Diretor Eduardo Maluf diz que estrutura física e administrativa do Atlético tem despertado a atenção
Do UOL Esporte
Em Belo Horizonte
Com seis jogadores contratados para temporada 2011, o Atlético-MG tem se valido da organização administrativa, salários em dia e centro de treinamentos de qualidade para se tornar uma “vitrine” na hora de buscar reforços.
Envolvidos diretamente nas contratações, o diretor de futebol do Atlético, Eduardo Maluf, que passou mais de uma década no rival Cruzeiro, disse que o presidente atleticano, Alexandre Kalil, equilibrou as contas e deixou o clube em condições de disputar jogadores no mercado com os adversários.
“A notícia, quando é ruim, ela corre. Mas, quando é boa, também corre. Poucos clubes do Brasil pagam em dia e pagam 13º salário, e o Atlético está entre eles. E com um centro de treinamento dos melhores, condição para o atleta das melhores e um técnico que é top, o Dorival é um dos melhores técnicos do futebol brasileiro hoje. Todo mundo quer vir, participar e jogar no Atlético”, observou Maluf, em entrevista ao programa Minas Esporte, da Band Minas.
Nos últimos anos, o Atlético conviveu com crise financeira marcada, principalmente, por dividas trabalhistas e fiscais que chegavam a R$ 200 milhões. O atraso no pagamento de salários e ações de jogadores foram uma constante na vida do clube mineiro nos últimos anos. Pouco atrativo, tinha dificuldade em contratar reforços.
Segundo Maluf, Kalil conseguiu reduzir as dívidas e, ainda, aumentar a receita. “Ele conseguiu equacionar, 20% das receitas vão para pagar estas dívidas e hoje ele tem um restante de dívida que está sendo paga. Não tinha patrocínio e conseguiu fechar um bom patrocínio para a camisa que nos dá em torno de um milhão por mês. Tudo isso vem nos ajudando”, afirmou o diretor.
A rapidez na hora de contratar chamou a atenção neste final de ano. O Atlético já anunciou os volantes Richarlyson e Toró, o lateral-direito Patric, o meia Wesley e os atacantes Jobson e Magno Alves. O clube buscará mais dois ou três reforços para a temporada 2011.
Na metade deste ano, a diretoria do Atlético investiu alto e contratou reforços do peso de Diego Souza, que era cobiçado por vários clubes. Chegaram também o atacante Obina, o meia Daniel Carvalho e o zagueiro Réver. A maior aposta foi, no entanto, no técnico Vanderlei Luxemburgo, que decepcionou e acabou demitido.
Nova realidade
Atletas do atual elenco atleticano têm recebido contato de outros jogadores para se informar sobre o clube mineiro. Richarlyson, por exemplo, ligou para o atacante Diego Tardelli e o volante Zé Luís, ex-companheiros de São Paulo, antes de acertar com o Atlético.
Para o meia Ricardinho, nem mesmo a campanha ruim no Brasileirão deste ano, em que o Atlético lutou contra o rebaixado até a penúltima rodada, diminuiu o interesse de outros jogadores.
“O Atlético é essa realidade mesmo que todo mundo fala. Os jogadores comentam entre eles a estrutura como é que é, perguntam, e a gente coloca sempre a realidade, e lógico que isso desperta o interesse de todo profissional. Todo mundo quer trabalhar com boa estrutura, com boas condições, com planejamento, com um bom time, com uma torcida que apoia o time o tempo todo, que lota o estádio, que participa. O profissional quer estar bem servido, e o Atlético dá essa condição”, disse Ricardinho.
O volante Serginho acredita que a estrutura do Atlético valoriza os atletas que já estão no clube. “Quando o jogador hoje é cotado para vir para o Atlético, acho que ele não pensa duas vezes. Isso é muito bom para nós jogadores também, que estamos no Atlético, saber que é um time hoje que todo mundo que está no futebol tem vontade de jogar”, ressaltou.
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