
Kalil nos braços da Massa no dia da eleição para presidente do Atlético

Renan Oliveira fez sua melhor partida pelo Atlético contra o Flamengo

Amistoso com Peñarol teve grande festa da torcida para comemorar os 100 do Atlético
Victor Martins - Superesportes
Publicação:29/12/2010 08:00
Atualização:29/12/2010 10:38
O Atlético abriu o centenário com fogos de artifício na tradicional festa do clube Labareda, às 0h25, já que o aniversário do Galo é em 25 de março. Mas a festa só fora de campo. A expectativa da torcida pela formação de um grande time estava cada dia mais distante. O técnico Emerson Leão não teve o contrato renovado e Ziza Valadares apostou em Geninho.
O novo treinador caiu como uma bomba, já que desde a sua saída, em janeiro de 2003, ele estava numa lista negra dos atleticanos. Os reforços também não agradavam. O clube apostava numa série de desconhecidos e o grande nome até então era o de Marques, começando a sua terceira passagem pelo Galo.
O argentino Gallardo apareceu como o presente do centenário. A confirmação da negociação animou os atleticanos e o ex-jogador Valdo, que fazia a ligação entre Atlético e o jogador, declarou que o meia estava 98% acertado com o Atlético. Mas o acordo não ocorreu e a torcida só aumentava a pressão sobre o presidente Ziza Valadares.
A campanha no Mineiro não era dos melhores. Terminar a fase na primeira colocação já não fazia mais parte dos planos atleticanos. A derrota para o Guarani, em casa, na última rodada, deixou a situação ainda pior. O Galo terminou em terceiro, atrás de Cruzeiro e Tupi, respectivamente. A estreia na Copa do Brasil foi fácil, contra o desconhecido Palmas-TO e goleada por 7 a 0. Mas na fase seguinte um susto, diante do Nacional-AM do atacante Garanha.
Se em campo o time não era grande coisa, fora dele a torcida fazia festa. A camisa do Atlético e as bandeiras nos prédios e casas de atleticanos eram itens indispensáveis. A “festa da virada”, na porta da sede de Lourdes, foi animada pelos torcedores e o clube entrou apenas com a queima de fogos. O amistoso com o Peñarol, do Uruguai, no dia 26 de março, fechou as comemorações. O veterano Petkovic foi anunciado como o grande presente pelos 100 anos.
O Galo classificou e apresentou aos torcedores o jovem Renan Oliveira. O meia aparecia como a grande revelação do Atlético na década. Dono de um toque de bola refinado e uma ótima visão de jogo, as primeiras partidas com a camisa do Atlético encantaram. O gol de letra diante do Tupi, na semifinal do Mineiro, encantou o país.
Ano do centenário e final do Mineiro com o Cruzeiro. Parecia o presente ideal para o torcedor atleticano. Mas o sonho virou pesadelo. O Cruzeiro descontou os 4 a 0 do ano anterior e com sobre. A goleada sofrida na decisão do Estadual, por 5 a 0, para o maior rival, era sem dúvida o maior vexame que o clube podia ter ao completar 100 anos.
Restava Copa do Brasil, Sul-Americana e Campeonato Brasileiro. Mas seriam fracassos atrás de fracasso. Na Copa do Brasil, mais uma vez o adversário era o Botafogo. Depois de um novo 0 a 0 no Mineirão, eliminação no Engenhão. Agora, porém, sem o que reclamar de arbitragem.
Eliminado na Copa do Brasil e humilhado na final do Mineiro, Geninho caiu e deu lugar a Alexandre Gallo. Capitão do bicampeonato Mineiro, em 99 e 2000, ele estava de volta ao clube com a missão de fazer uma campanha digna no Brasileirão. Mas Gallo insistiu no erro de janeiro, em trazer jogadores fracos. Chegaram Elton, Jael e César Prates, por exemplo. O resultado não podia ser outro.
O Atlético fazia campanha ruim e Alexandre Gallo caiu ainda no primeiro turno, depois de uma nova goleada humilhante, desta vez para o Vasco, por 6 a 1, em São Januário. A crise dentro de campo se alastrou para os bastidores do clube. Salários atrasados, brigas entre diretores, renúncias de todos os vice-presidentes, até a renúncia do presidente Ziza Valadares.
No ano do centenário o Atlético estava sem comando, sem rumo, sem salários e com uma campanha assustadora no Brasileirão. A Copa Sul-Americana, também contra o Botafogo, se tornou um detalhe. O Galo foi derrotado duas vezes, sendo goleado por 5 a 2 no Mineirão. A meta era não ser rebaixado no ano do centenário.
Marcelo Oliveira, mais uma vez, era o encarregado de comandar o time. Com ajuda dos garotos da base e de alguns jogadores experientes, ele conseguiu fazer uma campanha regular. Manteve o time na 12ª posição por 13 das 19 rodadas do segundo turno. De quebra, ainda revelou o volante Serginho. A vitória por 3 a 0 sobre o Flamengo, que brigava contra o título, num Maracanã lotado, foi o ponto alto de um centenário de decepções dentro de campo.
Fora dele, o Atlético parece ter dado um passo importante para a reconstrução do clube. Com a saída de Ziza Valadares e todos os presidentes, uma nova eleição foi convocada. Alexandre Kalil venceu, chegou com a aprovação da torcida, e terminou o ano com o estádio cheio. Mostrando que a partir de 2009 o Galo seria diferente.
Confira, nesta quinta, a retrospectiva de 2009 no Superesportes
2 comentários:
Wie cods frrs no skuds nongmm tamta morte tamta fome e vcs continuam cegos...muito dinheiro..para nada.. este e o valor que vcs tem..
Estou triste...
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