Paulo Galvão - Estado de Minas
Publicação:14/12/2010 07:00
Mesmo curtindo merecidas férias em Florianópolis, o técnico do Atlético, Dorival Júnior, não deixa de pensar na temporada 2011. Embora não participe diretamente das negociações, salvo algumas exceções, ele acompanha o desenrolar das negociações, já que espera contar com “seis ou sete” reforços, mudando um pouco as características do time atleticano.
Entre os nomes mais comentados até o momento e que se encaixam nesse novo perfil estão o do volante Toró, que deixou o Flamengo, e o do atacante Jóbson, do Botafogo. “Em outros clubes, tive de primeiro quantificar o grupo para depois qualificá-lo. No Atlético, não. Temos um grupo bom e vamos manter entre 70% e 80% dele, fazendo, obviamente, alguns ajustes. Os que chegarem, teoricamente, precisarão dar mais velocidade a alguns setores importantes do time”, declarou o treinador, durante programa de uma emissora de TV por assinatura.
Para não gerar especulações, evita falar até mesmo em quais posições considera que o Galo esteja mais carente no momento. De qualquer forma, deu opções para a diretoria, pois sabe que a concorrência está grande e sempre aparecem empecilhos para que uma contratação seja efetivada. “Eventualmente, eu recebo ligação tanto da diretoria do Atlético, que deseja que eu fale com determinado jogador ou mesmo de empresário. Mas eu procuro não interferir, porque acho que é um momento particular, primeiro, do diretor de futebol, que vai trabalhar diretamente com o atleta e seu representante e, segundo, do próprio atleta”, afirmou o treinador, que, dependendo das dificuldades, prefere que o clube busque outro reforço se os obstáculos fiquem grandes demais. “Se o atleta não quiser vir, prefiro que não haja a negociação, pois ele pode chegar aqui sem estar confortável e, assim, não vai render. Prefiro quem chegue com apetite”, explicou.
Condições Justamente por isso, Dorival Júnior mantém a cautela em relação à contratação de Jóbson. Afinal, além do acerto com o Botafogo, ele ainda não sabe se o jogador, famoso por problemas extracampo, deseja dar prosseguimento à própria carreira. “O Jóbson tem uma capacidade de definição como poucos no Brasil. Resta saber se ele quer (continuar jogando profissionalmente, afastando-se das confusões). Se ele quiser, estaremos aqui para ajudá-lo a render tudo o que pode”, argumentou o treinador.
O futuro de Jóbson no Botafogo deve ser definido hoje pelo técnico Joel Santana. Se o jogador não for aproveitado, a intenção do clube carioca é ceder definitivamente os direitos do atleta, não aceitando empréstimo. Pelo contrato atual, a multa rescisória do jogador é de US$ 6 milhões (cerca de R$ 10 milhões).
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