Depois de um novo 0 a 0 no Mineirão, eliminação no Engenhão. Agora, porém, sem o que reclamar de arbitragem.
Eliminado na Copa do Brasil e humilhado na final do Mineiro, Geninho caiu e deu lugar a Alexandre Gallo. Capitão do bicampeonato Mineiro, em 99 e 2000, ele estava de volta ao clube com a missão de fazer uma campanha digna no Brasileirão. Mas Gallo insistiu no erro de janeiro, em trazer jogadores fracos. Chegaram Elton, Jael e César Prates, por exemplo. O resultado não podia ser outro.
O Atlético fazia campanha ruim e Alexandre Gallo caiu ainda no primeiro turno, depois de uma nova goleada humilhante, desta vez para o Vasco, por 6 a 1, em São Januário. A crise dentro de campo se alastrou para os bastidores do clube. Salários atrasados, brigas entre diretores, renúncias de todos os vice-presidentes, até a renúncia do presidente Ziza Valadares.
No ano do centenário o Atlético estava sem comando, sem rumo, sem salários e com uma campanha assustadora no Brasileirão. A Copa Sul-Americana, também contra o Botafogo, se tornou um detalhe. O Galo foi derrotado duas vezes, sendo goleado por 5 a 2 no Mineirão. A meta era não ser rebaixado no ano do centenário.
Marcelo Oliveira, mais uma vez, era o encarregado de comandar o time. Com ajuda dos garotos da base e de alguns jogadores experientes, ele conseguiu fazer uma campanha regular. Manteve o time na 12ª posição por 13 das 19 rodadas do segundo turno. De quebra, ainda revelou o volante Serginho. A vitória por 3 a 0 sobre o Flamengo, que brigava contra o título, num Maracanã lotado, foi o ponto alto de um centenário de decepções dentro de campo.
Fora dele, o Atlético parece ter dado um passo importante para a reconstrução do clube. Com a saída de Ziza Valadares e todos os presidentes, uma nova eleição foi convocada. Alexandre Kalil venceu, chegou com a aprovação da torcida, e terminou o ano com o estádio cheio. Mostrando que a partir de 2009 o Galo seria diferente.
Confira, nesta quinta, a retrospectiva de 2009 no Superesportes

2 comentários:

Unknown disse...

Wie cods frrs no skuds nongmm tamta morte tamta fome e vcs continuam cegos...muito dinheiro..para nada.. este e o valor que vcs tem..

Unknown disse...

Estou triste...