sábado, 25 de dezembro de 2010

2003: Um bom ano ofuscado pelo sucesso do maior rival



Procópio Cardoso terminou o ano no comando do time atleticano



Geninho trocou o Atlético pelo Corinthians e o técnico Celso Roth (foto) assumiu o time

Victor Martins - Super

esportes
Publicação:24/12/2010 08:00
Atualização:24/12/2010 11:32
A temporada 2003 começou com problemas no Atlético. O técnico Geninho, que havia feito um bom trabalho no Brasileiro do ano anterior, deixou o clube mesmo depois de renovar o contrato. Com uma proposta do Corinthians, ele não pensou duas vezes em trocar Belo Horizonte por São Paulo. Porém, boa parte do elenco já estava montada, com o perfil de Geninho.
Alexandre Kalil, então diretor de futebol, não poupou críticas ao treinador e escolheu Celso Roth como o comandante alvinegro para 2003. O time estava bem mudado em relação ao ano anterior. Velloso estava recuperado e de volta ao gol. Cicinho era o lateral-direito no lugar de Mancini. Lucio Flavio era o camisa 10 do time. No ataque, Marques não estava mais, enquanto Guilherme estava de volta depois do empréstimo ao Corinthians.
A disputa pelo título Mineiro acabou depois de cinco rodadas. Com um regulamento diferente - o campeão era o time com maior número de pontos depois do turno -, o clássico entre Atlético e Cruzeiro definiu a competição logo no começo. Com três vitórias e um empate, o Galo precisa vencer o rival para continuar com chances de título. O Atlético, aliás, ficou na frente do placar duas vezes, mas não conseguiu segurar o ímpeto do Cruzeiro, que venceu por 4 a 2 e caminhou para a conquista.
A Copa do Brasil seguia tranquila até o encontro com o Sport. O Atlético tinha seis vitórias em seis jogos contra CRB-AL, Caldense e Náutico. Mas a goleada sofrida na Ilha do Retiro praticamente eliminou o Alvinegro da competição. A diretoria fez promoção de ingressos para lotar o Estádio Independência, mas seria complicado reverter os 4 a 0. Já com o ex-cruzeirense Fábio Júnior no time, o Galo venceu por 3 a 1, mas foi eliminado.
Maior semifinalista do Campeonato Brasileiro, o Atlético se mostrava ansioso pela nova fórmula de disputa da competição: os pontos corridos. Em muitas eliminações no mata-mata, o Galo tinha desempenho superior ao adversário, o que deixava no ar a sensação de injustiça, fato que seria acabado com o novo modelo.
O início foi promissor. O time de Celso Roth liderou as primeiras rodadas e teve vitórias importantes fora de casa, contra Atlético-PR e Bahia. Mas o tropeço diante do Coritiba, no Mineirão, e o bom desempenho do Cruzeiro mudaram o panorama. A tranquilidade foi deixada de lado e a pressão sobre o treinador era maior do que ele e o time podiam responder.
Tanto que Celso Roth caiu na 20ª rodada, não pelos três pontos de diferença para o Coritiba, primeiro time na zona de rebaixamento, mas sim por estar 12 pontos atrás do Cruzeiro, que fazia campanha muito superior a todos os demais adversários. O escolhido para o lugar de Roth foi o interino Marcelo Oliveira, que estreou na vitória por 2 a 1 sobre o Juventude, com o gol do goleiro Eduardo, de cabeça.
A Copa Sul-Americana tinha os brasileiros pela primeira vez. A vitória em São Paulo sobre o Corinthians, por 2 a 0, animou os atleticanos. Mas o time mineiro perdeu em casa para o Fluminense, também por 2 a 0, e ficou fora da segunda fase.
Marcelo Oliveira sempre manteve o time próximo à zona de classificação à Libertadores. Inclusive, na 35ª rodada, ele terminou na quarta colocação. Mesmo assim, não foi o bastante para terminar a competição como treinador do Atlético. Oliveira deu lugar a Procópio Cardozo, que comandou o time nas última cinco partidas e não conseguiu a classificação para a Libertadores. A equipe ficou em sétimo lugar. Mas a sensação era de um ano de fracasso, tudo em razão da temporada cruzeirense, e não pelo desempenho do Atlético.
Confira, neste sábado, no Superesportes, a retrospectiva do ano de 2004

Nenhum comentário: