Do UOL Esporte
Em Belo Horizonte
No final da tarde desta terça-feira, mais um suspeito de envolvimento na morte de Otávio Fernandes durante briga entre torcedores de Atlético-MG e Cruzeiro, em 27 de novembro, na Zona Sul da capital mineira, se apresentou à Justiça. Dos nove que estavam com prisão temporária decretada pela Justiça, dois ainda permanecem foragidos.
Mateus Magalhães, conhecido como “Tildan”, que é membro da Galoucura, maior torcida organizada do Atlético, chegou acompanhado de advogado ao Departamento de Investigação da Polícia Civil de Minas Gerais. Em seguida, ele foi levado para o Ceresp São Cristóvão.
Outros dois torcedores, Diego Alves Ribeiro, o “Fiuri”, e Carlos Eduardo Vieira dos Santos seguem foragidos. A Polícia Civil mineira iniciou a operação para localizar os nove suspeitos no sábado passado, quando efetuou a prisão de Cláudio Henrique de Souza Araújo, o "Macalé", diretor de patrimônio da Galoucura. Ele dormia na sede da facção organizada, no Bairro Bonfim, na Região Noroeste de Belo Horizonte.
Na última segunda-feira, cinco integrantes acusados pelo assassinato do torcedor cruzeirense se apresentaram a Polícia Civil. São eles, Roberto Augusto, o “Bocão”, e William Palumbo, o “Ferrugem, presidente e vice, respectivamente, da Galoucura, além de um dos diretores da facção, Marcus Vinícius, o “Vinicin”. Os outros dois são Josimar Júnior, o “Avatar” e Diego Felipe, “Feijão”, filiados à mesma torcida. Os advogados da torcida organizada negam o envolvimento do grupo na morte de Otávio Fernandes.
Os suspeitos foram identificados pela Polícia Civil como participantes da agressão ao torcedor do Cruzeiro Otávio Fernandes, de 19 anos, e que deixou outros dois torcedores feridos, ocorreu durante evento de vale-tudo, o 3º MMA Fight Brasil, na noite de sábado 27 de novembro. A morte do torcedor cruzeirense foi a nona ocorrida em confrontos de torcedores em Minas Gerais desde 2004. Dessas, sete foram longe dos estádios.
Além dos depoimentos de testemunhas, a Polícia Civil utiliza vídeos da agressão ao torcedor cruzeirense captadas por câmeras próximas à casa de eventos Chevrolet Hall, à Avenida Nossa Senhora do Carmo, na Região da Savassi.
As imagens, que servem de complemento aos depoimentos e ajudaram a Polícia Civil a chegar aos suspeitos pelo crime, mostram Otávio Fernandes caído ao chão e sendo agredido covardemente, na cabeça e nas costas, pelos torcedores do Atlético, que utilizaram cavaletes de trânsito e chutes para atingir o rival.
Por causa dessa morte, as torcidas Galoucura, Máfia Azul e ainda a Pavilhão Independente, também do Cruzeiro, foram suspensas por 120 dias por determinação do Ministério Público de Minas Gerais. A "medida educativa" começou a valer na rodada final do Brasileirão, não apenas nos estádios mineiros, mas também nos outros estados.
As referidas torcidas estão proibidas de entrarem em qualquer estádio em Minas e em outros estados portando bandeiras, instrumentos destinados à bateria ou charanga, e faixas de qualquer natureza que possam identificar a torcida, além do “bandeirão”, de acordo com a portaria do Ministério Público de Minas Gerais.
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