sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Com a força do banco (05/02)

Paulo Galvão - Estado de Minas

Jogadores que começaram entre os reservas foram decisivos para bons resultados nas duas primeiras partidas. Vanderlei Luxemburgo volta a testar três homens no ataque

Uma das máximas do futebol é que, para ser campeã, uma equipe precisa ter mais do que 11 bons jogadores, deve contar com um grupo forte, com reservas que resolvam no caso de necessidade. Se depender deste começo de temporada, o Atlético mostra que vai entusiasmar o torcedor, pois nos dois jogos que fez, os atletas que entraram no decorrer das partidas foram fundamentais para que a equipe conquistasse quatro pontos. E a expectativa é que isso continue, pois nomes de qualidade chegaram, como o atacante Obina e o zagueiro Cáceres. Com essas opções, o técnico Luxemburgo testou uma formação com três atacantes, Muriqui, Obina e Diego Tardelli, o que pode ser adotado domingo, quando o Galo receberá o Ipatinga, no Mineirão. Na estréia no Mineiro, o alvinegro terminou o primeiro tempo perdendo por 1 a 0 para o América. Porém, o treinador fez mudanças no intervalo e um dos que entraram, o volante Fabiano, acabou marcando o gol de empate. Já contra o Tupi, as entradas do armador Renan Oliveira e do atacante Marques, no início do segundo tempo, foram fundamentais para que o time conseguisse virar a partida. No fim, Júnior deixou o banco de reservas e contribuiu para que o Atlético garantisse três pontos muito importantes no Estadual. Com tanta vontade dos atletas, quem sai ganhando é o Galo. “Fiquei muito feliz de, ao lado do Marques e do Júnior, poder contribuir para a vitória sobre o Tupi. Estava louco para estrear na temporada e foi muito bom que isso tenha ocorrido com o time conquistando o resultado positivo”, declarou Renan Oliveira, de 20 anos, que ontem marcou um belo gol treinando no time reserva. Com 17 anos a mais, Marques mostra o mesmo entusiasmo da revelação. Segundo ele, a intenção é ser titular e para isso vai se esforçar cada vez que tiver a oportunidade de atuar, seja em treino ou durante os jogos. “Para mim não faria sentido vir trabalhar todo dia se não for com o pensamento de estar em campo ajudando a equipe. Todo jogador é assim, independentemente de estar começando ou ser experiente. Quero sempre jogar, claro que respeitando meus companheiros e também a decisão do treinador”, afirmou o xodó da torcida. Para ele, o fato de o Galo contar atualmente com vários jogadores de nível só mostra que o clube tem planos ambiciosos para a temporada. Assim, todos estão cientes de que é preciso esforco mútuo para conquistar os títulos. “Chegaram reforços importantes e a briga por posições está acirrada, mas isso é benéfico para o clube, que tem opções para buscar seus objetivos.” Mostrando toda sua vivência, ele ressalta a importância de quem não está jogando ficar atento a tudo que está ocorrendo em uma partida. Segundo ele, só assim será possível entrar e ajudar a equipe. NOVO ALVO Mesmo tendo bons jogadores, o Atlético não se acomoda e continua querendo mais. O próximo a ser contratado deve ser o lateral-direito Rafael Cruz, de 25 anos. Ele começou a carreira no Santo André e em 2008 defendeu o Democrata de Sete Lagoas, indo em seguida para o clube atual, o Atlético-GO. Os direitos do atleta estariam sendo adquiridos pelo Banco BMG, que patrocina o alvinegro mineiro e também o rubro-negro goiano. Uma das formas de facilitar o negócio seria a cessão de um jogador do Galo ao Dragão – Benítez estaria na mira dos goianienses, que retornam à Série A, e os mineiros não se oporiam, pois já contam com quatro estrangeiros, quando a legislação estabelece que três podem constar nas súmulas dos jogos.

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