terça-feira, 28 de dezembro de 2010

2006: Chega Ziza Valadares, muitos reforços e o Atlético de Levir está de volta



Atlético contratou muitos jogadores desconhecidos e nenhum deles se firmou



Jogadores são recebidos com muita festa depois da confirmação do título da Série B

Victor Martins - Superesportes
Publicação:27/12/2010 08:00
Atualização:26/12/2010 19:39
A temporada de 2006 tinha de ser a da reconstrução atleticana. Rebaixado no Campeonato Brasileiro, o Alvinegro precisava se organizar fora de campo para ter o retorno garantido à Série A do ano seguinte. O presidente Ricardo Guimarães continuou no posto e escolheu Ziza Valadares como diretor de futebol.
O primeiro passo do novo dirigente foi prometer salários em dia para jogadores e funcionários. Devastado com a queda, o Galo precisava de um novo grupo. Mas as primeiras contratações eram de assustar. Ainda em 2005, Ziza Valadares apresentou de uma só vez o lateral-esquerdo Vicente, o volante Éverton, os meias Eduardo e Rafael Gaúcho e os atacantes Thiago Cavalcanti e Jales. Nenhum destes terminou a temporada com a camisa alvinegra.
Lori Sandri continuou e tinha a missão de conduzir o Galo de volta à Série A. Mas a dificuldade aparecia já no Campeonato Mineiro. Alguns nomes importantes deixaram o clube, como o zagueiro Cáceres e o atacante Marques. Os reforços anunciados até então não agradavam aos torcedores, que tinha na base do clube a grande esperança de um ano melhor.
Mais uma vez, a semifinal do Campeonato Mineiro seria entre Atlético e Cruzeiro, com o rival tendo a vantagem de jogar por dois empates. Depois de empatar os dois primeiros clássicos do ano - pela fase de classificação e um pela semifinal -, na partida decisiva, o fraco time atleticano não teve força para superar o Cruzeiro e ficou fora de outra final do Estadual.
A Copa do Brasil, mais uma vez, terminou para o Atlético nas quartas-de-final, eliminado pelo Flamengo. Mas, na fase anterior, contra o Fortaleza, o Galo teve um de seus grandes momentos na década. Derrotado por 2 a 0 no Mineirão, o Alvinegro tinha de vencer no Castelão para se classificar. Com gols de Marinho, Danilinho e Zé Antônio, o Atlético venceu por 3 a 1 e estava classificado.
Marinho e Danilinho, aliás, reforços que chegavam para tentar arrumar o time para a Série B, já que os contratados no primeiro semestre fracassaram. Também chegaram ao Atlético o volante Bilu, o meia Marcinho, o atacante Roni. Mas a grande contratação foi o técnico Levir Culpi.
Eliminado no Mineiro e na Copa do Brasileiro, Lori Sandri teve um começo irregular na Série B e caiu depois de empate em casa com o Vila Nova-GO. O treinador ainda contou com mais de 40 dias para preparar o time, já que o Brasileirão parou por conta da Copa do Mundo. E assim fez Levir Culpi, que armou um time para subir.
O começo, porém, não foi dos melhores. O Galo chegou a ficar em 14º lugar. Mas duas viradas seguidas dentro do Mineirão, contra Gama e Portuguesa, marcaram o começo da reação alvinegra. Daí para a ponta da tabela foi questão de tempo, sempre com a torcida de lado. Neste período, o goleiro Bruno foi vendido e Diego assumiu a camisa 1.
Com um segundo turno praticamente perfeito, o Atlético conquistou o acesso com antecedência e o mesmo foi com o título. O estádio Castelão, palco de uma das maiores vitórias do Atlético na década, também foi o local do título. Com gol de Marinho, o Atlético confirmou o título da Série B.
A última partida do ano foi contra o América-RN, no Mineirão. Dono da melhor média de público do Brasil em 2007 e também do maior público do futebol brasileiro na mesma partida, o Atlético festejou muito o retorno. Mais do que isso, com a expectativa de um retorno à elite tão forte como sempre foi a história atleticana.
Confira, nesta terça, a retrospectiva de 2007 no Superesportes

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