sábado, 20 de fevereiro de 2010

Sem medo de mostrar a que veio (20/02)

Paulo Galvão - Estado de Minas

Para vencer a batalha que é um jogo como o de hoje, é preciso adotar estratégias dignas de general. Vanderlei Luxemburgo não é militar, mas também tem suas táticas, que passam, principalmente, pela defesa e por seus artilheiros. Ele conversou bastante com o grupo esta semana e, pelo jeito, os jogadores entenderam a mensagem. “Vitória em um clássico dá motivação extra para embalar na temporada. Está na hora de o Atlético mostrar a cara, de os adversários nos respeitarem de um jeito diferente”, afirmou o atacante Diego Tardelli, para quem a vontade de ganhar demonstrada pelo comandante contagiou os atletas. No sistema defensivo, Luxemburgo confirmou a entrada do zagueiro Werley na vaga de Cáceres, suspenso por ter sido expulso diante do Uberaba, atuando ao lado de Jairo Campos. Já o volante Jonílson fica com o lugar de Zé Luís, que sofreu estiramento na panturrilha direita e ficará três semanas afastado dos gramados – também estão confirmados no meio Correa e Ricardinho. Na frente, porém, paira a dúvida. Durante a semana, ele testou a equipe no 4-3-3, com o ataque sendo formado por Diego Tardelli, Obina e Muriqui. E também no 4-4-2, com o armador Renan Oliveira entrando no lugar de Obina. Tardelli explica que, com o ex-jogador do Flamengo, a equipe fica mais ofensiva e ele e Muriqui têm de ajudar na marcação. Já com o prata da casa, ganham mais liberdade na frente. “Mas muda pouco. O que importa, mesmo, é continuar correndo e ajudando a equipe”, disse. Titular nas quatro partidas do Galo na temporada, ele marcou apenas um gol. Por isso, nada melhor que balançar a rede em um clássico. “É preciso ter a cabeça no lugar, ainda mais em um jogo como este. A ansiedade para chegar a partida é grande, mas dentro de campo tem de ter tranquilidade para fazer as coisas saírem como a gente quer.” COM CALMA Para Luxemburgo, o jogo de hoje é realmente diferente e justifica o fato de não confirmar a escalação. “Infelizmente, destsa vez não posso adiantar (o time que começa jogando). Tenho algumas opções, não são só essas (Renan Oliveira ou Obina). Vamos ver o que vai acontecer e vamos trabalhar com calma”, argumentou. “Em um clássico, você tem que trabalhar até o último momento, a não ser que você já tenha tudo realmente definido. Utilizamos todas as possibilidades. Já mudamos com o Zé Luís, que está fora. Então, temos que ir com calma para definir o que vamos fazer.”

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