Em campo, mas de férias

Apatia do time alvinegro foi determinante na goleada sofrida por 4 a 0 para o São Paulo. Apesar da derrota, Galo termina em 13º e se garante na Copa Sul-Americana
Redação - Superesportes
Publicação:06/12/2010 07:00
Desde que fez 3 a 1 no Goiás, há uma semana, os atleticanos respiraram aliviados por ter se garantido na Primeira Divisão do Campeonato Brasileiro. Porém, garantiram que entrariam motivados para enfrentar o São Paulo, ontem, no Morumbi, despedindo-se da temporada 2010 com uma boa exibição. E, de preferência, com uma inédita sequência de quatro vitórias. No entanto, o que se viu foi um time sem vibração, em ritmo de férias, mesmo que elas só comecem hoje, que foi presa fácil para o tricolor paulista, que não teve dó: goleou por 4 a 0, em jogo que marcou a despedida de jogadores vitoriosos no clube, como o armador e ala-esquerdo Jorge Wagner.
O resultado não era nem de longe o esperado pelos alvinegros, eufóricos com a reação da equipe depois que o técnico Dorival Júnior substituiu Vanderlei Luxemburgo. Até então, haviam sido 13 jogos, com sete vitórias, três empates e três derrotas, aproveitamento digno do campeão Fluminense.
Ao menos o objetivo de se garantir na Copa Sul-Americana do ano que vem foi alcançado, graças à derrota do Avaí para o Atlético-PR e o empate do Flamengo com o Santos. Além disso, terminou em 13º lugar, algo honroso para quem passou 25 rodadas na zona de rebaixamento.
Agora, é pensar em 2011, aprender com os erros e evitar que eles se repitam. O que não pode é a equipe entrar em campo tão desligada como ocorreu ontem. Ou novamente terá de abrir mão da Sul-Americana para se salvar no Brasileiro.
Não precisou de três minutos para o goleiro Renan Ribeiro ter de trabalhar duas vezes, impedindo que os donos da casa abrissem o placar. Em boas intervenções, ele pegou chutes de Ilsinho e Marlos.
Mas, aos 27min, o goleiro atleticano nada pôde fazer. Depois de Marlos ser agarrado por Serginho, a bola sobrou para Ilsinho, que bateu da entrada da área, colocando o tricolor em vantagem. Três minutos depois, Lucas chutou da entrada da área e acertou o canto inferior direito do gol atleticano.
Os gols fizeram justiça ao melhor futebol apresentado pelo tricolor do Morumbi. Diante de um Galo sonolento, frágil na defesa e inoperante no ataque, coube ao time paulista ampliar ainda no primeiro tempo: aos 40 min, Marlos avançou em diagonal da direita, livrou-se de três marcadores e acertou belo chute da entrada da área.
Mudança sem efeito O Galo voltou para o segundo tempo com o armador Ricardinho no lugar do atacante Obina, adiantando Diego Souza. Contudo, quem voltou a marcar foi o São Paulo. Depois de um escanteio pela direita, Renato Silva subiu mais do que os atleticanos para cabecear. A bola ainda bateu na trave antes de entrar.
A partir de então, o que se viu foram duas equipes desinteressadas em campo. O São Paulo, por estar melhor e ter justa vantagem, mostrou mais tranquilidade para atuar, podendo até ampliar. Ao Galo restou um ou outro lance mais inspirado, muito pouco para quem iniciou o Brasileiro pensando em título.