Hora de provar grandeza

Ludymilla Sá - Estado de Minas
Publicação:14/07/2011 07:05
Se os três triunfos no Campeonato Brasileiro – sobre Atlético-PR (3 a 0), Avaí (3 a 1) e América (2 a 0) – não foram suficientes para convencer os torcedores, o Atlético terá chance valiosa de fazê-lo este mês. Mas não terá vida fácil. A sequência que tem pela frente é dura, começando pelo Santos, sábado, às 21h, na Vila Belmiro. Depois, jogará contra Vasco e Fluminense em casa e encerrará julho contra o Palmeiras em São Paulo. Para tornar o caminho atleticano ainda mais tortuoso, o time de Dorival Júnior inicia agosto contra o Grêmio no Olímpico.
De qualquer forma, é a hora de o Galo provar a que veio. Se ainda não venceu ninguém de porte na atual temporada segundo a crítica, derrotar os grandes do país, ou pelo menos empatar fora de seus domínios, seria importante para aliviar a desconfiança e, sobretudo, as cobranças. “Temos esses cinco jogos difíceis, vamos jogar fora agora, depois a gente joga duas em casa e sai para jogar duas, então são jogos fundamentais, temos de procurar somar maior número de pontos fora de casa e fazer o dever em casa”, opina o armador Daniel Carvalho.
Mesmo porque, a lembrança da pífia campanha do ano passado ainda assusta até o menos pessimista dos atleticanos. Sob a batuta de Luxemburgo, o alvinegro colecionou fracassos diante dos grandes. Ganhou somente do Atlético-GO (3 a 2), Atlético-PR, Guarani e Goiás (todos por 3 a 1) e Prudente (1 a 0). De todos os mais expressivos do Brasileiro, triunfou apenas diante do Vasco, no primeiro turno (2 a 1). Com a chegada de Dorival, no início de setembro, o Galo venceu sete partidas, sendo quatro contra grandes: Corinthians (2 a 1), Cruzeiro (4 a 3), Flamengo (4 a 1) e Palmeiras (2 a 0).
Para Daniel Carvalho, o Galo tem de manter na próxima sequência a postura da partida contra o América. Segundo jogador, o que interessa em um campeonato como o Brasileiro são os três pontos. “Temos de continuar marcando como marcamos no último jogo, ter atitude na marcação. Uma mostra disso é que não tomamos gols. Todo mundo se ajudou nesse sentido, mesmo o Obina, sendo atacante, voltou para marcar. O negócio é roubar a bola o mais rápido possível e ter controle, posse de bola.”
A primeira prova de fogo será contra o Santos, para quem o Galo perdeu por 2 a 0 e empatou por 2 a 2 nos confrontos da última temporada. Este ano, o Peixe, sem Neymar, Paulo Henrique Ganso e Elano, as principais estrelas que servem a Seleção Brasileira, está a uma posição da zona de rebaixamento. O armador, por outro lado, não vê vantagem na situação adversária. “São três jogadores de grande qualidade, mas o Internacional, com a qualidade que tem, foi até a Vila e não conseguiu vencer. Na prática é sempre mais difícil. Querendo ou não, o Santos é o atual campeão da Libertadores”, lembra o jogador.