
Má fase não abalou o prestígio de Dorival Júnior com a diretoria do Atlético
Treinador completou nesta segunda nove meses e 16 dias à frente do Atlético
Rodrigo Fonseca - Superesportes
Thiago de Castro - Superesportes
Publicação:11/07/2011 17:03
Atualização:11/07/2011 17:59
Antes do clássico com o América, Dorival Júnior estava com a ‘corda no pescoço’, apesar do apoio da diretoria do Atlético. Depois do jogo, com a vitória por 2 a 0, ele ganhou um pouco mais de tranquilidade para trabalhar e tornou-se o treinador há mais tempo no comando do Alvinegro desde que Alexandre Kalil assumiu a presidência do clube, no fim de outubro de 2008.
Dorival Júnior completou, nesta segunda-feira, nove meses e 16 dias como técnico do Galo. Ele superou Vanderlei Luxemburgo – que dirigiu o time por nove meses e 15 dias na temporada passada, mas não resistiu à pífia campanha no Campeonato Brasileiro e deixou o Alvinegro novamente na luta contra o rebaixamento.
Luxemburgo foi substituído justamente por Dorival. Com aproveitamento de equipes que lutavam por vaga na Copa Libertadores, Dorival Júnior afastou a ameaça de rebaixamento e ainda classificou o Atlético para a Sul-Americana.
A reta final de temporada encheu o torcedor de esperança para este ano, expectativa reforçada por contratações como Leonardo Silva, Richarlyson e Mancini. Porém, os obstáculos não demoraram a surgir. Peças importantes, como Obina, Diego Tardelli e Diego Souza, saíram.
Depois da perda do Campeonato Mineiro para o arquirrival Cruzeiro, o Galo até respondeu positivamente no Brasileirão, arrancando com duas vitórias. Mas uma sequência de seis partidas sem vencer, sendo três goleadas seguidas, colocou na berlinda o trabalho de Dorival Júnior. Passados seis meses da temporada, ele ainda busca uma equipe titular.
Prestigiado pela diretoria, Dorival ganhou fôlego novo com o triunfo sobre o América, mas sabe que as turbulências ainda rodam a Cidade do Galo: “Não passou por causa desse resultado. Temos que estar sempre alertas e buscando evolução. A necessidade de pontuar é muito grande dentro da competição. O Atlético tem de se preparar um pouco mais para buscar uma regularidade maior, que nos dê um bom futebol e bons resultados.”
Novas marcas no caminho de Dorival
Depois de superar Luxemburgo na “era Kalil”, Dorival Júnior está no caminho de conseguir feitos mais ousados no Atlético. O primeiro passo é chegar até o dia 25 de setembro. Se conseguir, o treinador vai completar um ano no comando do time e igualar Levir Culpi, último treinador a permanecer 12 meses seguidos no Galo.
Levir assumiu o Atlético no início da Série B, em maio de 2007. O comandante só saiu em maio de 2008 – após conquistar os títulos da Segundona e do Campeonato Mineiro –, rumo ao Japão, onde está até hoje.
Dorival também pode mirar outro feito importante. Se fechar a temporada no Alvinegro, o técnico baterá um recorde que dura 19 anos. Desde Jair Pereira, na temporada 1991, nenhum treinador conseguiu iniciar e fechar a temporada no comando do clube.
Jair Pereira assumiu em janeiro de 1991, substituindo Artur Bernardes, que deixara o comando no fim de 1990. Pereira ficou até março de 1992, quando foi substituído por Vantuir Galdino. Desde então, o Galo efetuou 45 trocas de treinador.
Técnicos da era Kalil
Treinador Período J V E D %
Marcelo Oliveira 30/10/08 a 9/12/2008(um mês e nove dias)
6 3 1 3 55,5
Emerson Leão 14/12/2008 a 4/5/2009(quatro meses e 20 dias)
21 13 4 4 68,2
Celso Roth 4/5/2009 A 5/12/2009(sete meses e um dia)
40 17 10 13 50,8
Vanderlei Luxemburgo 8/12/2009 a 23/9/2010(nove meses e 15 dias)
53 22 12 19 49
Dorival Júnior A partir de 25/9/2010(nove meses e 16 dias)
46 24 10 12 59,4
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